Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Chegando à Raiz da Fibromialgia

por Janis Leibold, Assistant Editor, fibromialgia Rede

Enviado: 28 de outubro de 2011

Enquanto muitos pesquisadores estão estudando sangue e urina de pacientes com fibromialgia para determinar se as anormalidades minerais existem, uma equipe da Coréia está tomando uma nova abordagem, indo diretamente a raiz do problema .* O estudo de elementos-traço em amostras de cabelo mostram que pacientes com fibromialgia têm menores níveis de minerais importantes em comparação com adultos saudáveis.

Usando 44 mulheres com fibromialgia e 122 controles saudáveis, os pesquisadores cortaram os cabelos do topo das cabeças, muito próximo às raízes, para realizar suas análises. Como investigadores da cena do crime, a equipe de pesquisa liderada por Nam-Seok Joo, MD, pacientes cuidadosamente selecionados e controlados que tinham características semelhantes em relação à idade, massa corporal, e hábitos de vida. Mulheres com outras doenças que poderiam influenciar a sua amostra de cabelo foram excluídas do estudo. Todos os participantes, com média de 44 anos de idade, tiveram que se abster do uso de gel de cabelo ou aplicar qualquer tipo de processamento químico (como coloração ou permanentes), pelo menos, duas semanas antes do corte.

A análise mostrou que cabelo limpo de pacientes com fibromialgia tinham níveis significativamente mais baixos de cálcio, magnésio, cobre, ferro e manganês. Muitos outros minerais, como o cromo, selênio, potássio, fósforo, sódio e zinco, não diferiu entre os pacientes e controles.

Relatórios anteriores olhando o status mineral em pacientes com fibromialgia têm sido muito misturados e muitas vezes conflitantes. Joo aponta para o problema inerente destes estudos antes das amostras de sangue ou urina. O corpo é feito para se adaptar às novas exigências, de modo que muitos minerais são roubados dos ossos para manter os níveis de sangue suficiente. E alterações na urina não podem dizer muito sobre o nível de armazenamento de minerais nos ossos ou outros tecidos. Entretanto, a análise do cabelo deve fornecer uma imagem mais precisa do status do corpo mineral em geral.

Então, o que exatamente significa ser baixa nos cinco minerais identificados por Joo?

Mais estudos são necessários, mas os pontos de Joo têm demonstrado em vários relatórios que pacientes com fibromialgia faltam os antioxidantes necessários para neutralizar produtos químicos reativos que podem interferir com as funções celulares. Este, por sua vez, leva a um ambiente de estresse oxidativo e poderia ser responsável por sintomas envolvendo os músculos, espasmos e cãibras, fraqueza, fadiga neuromuscular, e insônia.

"Vários estudos têm explorado a relação entre pacientes com fibromialgia e estresse oxidativo. Outros estudos investigaram a composição elementar dos pacientes, mas eles inquiriram apenas amostras de sangue e urina ", informou Joo. "Os últimos estudos, enquanto potencialmente úteis, com vista para o conteúdo mineral do cabelo. O ensaio mineral cabelo é um bom método para explorar o status mineral no nível celular. "

Embora não seja prática para começar a tomar uma barragem inteira de suplementos minerais caros, pacientes com fibromialgia devem considerar tomar um multivitamínico diariamente de amplo espectro e um suplemento mineral que contém 100 por cento dos nutrientes essenciais, incluindo ferro.

Níveis de minerais (em média)

Controles saudáveis

Pacientes com fibromialgia

Cálcio

1.093 mcg

775 mcg

Magnésio

72 mcg

52 mcg

Cobre

40 mcg

28 mcg

Ferro

7,1 mcg

5,9 mcg

Manganês

190 ng / g

140 ng / g

* YS Kim, et al. J Med Sci-coreano 26 (10) :1253-7, 2011.

Fonte: http://www.fmnetnews.com/latest-news/getting-to-the-root-of-fibromyalgia

Tradução: google

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O QUE A MÍDIA PODE FAZER POR NÓS?




O QUE A MÍDIA PODE FAZER NÓS?

Amigos queridos, desde o começo da nossa Associação tenho lutado de forma assídua para levar o tema FIBROMIALGIA para a mídia, pois conforme enumero abaixo alguns dos nossos problemas e dificuldades seriam amenizados com a utilização das mídias:

1) INFORMAÇÃO PARA MÉDICOS
Hoje existe uma falta de informação enorme sobre a fibromialgia até pelos médico, segundo pesquisa realizada pelo portal G1.com 77% dos clínicos e 84% dos especialistas (reumato, neuro, psiquiatras e especialistas em dor) disseram que a enfermidade não é muito conhecida pelos colegas de trabalho, se eles mesmos assumem essa deficiência o que será de nós? Quantas vezes ao irmos em uma emergência falamos que temos fibromialgia e ouvimos você tem fibroquê? Assim temos uma real ideia do despreparo quanto ao assunto. A culpa é deles? Ao meu ver sim, pois as associações de classe deveriam ter um enfoque maior no assunto através de jornais e e-mails, porém tem-se notado esse interesse na atualidade... Mas por um lado podemos fazer nossa parte pois toda vez que se leva o assunto para a mídia obrigamos cada vez mais que eles se atualizem sobre o assunto.

2) INFORMAÇÃO PARA PORTADORES DA SÍNDROME
Existem muitas pessoas que se identificam com os personagens das matérias veiculadas a ponto de achar que sofrem desse mau, assim podem procurar um especialista para saber se realmente estão nessa condição ou não. Outro ponto que acredito ser muito importante é a atualização que essas matérias trazem para aqueles que já tem o diagnóstico, pois a mídia tem o poder de mostrar novidades em tratamento, exemplo do que outras pessoas fazem e exemplifica que pessoas sofrem tanto quanto elas.

3) INFORMAÇÃO PARA A POPULAÇÃO EM GERAL
Existe o paradigma de que fibromialgia é doença simples, porém em alguns casos ela é severa e até incapacitante, e quando se leva o assunto a mídia de forma séria e explicita a população em geral incluindo familiares e amigos percebem que o problema é bastante complexo e passa a respeitar e apoiar a pessoa.Das vezes que participei de matérias na TV, Revistas e Jornais sempre recebi o feedback de que ajudei diversas pessoas no relacionamento familiar e corporativo. Seja por uma melhor tratativa do marido, dos filhos e dos pais, ou maior compreensão de colegas de trabalho e até mesmo com o fato de familiares e amigos passarem a dar atenção assiduamente.

4) INFORMAÇÃO PARA GOVERNO E PREVIDÊNCIA SOCIAL
Esse assunto é muito sério e importante mas também acredito que a mídia tem grande contribuição para que nossos governantes entendam nossas reais necessidades e faça com que as políticas públicas tenha enfoque num tratamento multidisciplinar que seja digno e respeitoso para com o portador da Síndrome de fibromialgia.Hoje para ter esse tratamento multidisciplinar digno é preciso desembolsar muito dinheiro pois as diversas especialidades são caras e nem todas são encontradas no serviço público e quando encontradas a quantidade de vagas é insuficiente o que gera filas de espera.Quanto a previdência social, precisa reconhecer a complexidade da fibromialgia e os requisitos para um bom tratamento, avaliando caso a caso a necessidade de readaptações e verificando na essência se a pessoa tem condições de retorno ao trabalho, visto que nos quadros severos a utilização de medicações controladas e as patologias associadas pode impedir ou interferir a atividade profissional de qualquer espécie. Se por muitas vezes temos nossa vida social, familiar e afetiva afetada o que será de nós se não formos tratados dignamente quando ficamos doentes e nossa parte profissional acaba sendo muito prejudicada ou até obrigados abandononá-las. Apesar de tudo acredito que o fibromialgico que esteja em um grau elevado de sofrimento e sintomas deve ser afastado ou até mesmo ser aposentado, principalmente se tiver outras doenças associadas.

Sei que você que está lendo, deve estar questionando a falta de alguns itens mas classifico esses como os mais importantes. Na vida todos tem direito a alimentação, moradia, estudo, cultura, saúde mas na verdade todos tem direito a não ter DOR.
Quem tem dor, tem pressa!!!

CRISTIAN WILLIANS SALEMME Homem de FIBRO a 10 anos com uma ideologia que não vai salvar o mundo, mas pode ajudar os outros!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

TRATAMENTOS PSICOTERAPÊUTICO GRATUITOS EM SÃO PAULO/SP


Para o tratamento da fibromialgia a psicoterapia cognitiva comportamental é a mais indicada.

A psicoterapia cognitiva ou cognitiva comportamental, que é a abordagem que uso com as pessoas que me procuram, leva principalmente em conta as interpretações que cada um dá a si e aos acontecimentos para tentar entender e modificar suas emoções e seu modo de agir, esses são seus pilares centrais.

O foco principal da terapia está em como os problemas (atuais ou não) interferem com sua vida diária, ajudá-lo a entender esses problemas e a desenvolver maneiras de lidar com eles.

É um tipo de psicoterapia mais ativa (você não vai falar 50 minutos sem quase ouvir minha voz), onde a psicóloga pode pedir para você fazer ou pensar sobre certas coisas entre as sessões (como uma "lição de casa") ou sugerir certos comportamentos (que fazem parte das técnicas da abordagem e/ou foram demonstrados serem eficientes para determinados casos, pela literatura científica).

PSICOTERAPIA GRATUITA em SÃO PAULO/SP

LEMBRE-SE: Para marcar uma avaliação, é necessário levar um encaminhamento médico. Estes locais de atendimento têm fila de espera, por isso, não se acomode e ligue o quanto antes.

Clínicas para atendimento psicológico gratuito em São Paulo divididas por bairros:

ALPHAVILLE
Clínica Psicológica Objetivo- Universidade Paulista
Alameda Amazonas, 492
Telefone-4191-1078

ACLIMAÇÃO
Clínica Psicológica Objetivo- Universidade Paulista
R-Apeninos, 294
Telefone-3341-4250

ALTO DA LAPA
CEAF- Centro de Estudos e Orientação da Família
R-Japuanga, 235
Telefone-3022-9596

BUTANTÃ
Clínica Psicológica da USP
Av-Prof Lúcio Martins Rodrigues Travessa 5 Bloco 21
Telefone-3031-2420/ 3091-4281

CANTAREIRA
Clínica Psicológica Objetivo- Universidade Paulista
Av-Inês, 4740
Telefone-6231-2914

CENTRO
Clínica Psicológica Mackenzie
R-Maria Antônia, 358 1 andar
Telefone-3256-6217/3256-6827

IPIRANGA
Clínica Psicológica São Marcos
R-Clovis Bueno de Azevedo, 176
Telefone-3491-0500/274-5711

ITAQUERA
Clínica Psicológica Universidade Camilo Castelo Branco
R-Carolina Fonseca, 357
Telefone-6170-0188/ 6170-0199

MÓOCA
Clínica de Psicologia Aplicada-Universidade São Judas Tadeu
R-Marcial, 45
Telefone-6099-1831
Associação Damas Salesianas
R-Tabajaras, 556
Telefone- 6604-7622

PARAÍSO
Clínica Paulistana de Psicologia
R-Correa Dias, 93 (ao lado do metrô Paraíso)
Telefone-5549-6593

PACAEMBÚ
CEP-Centro de Estudos Psicanalíticos
Rede de atendimentos profissionais em diferentes regiões em São Paulo
R-Almirante Pereira Guimarães, 378
(triagens neste endereço e posterior encaminhamento)
Telefone-3872-2217

PERDIZES
Clínica Psicológica “Sedes Sapientiae”
R-Ministro de Godoi, 1484
Telefone: 3866-2735 para inscrição p/ triagem
Telefone:3866-2757 p/ vítimas de violência
Clínica Psicológica da PUC
R-Monte Alegre, 961
Telefone- 3670-8040
INEF-Instituto de Estudos e Orientação da Família
R-Traipu, 66
Telefone-3667-8688

PINHEIROS
IPQHC- Instuto de Psiquiatria do HC
R. Dr. Ovídio Pires de Campos, 785
Telefone-3069-6277

POMPÉIA
Clínica Psicológica Objetivo- Universidade Paulista
R-Carlos Vicari, 124
Telefone-3662-5255

SANTO AMARO
Clínica Psicológica da FMU
Av-Sto Amaro, 1239
Telefone-3842-5377
UNISA
Rua Humboldt, 29
Telefone- 2141-8870.

SÃO BERNARDO DO CAMPO
Universidade Metodista
R-Dom Jaime de Barros Câmara, 1000
Telefone-4366-5358

TATUAPÉ
Clínica Psicológica São Marcos
R-Coelho Lisboa, 334 (ao lado do metrô Tatuapé)
Telefone-6193-3131 ramal 5909
Clínica Psicológica Objetivo- Universidade Paulista
R-Vitório Ramalho, 154
Telefone-6941-2075

VILA MARIANA
Centro de Referência da Infância e da Adolescência- CRI
R-Coronel Lisboa, 60
Telefone-5082-3961
ABPS-Associação Brasileira de Psicodrama e Sociodrama
Rua Eça de Queiroz, 220
Telefone-5571-2602/ 5575-5994
Faculdade de Ciências de Saúde-FACIS
Rua D. Carolina, 82 – Vila Mariana

http://www.facis.edu.br

Telefone : (11) 5085-3141


Fonte: http://www.psicoterapiacognitiva.com.br/

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

UMA HISTORIA DE DOR

Minha historia começa aos 9 anos e meio qdo descobri estar com febre reumática e corea (Corea de Sydenham: Corea de Sydenham é uma doença auto-imune que afeta crianças e adolescentes, sendo desencadeada por infecções estreptocócicas b-hemolíticas do grupo A. Febre Reumática desenvolve em 2-3% das crianças com faringite estreptocócica, e 10-30% dos pacientes com Febre Reumática desenvolvem Corea de Sydenham (5). Pesquisadores estabeleceram que sintomas obsessivo-compulsivo estão presentes em mais de 70% dos pacientes com Corea de Sydenham e que esta doença é fator de risco para desenvolvimento posterior de TOC. As obsessões e compulsões associadas com a Corea de Sydenham tendem a surgir subitamente e Ter um curso episódico. O desenvolvimento dos sintomas tanto de corea quanto de TOC tem sido associado à presença de anticorpos direcionados contra o citoplasma de células localizadas no núcleo caudado e subtalâmico, sendo que a severidade dos sintomas correlaciona-se com a titulação de anticorpos antineuronais.)

Ai minha vida começou a se modificar e virar idas e vindas de médicos, cardiologistas pq afetou o coração e neurologistas para tratar dos distúrbios neurológicos, com essa idade eu não fazia nada sozinha, não comia, nem me penteava e nem banho tomava sozinha, perdi toda a minha coordenação motora , foi um novo recomeço de aprendizado, aprender a andar , a comer, a escrever, meus braços ou melhor meu corpo não respondia a nenhum comando, meu cérebro não funcionava direito,enfim foram tempos de dor aos meus pais por verem a filha caçula nessa situação a mim na época nem tanto pois eu nem sabia ao certo o que se passava estava meio que alienada, em alguns meses de tratamento por ter sido descoberto logo no começo eu fui retomando a vida normal, como eu tinha muitas dores e minha mãe não queria dar o braço a torcer para não me deixar manhosa, era chamada de Maria das Dores, estava no 4,º ano primário que quase repeti se não fosse a persistência de minha professora a qual sou muito grata ate hj e por esse exemplo eu me formei professora.

Bem depois de tudo voltar quase ao normal as idas e vindas aos médicos foram diminuindo me tratei até os 22 anos mas a sombra da doença nunca me abandonou pois eu tinha a prescrição medica de que na menopausa podia voltar tudo novamente, isso sem contar que poderia ser uma doença hereditária, convivi com o medo de meus filhos poderem desenvolver a mesma doença ate que eles passaram pela idade critica, mas voltando a narração, em algumas vezes, depois de ter tido alta pelos médicos que me trataram desde pequena, fui parar no hospital toda inchada e sem motivo algum, exames aos montes eram feitos, e nada, ninguém descobria o que eu tinha, peregrinei em médicos, hospitais e nada de descobrirem o que se passava, tinha épocas do ano que não podia mexer a cabeça parecia que tudo estava solto por dentro, dores horríveis, mas ninguém sabia dizer o pq de tudo isso, cresci me formei, me casei e tudo continuava como antes, ao engravidar do meu primeiro filho tive problemas sérios, mas o gineco e obstetra dizia ser por que eu tinha útero infantil, uma das seqüelas dos remédios que tomei qdo doente, por 3 vezes quase perdi meu filho repouso absoluto por 8 meses e meio e na hora do lindinho nascer, pressão alta , pasmem 12x8 era alta naquela época sempre tive a pressão muito baixa e qdo chegava a 12x8 estava alta, bom meu lindo nasceu de uma cesariana as pressas, pois ele já havia evacuado , tiraram ele as pressas e ai eu descobri outro problema ( que mais tarde me foi relatado ser problemas de quem tem fibro) sou alérgica a anestesia, mas esse foi o menor dos problemas meu filho graças a Deus nasceu saudável e o é até hj, minha vida foi seguindo normal , entre meus dois filhos perdi 3 bebes, problemas de um ovário sem vergonha que não produz hormônio, (seqüelas da febre reumática), enfim, segui a vida sem muitos problemas, consegui engravidar da minha filha e foi uma batalha dura, mas 8 meses depois de muito esforço e persistência nascia minha princesa, problemas na hora do parto, ela nasceu de 8 meses pq entrei em pré eclampsia com a pressão a 13x9, pressão normal pra quem tem a pressão normal mas pra mim não, eu tinha problemas de pressão alta na gestação, descobri isso na minha segunda gestação, na hora da cesárea o problema da anestesia, tomei um derivado de xilocaína, somente um anestésico pra não sentir dor, senti o medico fazer tudo, estourar minha bolsa a água quente escorrendo na perna, senti ele afastando as carnes pra poder tirar a nenê e na hora que ele tirou uma sensação estranha de se ter arrancando um pedaço do seu corpo, mas ela nasceu bem, isso foi o mais importante, desde esse dia tive problemas de pressão alta, convivo com isso há 21 anos, controlo , mas é mais um problema de saúde na minha vida, minha filha nasceu em 90 em 94 precisei retirar uma parte do útero pro ter alguma hemorragias e foi constatado ter endometriose, ai o problema da anestesia o medico não quis me escutar e me lascou uma peridural pronto tive uma convulsão o doido do medico manda o anestesista dar a geral eu quase morri era pra tirar o útero todo e com isso ele tirou somente uma parte, bom todos esses problemas ocorreram na minha vida até que em 2005 tive uma dor fortíssima nas costas, não conseguia respirar tinha dificuldade pra andar fui ao medico e qdo cheguei la as enfermeiras do pronto atendimento quase enlouquece, fui ao centro clinico pequeno do que na época era meu convenio, fui transferida pro hospital com suspeita de infarto, (quase infarto de verdade ao saber disso), chegando ao hospital fiz um monte de exames e adivinhem não deu nada a dor nas costas passou pro peito eu não conseguia andar me faltava o ar o peito doía tato que parecia que ia rasgar, voltei ao medico , fui pro hospital novamente e fiquei internada um dia inteiro colhendo sangue varias vezes no dia e nada, ai escrevi uma carta de reclamação ao convenio , eles me encaminharam a um medico generalista e ai veio a confirmação “vc tem fibromialgia, uma doença que faz doer os músculos, vc não vai morrer Del mas terá que conviver com dores”, e ai começou o meu calvário novamente, dores, dores e mais dores, kda dia doía um lugar, no começo foi difícil entrei no Google e fui pesquisar , fiquei chocada com tudo que li, kda dia que passa descubro que tudo pelo que passei na infância era disso e ninguém sabia o que era, hj em dia posso dizer que tenho uma vida tranqüila tenho dores sim, muitas tem dia que não consigo posição pra dormir de tanta dor, mas ainda consigo levantar da cama todos os dias, tem dias que as tonturas me maltratam mas eu faço um grande esforço e levo adiante, tem dias que a depressão me judia , mas com fé em Deus eu tento ao menos fazer de conta que ela não esta me fazendo mal, tenho convivido com o diagnostico da fibro desde 2005 mas pelos sintomas eu a tenho desde criança, hj em dia conto com a ajuda de um grupo de pessoas que tb são fibromialgicas e temos um grupo no facebook que se chama Fibromialgia Associação e nesse grupo discutimos nossos sintomas, nos apoiamos mutuamente, mesmo que virtualmente pois tem horas que nem nossos familiares acreditam nas nossas dores.Eu me trato no grupo de dor do HC de São Paulo mas as vezes nem esse grupo de dor me ajuda nos meus momentos de sofrimento, bom esse é o meu relato ,espero ter conseguido passar o que eu passei ate ter descoberto a fibromialgia.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ESTRESSE E PÂNICO


Sofrendo de Estresse ?

O que é?

O Transtorno de Pânico se caracteriza pela ocorrência espontânea de ataques de pânico. Os ataques de pânico duram quase sempre menos de uma hora com intensa ansiedade ou medo, junto com sintomas como palpitações, respiração ofegante e até mesmo medo de morrer. A pessoa pode ter múltiplos ataques durante um único dia até ou apenas, alguns ataques durante um ano. Estes ataques podem ocorrer acompanhados por agorafobia, que é o medo de estar sozinho em locais públicos, especialmente, locais de onde uma rápida saída seria difícil em caso de ocorrer um ataque de pânico.

O que se sente?

O primeiro ataque de pânico muitas vezes é completamente espontâneo, embora os ataques de pânico, em geral, ocorram após excitação, esforço físico, atividade sexual ou trauma emocional. O ataque freqüentemente começa com um período de 10 minutos de sintomas que aumentam rapidamente. Pode se sentir extremo medo e uma sensação de morte e catástrofe iminente. As pessoas, em geral, são incapazes de indicar a fonte de seus medos. Pode haver dificuldade de concentração, confusão, aceleração do coração, palpitações, falta de ar, dificuldade para falar e um enorme medo de morrer. O ataque dura de 20 a 30 minutos, raramente mais de uma hora.

Uma definição interessante de alguém que sofre os sintomas na própria pele você vê aqui:

Tudo começa quando convidam você para ir em algum lugar. Na hora, fica toda animada, só pensando nos prós: poxa, que legal vai ser encontrar esse pessoal, vou dar muita risada. Depois, começa a pensar nos contras: vai começar tarde, vou ficar com sono, não vou poder fumar. E começa a arrumar desculpas para não ir: estou cansada... já tinha combinado de sair com outros amigos. Se insistem, começa a ter taquicardia, falta de ar, uma angústia que a deixa paralisada. É a síndrome do pânico. - postada por Scarlett Ohara

Como se faz o diagnóstico?

O médico diagnostica o transtorno de pânico através do relato contado pelo paciente, procurando diferenciar de outras doenças físicas ou psicológicas. Muitas vezes a pessoa procura ajuda quando nota que não está mais conseguindo sair sozinha de casa por medo que ocorra um ataque de pânico.

Como se trata?

A pessoa deve procurar um médico que provavelmente irá associar um modelo de psicoterapia com uma medicação. Os sintomas melhoram dramaticamente nas primeiras semanas de tratamento. Atualmente os medicamentos mais empregados são os antidepressivos. Os sintomas melhoram consideravelmente nas primeiras semanas de tratamento.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CONSULTANDO CONSCIÊNCIAS

Amigos e amigas, com essa leitura, voces assim como eu, podemos estar nos envolvendo em novas energias, em novos trabalhos em prol do nosso melhoramento, do nosso NOVO homem, do nosso aprendizado e evolucao...

Muito importante essa conscientizacao....

com carinho da
Suely

Nós, verdadeiramente, evoluímos com nossos esforços, contudo, não poderemos nos esquecer das experiências alheias, que nos servem de exemplos. A lição dos outros pode despertar em nós uma força poderosa, a nos mostrar caminhos mais convenientes.
Quem pode negar a força de um místico e a influência de um santo, na nossa renovação interior? Quem já encontrou tais pessoas, ou pelo menos leu determinados livros, sabe que eles têm o poder de condicionar idéias nas mentes que os observam, cuja reação o levará a orientar sua vida cm linha mais segura, combatendo instintos até então danosos ao seu coração.
Moisés, quando deu início à feitura do Livro Sagrado, não tinha idéia exata do que poderia ser esse livro. Assim também os discípulos que registraram o Evangelho não visualizavam a força da sua obra diante da humanidade sofredora e carente de paz.
Quem já começa a despertar a consciência para Cristo deve procurar, por todos os meios lícitos, o seu maior desenvolvimento. Nós, aqui do mundo espiritual, nos dividimos em grupos que partem em todos os rumos, para ajudar onde Deus nos chamar para servir. Trabalhar em favor da coletividade, para nós, não tem nada a ver com caridade em beneficio dos outros; a caridade é em nosso proveito, porque estamos consultando consciências e aprendendo neste labor grandioso do bem. A Doutrina dos Espíritos se firmou no mundo, em colunas altamente iluminadas as colunas do Amor e da Caridade. Elas são indestrutíveis, diante de qualquer situação que venhamos a encontrar. Quem vai contra uma criatura que ama, sem exigir o amor? Quem vai contra uma pessoa que faz caridade, sem condições? Até a própria natureza fica ao nosso lado favorecendo-nos com todos os meios disponíveis.
Em todos os capítulos, conversamos um pouco com o leitor sobre o mesmo assunto, porque é nessa conversa que entendemos com mais facilidade o desenvolver de todo o trabalho na área espiritual e física. Nós concitamos os nossos irmãos encarnados, para que leiam raciocinando e analisando as páginas ofertadas pelas experiências dos irmãos maiores, porque nelas, e por elas, poderão tirar algo que pode lhes ajudar a se libertarem da escravidão da ignorância. Mas, uma coisa é preciso: humildade. Ela abre campo de entendimento, para que possamos compreender nas entrelinhas, as verdades distribuídas nas páginas imortais do autor.
As obras de Allan Kardec devem ser estudadas com todo carinho, pois elas são a base para que se possa entender com profundidade, as que dão prosseguimento à revelação das verdades espirituais.
Vamos consultar as consciências com o devido respeito às criaturas encarnadas e desencarnadas, pois elas são livros que nos enriquecem as experiências, na luta em busca da perfeição. Cada dia que passa é outro dia, nos trazendo meios e nos ofertando condições para um aprendizado mais eficiente.
Se em teus caminhos, sejam materiais ou espirituais, surgirem obstáculos, não queiras apontar os outros como culpados. Tudo isso, se estiveres em condições de analisar, haverás de reconhecer, facilmente, que são reforços para as experiências. Nada se posta em nossos roteiros, da maneira pela qual queremos; tudo vem do modo de que precisamos, para que o bem possa crescer em nós.
Se nos conformarmos com os acontecimentos de natureza inferior, eles criarão campo favorável para outros fatos de mesmo nível, e a nossa situação piorará em todos os sentidos. Convoquemos, pois, o bem que existe em nós. Acordemos as nossas próprias forcas, alinhando-as no sentido reto que o bom senso indicar, que Deus nunca faltará com as Suas bênçãos em nosso favor.
Nós estamos consultando, e vamos continuar a consultar, consciências alheias, à medida das oportunidades que tivermos; contudo, tornamos a dizer: sem violentarmos e, sim, cooperando com elas. Juntos guardamos o que vamos aprendendo, em uma seqüência interminável.
Se tens em tua companhia pessoas com as quais não simpatizas, não culpes ninguém. A vida é assim, são delas que necessitas mais. Estuda a ti mesmo, e verás que elas estão no lugar certo, assim como tu também. Procura suportá-las com paciência e exemplos dignificantes, porque há muita gente fazendo um esforço grande para te tolerar também, sem que por vezes tu saibas. Modifica-te por dentro, que a vida te ajudará por fora. A tua vida é uma verdadeira sementeira onde as mãos dos atos e dos pensamentos passam a semear, e tu colherás justamente de acordo com o que plantares. Seja somos conscientes disso, o que devemos fazer? Selecionar as sementes no decorrer do amanhã, porque a felicidade vem também do discernimento.
Procura, meu irmão, encontrar a ti mesmo, antes que se dê o dia da mudança das vestes, porque se começar no corpo físico, o aperfeiçoamento da alma, ficará muito mais fácil o aprendizado, no mundo dos Espíritos. O que ocorre com o peregrino inexperiente que é obrigado a viajar, e não procura os guias adestrados, para as devidas informações? Certamente que terá dificuldades e mais dificuldades. Os Espíritos superiores vêm nos ajudar e dar informações, por misericórdia de Deus, para todos nós, de como deveremos nos preparar para uma vida melhor. Se não quisermos ouvi-las, sofreremos as conseqüências desastrosas.
Aqui no mundo espiritual, na faixa em que habitamos, as oportunidades de trabalho são sobremodo grandiosas, e o próprio trabalho nos mostra a senda do aprendizado, sem nos obrigar a tais funções. Isso é maravilhoso.


Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/auto-conhecimento/consultando-consciencias-lancellin/#ixzz1Z4Tb9oHj

domingo, 25 de setembro de 2011

Oração e fibromialgia

Durante os últimos anos, houve alguns estudos tentando relacionar a força da oração com a melhora em algumas doenças. Estima-se que 45% dos americanos usam orações para problemas de saúde.

No geral, sabe-se que as crenças de uma pessoa afetam a maneira pela qual ela encara o significado que a dor traz, como lida com essa dor e até como quer tratá-la.

Na maioria das vezes, a espiritualidade traz benefícios para a saúde. Práticas como a meditação podem trazer relaxamento muscular, acalmar a mente, trazer alívio para a dor. A meditação pode ser obviamente praticada mesmo por quem não tem crenças religiosas.

Somente um alerta se faz necessário: existe uma diferença no enfrentamento (modo de se lidar com um problema) religioso positivo e negativo. Um enfrentamento religioso negativo – um sentimento de abandono por Deus, ou a impressão de que a dor é uma punição divina, está relacionado a uma pior saúde física e mental. Pesquisas recentes mostraram que um enfrentamento negativo aumenta a sensibilidade à dor. Formas mais positivas de enfrentamento religioso – como procurar um poder maior em busca de conforto, força e suporte – apresentam resultados bem melhores.

Eduardo S. Paiva
Chefe do Ambulatório de Fibromialgia da UFPR-PR

Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_outros_editais&id_mat=81

Avaliação da satisfação sexualidade em pacientes fibromiálgicos






Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia
Assessment of sexual satisfaction in fibromyalgia patients


Evelin Diana Goldenberg Meirelles Mariano da Costa
1
, Maximiliano Cassilha Kneubil
2
, Wanderson Correa Leão
2
Karol Bezerra Thé
2
ABSTRACT
Objective: To evaluate sexual experience and satisfaction in women with fibromyalgia. Methods:  Twenty women with fibromyalgia we r e   c omp a r e d   t o   2 0   n o rma l  wome n   u s i n g  Be c k   d e p r e s s i o n inventory and another questionnaire on sexual experience and satisfaction. The following aspects were addressed: age, past medical and surgical history, obstetric events, schooling, use of
medication, religion, marital status, and drug use. Statistical analyses were performed using chi-squared test or Fisher’s test, whenever appropriate, and Student’s  t test.  Results:  The mean age of women with fibromyalgia was lower than that of the control group. There were more married women in the  fibromyalgia group.
These patients showed greater modification in sexual activities (p = 0.01); greater difficulty in having orgasm (p = 0.01) and were more likely to masturbate (p = 0.053).

Conclusions: Fibromyalgia probably interferes in sexual function of women with this condition.
Further studies are necessary to evaluate this issue.
Keywords:  Fibromyalgia; Sexual disfunction; Muscle diseases; Rheumatologic diseases

RESUMO
Objetivo: Avaliar a experiência e a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia.
Métodos: Foram avaliadas 20 pacientes do sexo feminino, portadoras de fibromialgia e comparadas a 20
controles não portadoras de fibromialgia, por meio do inventário de depressão de Beck e um questionário sobre experiência e satisfação sexual. Foram questionadas quanto a idade, antecedentes pessoais, passado obstétrico e mórbido.
escolaridade, ingestão de medicamentos, religião, estado civil e uso de drogas. A análise estatística foi feita por meio dos testes do qui quadrado e exato de Fisher, quando pertinente, e do teste de Student.

Resultados:  A média de idade das pacientes com fibromialgia foi significativamente inferior à dos controles e no grupo de portadoras de fibromialgia houve maior número de mulheres casadas.
 Essas pacientes mostraram modificação da atividade  sexual  em maior número que as do grupo   controle (p = 0,01), maior dificuldade em atingir o orgasmo (p = 0,044), tendência maior à necessidade de masturbação (p = 0,053).

Conclusões:  A fibromialgia provavelmente interfere na função sexual de mulheres portadoras da afecção. Sugerem-se novas pesquisas para estudo do assunto.
Descritores: Fibromialgia; Disfunção sexual; Doenças musculares; Doenças reumatológicas

INTRODUÇÃO
É denominado disfunção sexual todo problema que interfira na resposta da expressão sexual humana a
estímulos eróticos, seja ele de origem psicológica, biológica ou social.
O  t e rmo di s funç ão  s e xual  feminina engloba o transtorno orgástico feminino , o transtorno de excitação sexual feminina e o transtorno de desejo
sexual  hipoativo.  Entretanto, até  por  questão de definição , tudo isso  só seria “ doença ”  quando
ocasionasse algum tipo de sofrimento. O que vemos muitas vezes é uma “doença relativa”, se podemos usar esse termo. Trata-se de uma mulher com desempenho sexual aquém daquilo que espera seu companheiro, mas, por ela mesma, não haveria sofrimento.

Segundo o National Health and Social  Life Survey(1), um terço das mulheres relata falta de interesse sexual , e quase um quarto das mulheres não.


ARTIGO ORIGINAL
1
Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Médica da Disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
2
Médico Residente da Disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
Endereço para correspondência: Evelin Diana Goldberg Meirelles Mariano da Costa - Av. Nove de Julho, 4303 - CEP 01407-901 - Jardim Paulista - São Paulo (SP), Brasil.
Recebido em 16 de março de 2004 – Aceito em 6 de agosto de 2004einstein. 2004; 2(3):177-81
178 Costa EDGMM, Kneubil MC, Leão WC, Thé KB experimenta orgasmo. Um pouco menos de 20% tem dificuldades de lubrificação e mais de 20% acha o sexo desagradável. Uma soma desses números mostra a ampla prevalência de queixas sexuais femininas. Estudos populacionais mostram que a disfunção sexual é mais prevalente em mulheres (43%) que em homens (31%) e está associada a fatores psicossociais e outros, como raça, escolaridade, uso de medicamentos e experiências sexuais  negativas
( 2 - 3 )
.   Estudos comunitários em mulheres mostram que 33%-39%  relatam diminuição  no desejo   sexual
( 4 ) , sendo considerado o principal problema em clínicas de terapia sexual (5-6).

Outro estudo concluiu que 50% dos homens e 77% das mulheres relatam dificuldades sexuais que não são de natureza disfuncional (como falta de interesse ou inabilidade em relaxar). A falta de satisfação sexual relatada relacionou-se mais fortemente a um maior número de dificuldades do que a alguma disfunção (7).
Dentre as doenças músculo esqueléticas , a fibromialgia vem ganhando destaque devido à sua alta
prevalência em consultórios de clínica geral  e reumatológicos - 2,1% em clínicas particulares
(8) , 5,7% em ambulatórios de clínicas particulares (9), 5%-8% em hospitais gerais (1 0)  e 14 % - 20 % em clínicas reumatológicas (11-12)
. A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e múltiplos pontos dolorosos ou “tender points” à palpação (13-14).
Estudos mais recentes nos Estados Unidos, constataram que 2% da população apresenta fibromialgia (15), sendo 80%-90% do sexo feminino, com a média de idade variando entre 30-60 anos. Estudo
brasileiro, de 2004, avaliou em 2,5% a prevalência de fibromialgia em população da cidade de Montes Claros (16).
Sua etiologia é bastante complexa, envolvendo alterações de neurotransmissores envolvidos na modulação da dor, distúrbios de perfusão do tálamo, alterações de eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, bem como distúrbios do sono (17). Além da dor persistente, 90% dos pacientes exibem fadiga crônica
(18), bem como 25% dos pacientes apresentam depressão maior no momento do de história de depressão(19).
Sabe-se que há um grande prejuízo na qualidade de vida em pacientes portadores de fibromialgia considerada inferior à de pacientes com outras doenças reumatológicas, diabetes, insulino-dependente ou doenças pulmonares. obstrutivas crônicas (20). Dados preliminares de um estudo mostram que a satisfação sexual se acha significativamente diminuída na FM, comparada com indivíduos normais
(21). No caso da FM, uso de antidepressivos, bem como fatores psicológicos como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e fadiga podem contribuir para a diminuição da qualidade sexual dessas pacientes (21).
Embora a satisfação sexual seja um importante determinante na qualidade de vida, existem poucos
estudos que avaliem esse aspecto em pacientes portadoras de fibromialgia, o que motivou a realização do presente trabalho.

OBJETIVO
Avaliar a experiência e a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia comparadas a um grupo controle.

MÉTODOS
O trabalho foi realizado no ambulatório da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São
Paulo - Escola Paulista de Medicina.
Foram avaliadas 20 pacientes do sexo feminino que preenchiam os critérios de fibromialgia pelo Colégio
Americano de Reumatologia (22)  e 20 mulheres sem fibromialgia, com idades entre 18 e 45 anos. As
pacientes e os controles foram questionados quanto a idade, antecedentes pessoais, passado obstétrico e passado mórbido, escolaridade, ingestão de medicamentos, religião, estado marital e uso de drogas. Os critérios de exclusão incluíram a presença de:
1. uso de antidepressivos e metildopa;
2.  menopausa;
3.  doenças inflamatórias reumatológicas;
4.  doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, pulmonares ou ginecológicas;
5.  gravidez;
6.  mulheres sem vida sexual ativa;
7.  depressão moderada/grave;
8.  alcoolismo;
9.  tabagismo;
10. escolaridade inferior ao primeiro grau.

Foi aplicado o inventário de depressão de Beck (23-24) para afastar casos de depressão moderada e grave e um questionário de experiência e satisfação sexual, elaborado a partir dos seguintes questionários já validados: Changes in Sexual Functioning.
Questionnaire (25), Arizona Sexual Experiences Scale (26), Psychotropic - related Sexual Disfunction

Questionnaire (27).
Todas as mulheres assinaram um termo de consentimento para participar do trabalho.
O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição. Einstein. 2004; 2(3):177-81
Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadores de fibromialgia 179

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para avaliar se as variáveis explicativas (estado marital,nível de escolaridade, etc.) eram independentes do grupo (controle e fibromialgia), utilizou-se o teste Quiquadrado (+) para tabelas 2x2.
Quando a freqüênc i a   e spe r ada   em  a l guma  das caselas era menor do que 5, utilizou-se o teste Exato de Fisher (++).
Adotou-se um nível de significância de 0.05.
O mesmo procedimento foi utilizado para avaliar se o resultado de cada questão (com duas categorias)
era independente do grupo (controle e fibromialgia).
Para avaliar se as variáveis idade e escore total foram, em média, as mesmas para os dois grupos (controle e fibromialgia), utilizou-se o teste t de Student.

RESULTADOS
A tabela 1 mostra características da população estudada, suas diferenças e nível de significância.

Tabela 1.
Médias de idade e desvio padrão no grupo controle e no grupo fibromialgia. Número de mulheres e suas respectivas porcentagens com e sem marido no grupo controle e no grupo fibromialgia. Nível de escolaridade no grupo controle e no grupo fibromialgia. Estado religioso no grupo controle e no grupo fibromialgia Características Controle Fibromialgia  Nível descritivo Idade e desvio-padrão média 28.5±10.3 34.9±6.6 0.03



A idade média das pacientes do grupo fibromialgia foi 34,9 anos e, no grupo controle, 28.5 anos, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p = 0.03).
Quanto ao estado marital, as pacientes portadoras de fibromialgia eram na sua maioria casadas quando comparadas às mulheres do grupo controle, sendo esse dado estatisticamente significativo (p = 0,011), Os dois grupos foram homogêneos quanto ao nível de escolaridade, bem como estado religioso.
Quanto ao grau de satisfação sexual, grau de satisfação do parceiro, presença de dor à relação sexual necessidade do uso de fetiches, relato de orgasmo precoce, necessidade de posições ou atividades peculiares,  sentimento de culpa, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os 2 grupos (tabelas 2 e 3)


Quanto à necessidade de masturbação, houve uma tendência à frequência maior de masturbação no grupo fibromialgia comparado ao grupo controle (p = 0,053) ...


Por meio das questões de 1 a 14 do questionário de Beck(23), respondidas pelas pacientes portadoras de fibromialgia e pelo grupo controle, foram também - einstein. 2004; 2(3):177-81 - 180 Costa EDGMM, Kneubil MC, Leão WC, Thé KB avaliados os seguintes parâmetros: intensidade do desejo sexual, grau de facilidade de excitação, grau de facilidade para atingir o orgasmo, grau de satisfação aos orgasmos, grau de conforto com o próprio desempenho sexual, freqüência da atividade sexual, freqüência de pensamentos sexuais, início da atividade sexual, lubrificação vaginal, freqüência de excitação durante as atividades sexuais, freqüência de orgasmo, grau de prazer durante as atividades sexuais capacidade de se obter orgasmo e freqüência de dor à penetração ou de orgasmos dolorosos (tabela 6)

Dentre esses parâmetros, verificou-se que as pacientes com fibromialgia apresentaram menor capacidade de obter orgasmo quando comparadas ao grupo controle (p = 0,044) (tabela 7). Nos demais itens não houve diferenças significativas entre as pacientes portadoras de fibromialgia e os controles.



DISCUSSÃO
A fibromialgia se caracteriza por dor generalizada pelo corpo que pode ser acompanhada por fadiga, distúrbios do  sono,   irritabilidade,  bem como depressão. As portadoras apresentam diminuição importante da qualidade de vida, sendo mesmo comparadas a doentes com doença pulmonar obstrutiva crônica(20).
O presente trabalho pode ser considerado como estudo preliminar e teve como objetivo avaliar a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia, quando comparadas a mulheres sem fibromialgia, todas elas fora da menopausa, para que não ocorressem interferências coma as variações hormonais. Para tanto, foi utilizado os questionário Beck (23-24) e ainda outro, relativo a experiência e satisfação sexual (25-27).
Considerando-se que a idade média de pacientes brasileiras portadoras de fibromialgia se acha em torno de 43,2 anos (16), verificou-se, no presente trabalho, que a idade média encontrada entre os grupos esteve abaixo daquela. Embora tenha havido diferença significativa entre as idades nos grupos, interessava apenas situar as pacientes efetivamente abaixo da época da menopausa e esse achado, portanto, não foi valorizado na interpretação dos resultados.
Por outro lado, o fator religiosidade, que poderia influenciar no comportamento sexual das pacientes (28), não foi diferente entre os grupos.
Com relação ao estado marital, houve uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos, sendo que as pacientes com fibromialgia eram em sua maioria casadas e as controles com parceiros, não casadas.
Apesar da provável estabilidade emocional do casamento, essas pacientes apresentaram grau de insatisfação maior, bem como modificação da atividade sexual, quando comparadas ao grupo controle. provavelmente relacionada à dor, fadiga, irritabilidade, distúrbios do sono ou até insatisfação com o parceiro, de acordo com os achados da literatura (21).
As pacientes portadoras de fibromialgia também apresentaram uma tendência à necessidade de estimulação/masturbação prévia, quando comparadas ao grupo controle, que se aproximou da significância estatística. Talvez por apresentarem modificação da atividade sexual, mostraram-se com maior necessidade de estimulação/masturbação prévia.
Quanto ao desejo sexual, evidenciou-se que no grupo controle a minoria relatava fraco desejo, enquanto nas pacientes com fibromialgia, um grupo maior relatava menor desejo, número este que não atingiu significância estatística, talvez pelo pequeno número de pacientes entrevistadas.
Quanto ao grau de excitação, houve uma tendência das pacientes com fibromialgia a apresentarem dificuldade quando  Einstein. 2004; 2(3):177-81
Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadores de fibromialgia 181 comparadas ao grupo controle. No que diz respeito ao orgasmo, as pacientes com fibromialgia tiveram dificuldade em atingir o orgasmo, além de não se mostrarem capazes de atingi-lo sempre que o desejassem, havendo significância estatística. Pode-se especular que esse fato poderia também estar relacionado à dor, fadiga ou irritabilidade.
Sugere-se, portanto, que outras pesquisas abordem o tema, envolvendo maior número de pacientes, para o estabelecimento de achados definitivos.

CONCLUSÕES
A fibromialgia provavelmente interfere com o grau de satisfação sexual entre mulheres portadoras da afecção, pois houve modificação da atividade sexual sob os critérios de interesse, excitação e orgasmo, tendência maior à necessidade de masturbação e menor capacidade de se obter orgasmo, quando comparadas ao grupo controle de mulheres sem fibromialgia.




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 http://www.einstein.br/biblioteca/artigos/Vol2Num3/Avaliacao%20da%20satisfacao.pdf