Foi formada por pacientes e profissionais voluntários que, trazem informações e orientações de credibilidade a quem queira conhecer mais e melhor a Fibromialgia - CID 11 - MG30.01 Começamos em 2007 no antigo Orkut, encerradas as atividades em março/2023. IMPORTANTE: NOSSAS MATÉRIAS NÃO SUBSTITUEM, SOB QUALQUER PRETEXTO, A CONSULTA MÉDICA.
Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
TRADUTOR
SITES IMPORTANTES
quinta-feira, 30 de julho de 2020
sem UNIÃO e FORÇA a situação permanecerá assim...sem saída...
Em Canoas/RS a Lei para uso da Fila Preferencial pelos Fibromiálgicos existe desde 18 de abril de 2019, projeto de Lei do Vereador Dario Francisco e sancionado pelo Exmo Prefeito Luiz Carlos Busato @lcbusato
Mas, o preconceito, a falta de respeito, conhecimento, atendimento especializado na cidade permanecem.
Aliás, a realidade é em todo o mundo, não só numa cidade ou país.
É uma grande luta de pacientes pelo tratamento adequado e, para a geração de políticas públicas.
Ou será que a falta de investimentos para pesquisas, que possam comprovar se o paciente é ou não Fibromiálgico também é nossa responsabilidade ?
Enquanto não decidem, muitos não tem tratamento, incapacitados para o trabalho, e o INSS não quer arcar com sua parte da responsabilidade.
A corda arrebenta do lado mais frágil sim.
Mas, precisamos TODOS compreender que, sem UNIÃO e FORÇA a situação permanecerá assim...sem saída.
E você, faz o que para mudar esta triste realidade?
Cuida de você pelo menos?
Procura obter em sua cidade políticas públicas em benefício dos Fibromiálgicos?
Nós podemos ajudar... Mas sozinhos pouco podemos fazer.
#vereadordariofrancisco
#fibromialgia
#fibromialgicos
#reconhecimentodaFibromialgia
#lutaporpoliticaspublicas
#BrasilporTodoscomFibro
#SomosdeFibra
https://www.diariodecanoas.com.br/noticias/regiao/2020/07/28/fibromialgia--doenca-que-os-olhos-nao-veem--mas-o-corpo-sente.html
Uso Racional de Medicamentos: riscos da automedicação
Automedicação e principais riscos
• Agravamento do distúrbio;
• Alguns medicamentos podem provocar dependência;
• Possibilidade da ocorrência de efeitos adversos que são indesejados e podem ser graves;
• Desconhecimento de interações medicamentosas, uma vez que um medicamento pode anular ou potencializar o efeito de outro.
• Reações alérgicas que podem variar de leves, moderadas a graves,
• Criar resistência a micro-organismos, como no caso dos antibióticos;
• Intoxicações, que podem inclusive serem letais.
Arboviroses e doenças respiratórias
• Antitérmicos: pacientes com reação alérgica, ao usar o antitérmico, podem sofrer edemas (inchaço) da glote, impedindo a passagem de ar para os pulmões, e coceira.
• Descongestionantes nasais: quando usados constantemente podem causar taquicardia, elevação da pressão arterial, dependência e rinite medicamentosa.
Na tentativa de minimizar os problemas causados pela automedicação, os pacientes devem considerar exclusivamente as orientações de profissionais habilitados e após um diagnóstico seguro. No caso de eventuais dúvidas na utilização de qualquer medicamento, consulte sempre o seu médico ou farmacêutico. A automedicação pode trazer sérios riscos à saúde.
Referências:
MATOS JF et al, Prevalência, perfil e fatores associados à automedicação em adolescentes e servidores de uma escola pública profissionalizante – Cad. saúde colet. vol.26 no.1 Rio de Janeiro Jan./Mar. 2018
ARRAIS P S D. et al.; Perfil da automedicação no Brasil- Rev. Saúde Pública vol. 31 no. 1 São Paulo Feb. 1997
BORTOLETTO, M. E.; BOCHNER, R. Impacto dos medicamentos nas intoxicações humanas no Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 859-869, out./dez. 1999.
OLIVEIRA P D et al., Uso de inaladores na população de adolescentes e adultos com diagnóstico médico autorreferido de asma, bronquite ou enfisema em Pelotas, RS- Jornal Brasileiro de Pneumologia, Pelotas, 2013;v. 39(, n.3):287-295
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
Sites:
http://portal.anvisa.gov.br/resultado-de-busca?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_assetEntryId=402812&_101_type=content&_101_groupId=33868&_101_urlTitle=informe-snvs-anvisa-ufarm-n-2-de-1-de-dezembro-de-2003&inheritRedirect=true Acesso em: 24/04/2020
https://extra.globo.com/noticias/saude-e-ciencia/riscos-da-automedicacao-crescem-com-aumento-de-doencas-respiratorias-no-inverno-19564075.html Acesso em: 27/04/2020
texto original
http://blog.saude.mg.gov.br/2020/05/04/uso-racional-de-medicamentos-riscos-da-automedicacao/
OS RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO
FOTO: @renatoaraujofotografias
Os riscos da automedicação
A descoberta de medicamentos é um importante processo do sistema de saúde mundial, com utilidade no tratamento e na cura de enfermidades. No entanto, o uso de remédios para problemas de saúde é visto, muitas vezes, como uma solução imediata para aliviar sintomas como dores e mal-estar. Os efeitos das substâncias presentes nos remédios têm sido subestimados e a automedicação é, hoje, uma prática comum entre os brasileiros, podendo causar graves danos ao organismo.
O que é considerado automedicação?
Automedicar-se é o ato de ingerir remédios para aliviar sintomas, sem qualquer orientação médica no diagnóstico, prescrição ou acompanhamento do tratamento. No Brasil, cerca de 35% dos medicamentos são adquiridos nas farmácias por pessoas que estão se automedicando.
A disponibilidade de informações médicas na internet cria um ambiente propício para a pessoa fazer diagnóstico e se medicar por conta própria. Esses fatores tornaram o uso indiscriminado de medicamentos um dos principais problemas da saúde no Brasil. Por este motivo, a ANVISA criou uma cartilha com orientações sobre o tema.Possíveis complicações de se automedicar
Todo remédio possui efeitos colaterais e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios que benefícios ao organismo. Fique atento às possíveis complicações:
Intoxicação - usar doses inadequadas de remédios pode causar diversos impactos na saúde, desde a ineficácia do tratamento, até overdose da substância no organismo, que leva a intoxicação.
Interação medicamentosa - há risco de um medicamento ingerido reagir em contato com outro que a pessoa usa de forma contínua. Neste caso, um pode anular ou potencializar os efeitos do outro.
Alívio dos sintomas que mascara o diagnóstico correto da doença - usar remédios para aliviar imediatamente dor e mal-estar pode esconder a real causa daqueles sintomas. Dessa forma, a doença não é tratada corretamente e pode se agravar.
Reação alérgica - ingerir medicamentos que não foram prescritos por um profissional da saúde pode causar reações não esperadas no organismo.
Dependência - algumas substâncias proporcionam mais chances de vício quando tomadas em doses incorretas e por tempo além do indicado por um médico.
Resistência ao medicamento - o uso indiscriminado de um remédio pode facilitar o aumento da resistência dos microrganismos àquela substância. No caso dos antibióticos, por exemplo, pode prejudicar a eficácia de tratamentos em infecções futuras.
A automedicação gera também outro mau hábito: o de acumular remédios em casa. Esta prática pode causar problemas graves, como:
- Confusão entre medicamentos;
- Ingestão de substâncias após vencimento;
- Ineficácia no tratamento causada pelo mau armazenamento do remédio;
- Ingestão acidental por crianças.
Antes de ingerir qualquer medicamento, o ideal é realizar uma
consulta com um profissional da saúde, que vai levar em consideração
características do seu metabolismo e poderá diagnosticar seus sintomas.
Não tome nenhum medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser
perigoso para sua saúde.
Referências
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/premio_medica/pdfs/trabalhos/mencoes/januaria_ramos_trabalho_completo.pdf- acesso em 25/04/2020
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/255_automedicacao.html - acesso em 25/04/2020
Uso Racional de Medicamentos: riscos da automedicação
Kit ANTI COVID-19???
Uso indiscriminado de remédios pode esconder sintomas de doenças graves
Anti-inflamatórios, que também são encontrados nas fórmulas dos antigripais, são muito prejudiciais para os rins e para o fígado, alerta médico
Muitas pessoas acreditam que medicamentos comprados sem receita médica são totalmente seguros. Entretanto, isso está longe de ser verdade, pois qualquer medicamento possui algum tipo de risco, conta Daphnne Camaroske Vera, nefrologista da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo). "Entre os grupos de maior risco e possibilidades de sentir os efeitos colaterais da automedicação estão os idosos, gestantes, lactantes, crianças e portadores de insuficiência renal e hepática", afirma a especialista.
Nesse sentido, o uso indiscriminado de determinadas substâncias pode acarretar a ocultação de sintomas de enfermidades mais graves. "Os anti-inflamatórios, que também são encontrados nas fórmulas dos antigripais, são muito prejudiciais para os rins e para o fígado, principalmente em pacientes portadores de alguma doença prévia nesses órgãos. Já os laxantes utilizados em constipação grave podem levar a uma ruptura das alças intestinais e o uso em idosos pode levar à desidratação", explica a especialista.
Não fosse suficiente, existe ainda o risco de interação medicamentosa, que pode diminuir ou potencializar o efeito de um determinado remédio sobre o outro. Um exemplo comum disso é o uso de antibióticos, que podem reduzir a eficácia contraceptiva de medicamentos anticoncepcionais. "Um ponto importante, principalmente para pessoas que tomam antibióticos que já têm em casa, é que o uso desses remédios, se administrados de maneira errada em tempo e dose, possibilita o aparecimento das superbactérias resistentes a diversas classes de antibióticos. Remédios antidepressivos e calmantes também podem levar à dependência física da medicação", reforça a nefrologista.
A maioria dos antibióticos precisa ter a dose reduzida para pessoas portadoras de insuficiência renal ou hepática. "A deficiência nesses órgãos mantém a medicação circulante na corrente sanguínea por mais tempo e, por isso, o ajuste na dose é importante para que o paciente não receba uma quantidade superior daquela necessária", conta Daphnne.
A automedicação é uma prática que deve ser evitada, pois pode prejudicar o funcionamento dos órgãos no geral. "Antes de tomar qualquer medicamento é necessário consultar o médico sobre a segurança e a dosagem certa da medicação. Além disso, é preciso informar o especialista sobre todos os remédios de que faz uso, a fim de conhecer possíveis interações prejudiciais à saúde", finaliza a especialista.
BURSITE DE QUADRIL
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Como abordar a síndrome da dor crônica em pacientes ortopédicos?
A dor é a reação normal do corpo a uma lesão ou doença, um aviso de que algo está errado. Quando seu corpo cura, você geralmente para de ter dor. Mas, para muitas pessoas, a dor continua muito tempo depois que sua causa desaparece. Quando dura de três a seis meses ou mais, é chamado de dor crônica.
Síndrome da dor crônica
Cerca de 25% das pessoas com dor crônica passarão a ter uma condição chamada de síndrome da dor crônica. Isso acontece quando a dor passa a interferir na rotina da pessoa e outros problemas passam a aparecer de forma secundária. Entre estes problemas, devemos considerar:- Problemas psicossociais: a dor faz com que a pessoa não consiga mais manter sua rotina de atividades profissionais, familiares e recreativas. Perdem-se as atividades com cônjuges, filhos e amigos. Como resultado, passa-se a conviver com a sensação de culpa. A culpa não é a única emoção comum para quem convive com a dor crônica: alguma combinação de medo, vergonha, irritabilidade, ansiedade e depressão é comum;
- Abuso de álcool e drogas, perda do emprego e problemas conjugais também são comuns. A ansiedade muitas vezes leva a um abuso na alimentação e ganho de peso;
- Sedentarismo: a rotina torna-se cada ver mais sedentária, em decorrência da dor. O sedentarismo pode levar a uma piora em doenças como pressão alta, diabetes e obesidade. A perda de massa muscular associada ao ganho de peso faz com que as dores piorem;
- Insônia: além da dor, o estresse relacionado à perda de emprego, problemas financeiros e à falta de perspectivas de melhora faz com que a qualidade do sono seja prejudicada. Sem dormir bem, a pessoa passa a se sentir fadigada e desmotivada;
- Catastrofização da dor: a sensação de que “tudo está perdido”, faz com que o paciente fique cada vez mais desmotivado, e isso contribui para que a resposta ao tratamento seja cada vez mais ineficaz;
- Dependência de medicamentos: o uso cada vez mais frequente de medicações cada vez mais forte deve levar à preocupação com a dependência química por medicamentos.
As raízes da dor crônica são tanto físicas como mentais. Em alguns casos, mais físicos. Em outros, mais mentais. Mesmo que, de início, a dor tivesse um componente puramente físico, como uma lesão ou um trauma, problemas psicossociais invariavelmente passam a interferir no processo da dor.
O que causa a síndrome da dor crônica?
A síndrome afeta pessoas de todas as idades e de ambos os sexos, mas é mais comum em mulheres. Pessoas com depressão maior e outras condições de saúde mental são mais propensas a desenvolverem a síndrome da dor crônica. O estado do sistema nervoso central antes do início da lesão ou condição de dor original e condições decorrentes da dor estão ligados ao desenvolvimento da síndrome da dor crônica.- Condições previas à dor e que contribuem para a sensibilização central: uma história anterior de ansiedade, trauma físico e psicológico e depressão são significativamente preditivos do aparecimento de dor crônica mais tarde na vida. O denominador comum entre dor crônica, ansiedade, trauma e depressão é o sistema nervoso. São todas condições que afetam o sistema nervoso, deixando-o persistentemente alterado ou desregulado;
- Fatores decorrentes da dor e que contribuem para à sensibilização central: o início da dor é frequentemente associado ao desenvolvimento subsequente de condições como depressão, medo, ansiedade e outros estressores. O estresse dessas respostas pode, por sua vez, exacerbar ainda mais a reatividade do sistema nervoso, levando à sensibilização central. O sono ruim também é uma consequência comum de viver com dor crônica. Também está associado ao aumento da sensibilidade à dor.
Sensibilização central
Sensibilização central é uma condição do sistema nervoso associada ao desenvolvimento e manutenção da dor crônica. A sensibilização central desempenha um papel importante em muitos distúrbios de dor crônica diferentes, como na dor lombar crônica, dor no pescoço, dores de cabeça, enxaqueca, artrite reumatoide, artrose do joelho, endometriose, fibromialgia, síndrome do intestino irritável, lesões sofridas em um acidente de carro ou após cirurgias.Quando ocorre a sensibilização central, o sistema nervoso passa a ficar em um estado persistente de alta reatividade. Esse estado de reatividade persistente diminui o limiar da dor e, posteriormente, mantém a dor mesmo depois que a causa original da dor tiver sido solucionada.
A sensibilização do sistema nervoso central tem duas características principais:
- Alodinia: ocorre quando uma pessoa sente dor com coisas que normalmente não são dolorosas. Por exemplo, tocar levemente a pele pode causar dor, eventualmente até mesmo o contato da roupa do corpo pode ser o suficiente para que os nervos, ao invés de transmitir uma sensação de toque, transmitam uma sensação de dor e desconforto.
- Hiperalgesia: ocorre quando um estímulo tipicamente doloroso é percebido como mais doloroso do que deveria.
Além da alodinia e da hiperalgesia, a sensibilização central pode levar a sensibilidades elevadas em todos os sentidos, não apenas no sentido do tato. Às vezes, pacientes com dor crônica podem relatar desconforto aumentado à luz, sons e odores.
Tratamento
O tratamento da dor crônica não é simples e deve envolver uma abordagem multidisciplinar. Todos os fatores discutidos acima devem ser abordados para que o tratamento tenha reais possibilidades de sucesso. Grande parte do tratamento está relacionado a uma mudança no estilo de vida, e o paciente deve ser motivado para isso.Fazer o paciente entender o problema e enxergar uma possibilidade real de melhora é fundamental. Será necessário também o apoio de fato de familiares e amigos próximos, que se motivem na busca por uma solução, e que não enxerguem o paciente como um coitado. O paciente com dor crônica já costuma ter uma autoestima diminuída, não precisa do apoio de familiares e amigos para piorar isso.
A principal causa para a falha no tratamento da dor crônica é justamente o tratamento da doença de base, ou daquilo que mais chama a atenção do paciente, como uma artrose do joelho, sem tratar todos os outros fatores discutidos acima. Tratar uma artrose do joelho apenas com medicamento e orientá-lo de que precisa fazer exercício é muito pouco em um paciente com os sinais da síndrome da dor crônica.
A depender do paciente, diversas terapias poderão ser indicadas para o tratamento da dor crônica:
- Terapia cognitivo-comportamental;
- Acupuntura;
- Psicoterapia;
- Terapia ocupacional;
- Fisioterapia;
- Técnicas de relaxamento, como meditação.
Fisioterapia e atividade física
Levantar-se e movimentar-se com regularidade é uma das partes mais importantes do tratamento. A falta do movimento resultará em dor e incapacidade adicional. A prática regular de exercícios pelo paciente com dor crônica, seja por meio da fisioterapia, seja por meio de modalidades como hidroginástica, caminhada, ioga ou pilates deve ser sempre estimulada. Não adianta, porém, fazer estes exercícios uma hora por dia e passar o restante do dia no sofá.No início do tratamento, quando a dor estiver mais limitante, a fisioterapia manipulativa é uma ótima opção, com foco em recuperar a flexibilidade, a mobilidade e a estabilidade das articulações. Técnicas de fototermoeletroterpia podem ser indicadas. Gradativamente, exercícios para fortalecimento serão acrescidos, com foco principalmente em vencer a inibição da musculatura.
A prescrição de exercícios físicos deve ser encarada com a mesma importância do que a prescrição de medicamentos: não adianta dizer que “precisa fazer exercícios”, é preciso indicar, preferencialmente por escrito, quais as possibilidades de atividade, com qual frequência, qual intensidade e por quanto tempo. Esta prescrição deve ser baseada em uma avaliação estruturada realizada por um fisioterapeuta ou preparador físico capacitado.
Tratamento medicamentoso
O uso de medicamentos como forma isolada de tratamento da dor crônica terá pouco efeito sobre a dor e fará com que, em pouco tempo, os benefícios destas medicações não sejam mais perceptíveis.Isso não significa que o uso de medicamentos não seja importante: embora as mudanças no estilo de vida e demais tratamentos descritos até aqui sejam fundamentais, geralmente eles terão sucesso sem o auxílio dos medicamentos.
Podemos dividir os medicamentos para o tratamento da dor crônica em três grupos:
- Medicamentos analgésicos: Analgésicos simples, opioides e anti-inflamatórios ajudarão no controle da dor propriamente dita. Estes medicamentos não atuam sobre a causa do dor, mas farão com que a sensação dolorosa seja reduzida.
- Medicamentos para o tratamento da sensibilização central: medicações antidepressivas e anticonvulsivantes são utilizadas com o intuito de reduzir a sensibilização central. Seu mecanismo de ação não está relacionado ao tratamento de eventuais casos de depressão ou convulsão.
- Medicamentos para o tratamento da doença de base: artrite reumatoide, artrose do joelho e outras doenças que causam a dor crônica podem ser tratadas com medicamentos específicos, além das medicações descritas acima. No caso da artrose, por exemplo, as infiltrações com corticoide ou ácido hialurônico, a glicosamina e o colágeno são algumas das opções.
- Dydyk AM, Givler A. StatPearls Publishing; 2020 Jan 14.
- https://ortopedistadojoelho.com.br/
- Eller-Smith, Olivia C et al. Frontiers in cellular neuroscience vol. 12 35. 13 Feb. 2018.
Texto original https://pebmed.com.br/como-abordar-a-sindrome-da-dor-cronica-em-pacientes-ortopedicos/
Exercícios para alívio de dor nas costas - Fisioterapeuta e Diretora Científica da Abrafibro Mayra Perazzolli Pinheiro Lima
Dentro do cenário dor crônica músculo esquelético, a dor lombar é uma das mais comuns.
Muitas pessoas sofrem com esse mal e, acabam ficando limitados em suas atividades diárias devido a dor.
Além das mudanças de hábitos, respeito aos limites, procurar ajuda profissional é uma das melhores estratégias para quem sente dor.
Dentro da área da saúde, a fisioterapia tem se destacado como ponto chave para a melhora do quadro doloroso e, retorno às atividades funcionais.
A fisioterapia dispõe de diversas estratégias e técnicas, para te ajudar a restabelecer sua saúde e condições físicas.
Mas, lembrem-se que seu maior aliado a melhora é você mesmo.
Aqui, seguem algumas dicas de exercícios que ajudam para a melhora da dor lombar (com sugestão de séries, tempo e repetições iniciais)
(IMPORTANTE) Ressaltar que existem muitos motivos e causas para a dor lombar e, nem todos os pacientes são iguais. Não existe receita de bolo! Cada caso é diferente dos demais. Por isso antes de se aventurar à novas experiências, procure apoio de um profissional da área que possa ajudar.
Boa sorte!
Texto da Fisioterapeuta e Diretora Científica da Abrafibro Mayra Perazzolli Pinheiro Lima
segunda-feira, 27 de julho de 2020
Atendimento Preferencial Fibromiálgicos em Dom Feliciano RS
Tem como fundamento a lei municipal 4.145 de 04 de dezembro de 2019.
Quer saber mais?
Acesse:
https://www.acusticafm.com.br/noticias/33852/dom-feliciano-comeca-a-entregar-carteiras-de-identificacao-para-portadores-de-fibromialgia.html
Projeto aprovado reserva vagas de estacionamento e fila preferencial para pessoas com fibromialgia em Juiz de Fora
Agradecemos ao Vereador
@rodrigomattos_vereador
E esperamos pela Sanção do Exmo
Prefeito Sr Antonio Almas @antonioalmasoficial
Fonte: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/07/24/projeto-aprovado-reserva-vagas-de-estacionamento-e-fila-preferencial-para-pessoas-com-fibromialgia-em-juiz-de-fora.ghtml
domingo, 26 de julho de 2020
LIVE PLANEJAMENTO
sexta-feira, 24 de julho de 2020
É HOJE! Passando para lembrar... às 19hs
quinta-feira, 23 de julho de 2020
Empresa avança para a linha de chegada de novo medicamento para fibromialgia
A Innovative Med Concepts está se preparando para um dos dois ensaios finais da Federal Drug Administration para o que chamou IMC-1, um medicamento que em testes anteriores mostrou eficácia significativa no combate aos efeitos da fibromialgia.
O cirurgião de Tuscaloosa, Dr. William “Skip” Pridgen, da Tuscaloosa Surgical Associates é o CEO da Innovative Med Concepts, uma empresa que ele e outros formaram em 2012 depois que ele descobriu que uma combinação de dois medicamentos existentes estava afetando profundamente os pacientes com fibromialgia e síndrome do intestino irritável.
"Os dois medicamentos juntos fazem algo que os componentes individualmente nunca fariam", disse Pridgen.
Esta receita medicinal, uma combinação específica de famciclovir e celecoxib, foi agora patenteada e submetida a vários ensaios exigidos pela FDA.
"Tinha um sinal enorme, o que significa que estava afetando tudo", disse Pridgen, explicando que o IMC-1 estava ajudando a aliviar a dor, depressão e fadiga, entre outros sintomas comumente associados à fibromialgia.
E com mais de 68.000 pessoas morrendo de overdose de drogas apenas em 2018, o IMC-1 está alcançando esse nível de sucesso sem ser um opioide ou narcótico suscetível a abuso e overdose.
"Estamos resolvendo o problema subjacente", disse Pridgen. "Não estamos apenas tentando mascarar a dor."
Nomeadas na década de 1970, as diretrizes para diagnosticar e tratar a fibromialgia não foram desenvolvidas até 1990. Mesmo assim, foram necessários até 2007 para que o primeiro medicamento fosse fabricado na tentativa de tratá-lo.
As causas da doença ainda permanecem um mistério, mas Pridgen teoriza que ela é desencadeada por vírus ativos do herpes no trato intestinal.
Filho de pai cirurgião e mãe virologista, Pridgen levou sua mãe à idéia de que a fibromialgia foi causada por esse vírus depois de perceber que uma combinação de medicamentos estava produzindo melhores resultados em seus pacientes do que apenas um dos medicamentos.
Este é um vírus que todos nós temos, ele disse, mas algum tipo de situação estressante - um divórcio, uma morte súbita ou dolorosa na família - serve para empurrar o paciente "além do limite", ativando o vírus e forçando o corpo a atacá-lo.
"O que fizemos é esclarecido tanto que estava nublado no passado", disse Pridgen.
A Innovative Med Concepts levantou cerca de US $ 16 milhões para concluir esses testes iniciais, e Pridgen disse que espera que sejam necessários de pelo menos US $ 48 milhões a US $ 50 milhões para concluir completamente os testes, obter a aprovação do FDA e ter o medicamento no mercado.
Embora esse nível de investimento no que, a partir de agora, continue sendo um produto médico não aprovado, seja alto, é muito inferior à média da indústria de US $ 560 milhões que a Pridgen disse que normalmente custa para trazer um novo medicamento ao mercado.
Até agora, a Innovative Med Concepts conseguiu gerar o financiamento necessário através de amigos e familiares. Mas essa tendência pode acabar em breve, já que a empresa realiza reuniões no final deste mês com potenciais investidores.
Muito disso permanece indeciso, mas Pridgen disse que o medicamento poderia estar no mercado até 2023, se tudo correr conforme o planejado.
Até então, ele pretende continuar fazendo o que faz desde 2012: trabalhando para tornar o IMC-1 uma realidade.
"É realmente notável. Não funciona em todos, mas funciona em quase todos ”, disse Pridgen. "Mas sinto que podemos ver a luz no fim do túnel e isso vai acontecer."
Entre em contato com Jason Morton em jason.morton@tuscaloosanews.com ou 205-722-0200.
Tradução livre no Google Tradutor
por Ariane Hitos, assessora da Abrafibro
texto original
https://www.tuscaloosanews.com/news/20200119/tuscaloosa-company-nears-finish-line-for-new-fibromyalgia-drug
Avise seu médico sobre esta pesquisa!
#reumatologia
#reumatologistas
#Abrafibro
#Fibromialgia
#Panlar
Cuidados com a higiene de seus alimentos
Alguns cuidados com a higiene dos alimentos são primordiais para evitar contaminação de vírus e bactérias. Em tempos de Covid-19, os cuidados precisam ser redobrados. Além da limpeza nos alimentos, é importante também lavar as mãos com água e sabão antes do preparo e consumo das refeições. Aproveitamos a oportunidade para reforçar: use máscara de proteção (ao sair em público), lave as mãos e antebraço, além do uso de álcool em gel. Cuide da sua saúde. Proteja-se!
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Então... VAMOS FALAR DE FIBROMIALGIA???
🕖 às 18:00 hs
No Programa Passando a Limpo
Rádio Nova FM do Maranhão 93.1 do seu rádio local (Maranhão).
Acompanhe pelos aplicativos de rádio ou
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https://www.novafmslz.com/
Desmistificando e falando para a sociedade sobre a fibromialgia e da seriedade dos sintomas que um paciente passa.
Na oportunidade, o trabalho desenvolvido pela @abrafibro Abrafibro através do Grupo de Apoio Fibromialgia Maranhão @gafibromialgiamaran. e Fibromialgia Maranhão @fibromialgiamaranhao com a vice presidente Simone Eli Bombardi @simoneelibombardi
Vem com a gente!!!
quarta-feira, 22 de julho de 2020
Dor Crônica: Como a Fisioterapia pode ajudar?
Ótimo material para que vocês possam entender um pouco mais sobre DOR CRÔNICA e como a fisioterapia pode ajudar.
Estudo sobre a influência da meditação e atenção plena sobre o controle da dor
O treinamento da atenção plena melhora as medidas clínicas e de autorrelato de depressão e dor crônica, mas seu uso como estratégia de regulação da emoção - em indivíduos que não meditam - permanece pouco estudado. Como tal, se (i) regula negativamente os processos cerebrais afetivos iniciais ou (ii) depende dos sistemas de controle cognitivo, ainda não está claro. Expusemos os participantes ingênuos à meditação a dois tipos de estímulos: imagens negativas versus neutras e temperaturas dolorosas versus quentes. Em blocos alternados, pedimos aos participantes que reagissem naturalmente ou exercessem aceitação consciente. A regulação da emoção usando aceitação consciente foi associada a reduções na dor relatada e no efeito negativo, respostas reduzidas da amígdala a imagens negativas e respostas evocadas ao calor nos sistemas de dor medial e lateral. Criticamente, a aceitação consciente reduziu significativamente a atividade em uma assinatura neurológica a priori distribuída, sensível e específica à dor induzida experimentalmente. Além disso, essas alterações ocorreram na ausência de aumentos detectáveis nos sistemas de controle pré-frontal. Os resultados apoiam a idéia de que a aceitação consciente momentânea regula a intensidade emocional, alterando as avaliações iniciais do significado afetivo dos estímulos, o que tem consequências para o tratamento clínico da dor e da emoção.
‘Let it be. Let it be. Let it be.’ (The Beatles)
A capacidade de regular a emoção é fundamental para o sucesso no ambiente de trabalho, na família e no ambiente social. De fato, a desregulação emocional é uma característica central dos distúrbios, incluindo depressão, ansiedade, dependência e dor crônica (Gross, 2014) e prediz mortalidade (Steptoe et al., 2007; Pressman et al., 2013). Consequentemente, houve um tremendo aumento nos estudos de regulação emocional. Embora este trabalho estabeleça uma base sólida para a compreensão dos principais processos regulatórios, os estudos neurocientíficos se concentraram quase inteiramente em estratégias que controlam a atenção ou transformam cognitivamente o significado de pensamentos, estímulos ou eventos emocionais (por exemplo, distração, reavaliação).
Tais estratégias são eficazes na regulação de correlatos comportamentais e cerebrais de emoções negativas (Buhle et al., 2014) e são componentes centrais de tratamentos psicológicos estabelecidos (Beck & Haigh, 2014; Gross, 2014). No entanto, os processos de controle cognitivo dos quais dependem podem não funcionar efetivamente para todas as pessoas (por exemplo, crianças, idosos, grupos de pacientes; Koenigsberg et al., 2009; Winecoff et al., 2011; Silvers et al., 2012) ou em todas as situações (por exemplo, sob estresse; Raio et al., 2013; Troy et al., 2013). Portanto, é importante perguntar: existem estratégias eficazes de regulação emocional que não dependem do controle cognitivo de cima para baixo? Identificar e entender os mecanismos que sustentam tais estratégias podem levar a melhores tratamentos para populações emocionalmente vulneráveis.
Embora essa visão da aceitação consciente sugira que possa depender de mecanismos neurais diferentes da reavaliação e estratégias relacionadas, isso não foi bem estudado. Em vez disso, a aceitação consciente foi amplamente estudada de uma de duas maneiras. Primeiro, estudos comportamentais mostraram que os tratamentos baseados na atenção ou na aceitação melhoram a depressão (Ma & Teasdale, 2004), ansiedade (Goldin & Gross, 2010; Hofmann et al., 2010), dependência (Brewer et al., 2011a), e dor crônica (Kabat-Zinn et al., 1985; Wetherell et al., 2011); melhorar a funcionalidade e a qualidade de vida no câncer e em outras condições (Grossman et al., 2004; Carlson et al., 2013); e reduzir a expressão gênica pró-inflamatória (Creswell et al., 2012), bem como outros biomarcadores fisiológicos associados à saúde e longevidade (Jacobs et al., 2011). Embora esses estudos não possam esclarecer os mecanismos cerebrais subjacentes à aceitação consciente como estratégia de regulação emocional, eles atestam a importância de entendê-los.
Abordamos isso usando imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) e adaptando uma tarefa bem estabelecida de regulação emocional para avaliar os efeitos da aceitação consciente nas respostas afetivas e neurais em adultos que não praticam meditação. Os participantes foram brevemente instruídos a usar a aceitação consciente como estratégia na presença de estímulos emocionais. Durante a sessão de digitalização, eles foram expostos a imagens aversivas (vs. neutras) e calor doloroso (vs. quente), mantendo uma mentalidade de aceitação consciente ou reagindo naturalmente. Eles também relataram sua emoção ou dor negativa após cada tentativa. Esse design nos permitiu abordar três questões principais. Primeiro, perguntamos se a aceitação consciente é uma estratégia de regulação eficaz para modular a emoção e a dor negativas. Segundo, perguntamos se a aceitação consciente modula marcadores neurais de emoção e dor negativas. Abordar esta questão requer marcadores cerebrais para representações afetivas primárias. Para esse fim, testamos se a aceitação consciente reduz as respostas a imagens aversivas na amígdala (Buhle et al., 2014) e a dor térmica em regiões que codificam a intensidade do calor nocivo e se correlacionam com os relatos de dor (Atlas et al., 2014 ), incluindo o cingulado anterior dorsal, ínsula anterior, tálamo medial e córtices somatossensoriais. Além disso, testamos os efeitos da aceitação consciente nas respostas relacionadas à dor no Neurologic Pain Signature (NPS; Wager et al., 2013), um padrão multivariado a priori que foi validado em vários estudos como sensível e específico à dor somática (consulte Métodos). É importante ressaltar que trabalhos recentes mostraram que o NPS não é afetado pela reavaliação cognitiva (Woo et al., 2015). Portanto, a influência da aceitação consciente sobre esse biomarcador sugere que ele tem um impacto mais profundo no processamento da dor (consulte Materiais complementares).
Métodos
Participantes
Dezessete participantes (5 mulheres; entre 18 e 45 anos, M = 31,75, DP = 5,18) foram recrutados por meio de pôsteres e anúncios eletrônicos no quadro de avisos da cidade de Nova York. Os materiais de recrutamento (por exemplo, pôsteres) descrevem um estudo sobre emoção e / ou percepção da dor. Ao chegar ao laboratório, foi dito aos participantes que seriam solicitados a seguir diferentes tipos de instruções enquanto observavam imagens neutras e negativas e experimentavam temperaturas neutras (quentes) e quentes (dolorosas). Em seguida, os participantes assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido, conforme aprovado pelo Conselho de Revisão Institucional da Columbia University.
Estímulos
Durante a tarefa, os participantes foram expostos a 30 imagens neutras e 30 negativas do International Affective Picture System (consulte o Material Complementar para obter a lista completa) e experimentaram 30 estímulos térmicos quentes e 30 dolorosos, entregues ao antebraço não dominante usando um Medoc TSA 2001 (Medoc Ltd, NC). Antes da digitalização, as temperaturas quentes e quentes eram escolhidas individualmente para cada participante. As temperaturas quentes (40,5-44 ° C) foram escolhidas no nível de calibração 2 em uma escala de dor de 10 pontos (descrita como 'calor não doloroso'). Temperaturas quentes / dolorosas (45–48 ° C) foram escolhidas no nível de calibração 8, seguindo nosso trabalho anterior (Buhle et al., 2013).
Procedimento
Modelado após estudos prévios de regulação emocional (por exemplo, Wager et al., 2008; Kober et al., 2010), os participantes receberam 30 minutos de treinamento em tarefas antes da digitalização. Eles foram informados de que, durante a tarefa, duas dicas instrucionais (ACEITAR e REATIVAR) os direcionariam a pensar em imagens apresentadas posteriormente ou estímulos térmicos de uma de duas maneiras. O REACT instrui os participantes a "reagir naturalmente, seja qual for a sua resposta" (consulte Materiais complementares para obter o texto completo das instruções). Isso serviu como condição de controle, destinada a fornecer uma medida básica da resposta emocional não regulamentada. As sugestões do ACEITAR instruíram os participantes a atender e aceitar sua experiência como ela é. Essa instrução foi modelada após a definição de atenção plena de dois componentes mencionada na introdução (Bishop et al., 2004), incluindo (i) atenção à sensação do momento presente, juntamente com (ii) aceitação não julgadora da sensação, tal como é , permitindo que exista sem tentar evitá-lo ou reagir a ele. Por exemplo, foi dito aos participantes 'se você sentir uma sensação de calor no antebraço, deve simplesmente prestar atenção ao que é sentido, sem fazer nenhum julgamento sobre a “bondade” ou a “maldade” dessa sensação. ”Importante, essas instruções são consistente com manuais de intervenção baseados em mindfulness (por exemplo, Kabat-Zinn, 1982; Grossman et al., 2004; Brewer et al., 2011a), Terapia de Aceitação e Compromisso (por exemplo, o mtaphore de ônibus; Hayes, 2004) e Terapia Comportamental Dialética (por exemplo, o módulo principal da atenção plena e a habilidade 'atenção plena da emoção atual' do módulo de regulação emocional; Linehan, 2015).
Depois que os participantes indicaram que entendiam a natureza da aceitação consciente e como seguir as instruções de ACEITAR e REATIVAR, concluíram vários ensaios de amostra durante os quais praticaram seguindo essas instruções enquanto observavam imagens que não foram usadas durante a sessão de digitalização. Os participantes foram solicitados a verbalizar suas respostas durante os testes práticos, da mesma forma que fariam internamente durante o exame. O pesquisador não prosseguiu e os participantes não iniciaram a sessão de digitalização até que demonstraram poder seguir as instruções e usá-las adequadamente (consulte Materiais Complementares para obter detalhes adicionais).
Estrutura de tarefas. As instruções REACT ou ACCEPT indicaram quais participantes da estratégia devem usar ao visualizar imagens negativas / neutras e experimentar temperaturas quentes / quentes. Cada instrução foi associada a uma cor de contorno exclusiva, que foi contrabalançada entre os participantes. Após cada período de estímulo, os participantes avaliaram seu efeito ou dor negativos.
Aquisição e análise comportamental de dados
A apresentação do estímulo e a aquisição de dados comportamentais foram controladas usando o E-Prime (Psychology Software Tools Inc.). Os estímulos visuais foram apresentados via tela de retroprojeção. As respostas foram feitas com a mão direita usando um trackball compatível com MR. Os dados de resposta foram submetidos a uma ANOVA de medidas repetidas 2 (Estratégia: ACEITAR vs. REATIVAR) × 2 (Estímulo: Imagens vs. Temperaturas) × 2 (Intensidade: Neutro / Quente vs. Negativo / Quente), com nível alfa de p < .05. Os tamanhos dos efeitos para efeitos principais e interações são relatados como eta ao quadrado parcial (ηp2). Testes t post hoc emparelhados foram realizados para investigar efeitos significativos; tamanhos de efeito para testes t são relatados como d de Cohen.
aquisição e análise de dados fMRI
Análise GLM de cérebro inteiro
Após nosso trabalho anterior, as imagens funcionais foram submetidas à análise estatística de primeiro nível usando regressão robusta resistente a valores extremos (por exemplo, Kober et al., 2014). Modelamos oito condições de interesse cruzando duas condições de instrução (ACEITAR vs. REATIVAR), dois tipos de estímulos (Imagens vs. Temperaturas) e dois níveis dentro de cada (Imagens Neutras vs. Negativas e Calor vs. Calor Doloroso) e adicionamos seis parâmetros de movimento , filtro passa-alto e parâmetros globais de sinal de substância branca como regressores adicionais sem interesse. As condições foram: imagens neutras em REACT, imagens neutras em ACCEPT, imagens negativas em REACT, imagens negativas em ACCEPT, quente em REACT, quente em ACCEPT, quente em REACT e quente em ACCEPT. Em seguida, realizamos a análise de efeitos aleatórios de segundo nível no NeuroElf (neuroelf.net) para localizar regiões de ativação entre os participantes nos contrastes de interesse. Os resultados do grupo foram erro familiar (FWE) corrigido em p <0,05, usando o procedimento estabelecido pela primeira vez na AFNI ('AlphaSim'; Cox, 1996), implementado na NeuroElf. Esse processo atualmente envolve duas etapas. Primeiro, a suavidade é estimada diretamente a partir dos mapas residuais e, em seguida, a simulação de Monte Carlo é usada para estimar o tamanho do cluster e o limite de intensidade para atingir um limite corrigido combinado (Xiong et al., 1995).
Análises de ROI
Para testar se a aceitação consciente do efeito negativo ou da dor dependia do recrutamento pré-frontal, extraímos% de alteração do sinal de ROIs a priori no PFC bilateral dorsolateral e ventrolateral e PFC medial, extraídos de nossa meta-análise de estudos de reavaliação publicada anteriormente, que revelou ativação consistente durante a regulação da emoção (Buhle et al., 2014); Tabela S1). Em seguida, realizamos testes t entre as condições da instrução, ecoando os contrastes da imagem, para testar hipóteses específicas sobre o recrutamento de PFC durante a aceitação consciente de afeto e dor negativos. Análises adicionais para todas as sete regiões relatadas em Buhle et al. (2014), bem como oito ROIs adicionais associados ao controle cognitivo mais amplamente são relatados em Materiais Complementares (Figuras S1 e S2, Tabelas S1 e S2).
Conectividade funcional
Assinatura de dor neurológica (NPS)
Usando o aprendizado de máquina, criamos anteriormente um padrão espacial multivariado de pesos de regressão dentro e através de regiões cerebrais alvejadas por fibras aferentes nociceptivas primárias (incluindo aquelas listadas acima; por exemplo, cingulado anterior dorsal, ínsula anterior, tálamo medial e córtex somatossensorial). Esse padrão - denominado NPS - prevê de maneira confiável e seletiva a intensidade da dor física nos dados obtidos em novos participantes (Wager et al., 2013), constituindo assim uma assinatura de dor adequada para aplicação em novos conjuntos de dados individuais (consulte Materiais Complementares). Wager et al. (2013) validaram o NPS em quatro estudos e demonstraram que (i) responde linearmente ao aumento da temperatura e prediz relatos de dor, controlando a temperatura; (ii) discrimina condições dolorosas versus não dolorosas com precisão de 90 a 100% para participantes individuais; e (iii) responde especificamente à dor somática, e não a sinais de ameaça, julgamentos retrospectivos da dor ou imagens emocionalmente evocativas. Sua sensibilidade e especificidade à dor foram replicadas em amostras independentes (Chang et al., 2015).
Aquisição e pré-processamento de dados
Efeito negativo auto-relatado para imagens e temperaturas. No geral, N = 16 participantes relataram maior efeito negativo para imagens negativas do que neutras (a) e para temperaturas quentes comparadas com as quentes (b). Além disso, os participantes relataram níveis mais baixos de efeito negativo em ensaios nos quais eles praticaram aceitação consciente em comparação a reagir naturalmente. Os testes T foram realizados entre as condições: * P <0,05, ** P <0,01, *** P <0,001. As barras de erro representam erros padrão.
O NPS fornece um peso em cada voxel. A aplicação do NPS a um novo conjunto de dados envolve multiplicar esses pesos com voxels correspondentes em cada mapa de ativação no novo conjunto de dados (dentro da pessoa e condição) e reduzir o produto a uma média ponderada. Primeiro, aplicamos o NPS a cada um dos mapas de atividade de condição de temperatura (REACT - quente, ACEITO - quente, REACT - quente, ACCEPT - quente). Isso gerou um único valor de resposta, a 'resposta do NPS', que quantifica a dor prevista para essa condição. Em seguida, comparamos a resposta do NPS entre as duas condições de temperatura quente (ACCEPT-quente, REACT-quente), para avaliar se a estratégia ACCEPT levou a uma redução significativa da resposta à dor no NPS.
Resultados
Como esperado, encontramos um efeito principal da intensidade do estímulo (F (1, 15) = 107,74, p <0,001, ηp2 = 0,88), de modo que os participantes relataram maior efeito negativo em resposta a imagens negativas versus neutras (t (15 ) = 10,41, p <0,001, d = 2,60) e temperaturas dolorosamente quentes vs. quentes (t (15) = 7,88, p <0,001, d = 1,97; Figura 2). É importante ressaltar que encontramos um efeito principal da instrução (F (1, 15) = 29,05, p <0,001, ηp2 = 0,66); quando os participantes seguiram as instruções para ACEITAR vs. REAGIR aos estímulos, relataram um efeito negativo significativamente menor em resposta a ambos os tipos de estímulo (imagens: t (15) = 4,56, p <0,001, d = 1,14; temperaturas: t (15) = 6,05, p <0,001, d = 1,51). Notavelmente, não houve interação significativa do tipo de instrução e estímulo, sugerindo que os efeitos da aceitação consciente nas respostas afetivas eram comparáveis para imagens e temperaturas (consulte Materiais Complementares).
tabela 1
Regiões mostrando ativação diferencial com base em instruções. R / L / Bi refere-se à lateralização da ativação. x, ye z são coordenadas de pico MNI. mm3 refere-se à extensão espacial de cada cluster, expressa em milímetros cúbicos (3 × 3 × 3 mm / voxel * número de voxels). (A – D) As estatísticas de pico / média são valores t. Os resultados são corrigidos por erro em toda a família no cérebro, com p <0,05. (E – F) As estatísticas de pico para conjunções representam o valor t mínimo (menos significativo) dos dois mapas e a estatística t média mínima no cluster, seguindo as convenções de conjunção (Nichols et al., 2005)
Avaliação da aceitação consciente como estratégia de regulação
Imagens negativas
Um contraste de imagens negativas versus imagens neutras no cérebro revelou maior atividade para imagens negativas em regiões como amígdala bilateral, tálamo, mesencéfalo (incluindo cinza periaqueductal), cingulado anterior dorsal (dACC) e córtex pré-frontal dorsomedial (Tabela 1A, Figuras 3a e S1) . Para identificar os efeitos da aceitação consciente nas respostas neurais, calculamos um contraste ACCEPT vs. REACT de cérebro inteiro apenas para ensaios com imagens negativas. As respostas corretas da amígdala às imagens negativas foram significativamente reduzidas durante as instruções ACCEPT vs. REACT (Tabela 1B, Figuras 3b e S2).
A aceitação consciente modula a resposta a imagens negativas. (a) Regiões responsivas a imagens negativas no contraste do cérebro Imagens negativas vs. Imagens neutras. As cores Vermelho / Amarelo indicam maior atividade durante Imagens Negativas que Imagens Neutras; regiões amarelas indicam as diferenças mais significativas. (b) Regiões moduladas pela aceitação consciente no contraste de cérebro inteiro ACEITAR vs. REATIVAR apenas para imagens negativas. As cores azul / verde indicam maior atividade no REACT que ACEITAR; regiões verdes indicam as diferenças mais significativas. (c) Região de sobreposição encontrada em conjunto com (a) e (b). (d) Cursos de tempo extraídos da região da amígdala identificados na conjunção (c) - o pico é alterado devido ao atraso na HRF / BOLD. Os resultados são erros familiares corrigidos em p <0,05. Direito é exibido à direita.
Vários resultados demonstraram que o efeito da aceitação consciente na atividade da amígdala era específico para imagens negativas. Primeiro, os dados extraídos do cluster significativo na amígdala direita não mostraram um efeito ACEITAR vs. REAGIR para imagens neutras (p> 0,1; Figura S3a). Segundo, embora houvesse aumentos modestos na atividade da amígdala para temperaturas quentes vs. quentes (p <0,01), a atividade para ensaios quentes era comparável à das imagens neutras (temperaturas quentes versus imagens neutras, p> 0,1), e havia não houve efeitos de aceitação consciente nos ensaios clínicos quentes na amígdala (p> 0,1; Figura S3b). As instruções do ACCEPT também reduziram a atividade nas áreas do mesencéfalo direito contíguas à amígdala, córtex temporal anterior lateral lateral e medial (opercular), pólo temporal e córtex frontopolar direito (Tabela 1B, Figura S2). A análise da conjunção entre o contraste Negativo vs. Imagens Neutras e o contraste ACEITO vs. REATIVO revelou uma única área de sobreposição na amígdala direita (Figura 3c e d, Tabela 1E). Essa região era responsiva a imagens negativas e modulada pela aceitação consciente (consulte Materiais complementares para análises adicionais).
Um contraste quente versus quente do cérebro revelou maior atividade em um grande conjunto de regiões, incluindo dACC bilateral e giro frontal medial, regiões sensoriomotoras, incluindo giros pré-central e pós-central, pré-SMA, ínsula anterior e posterior, tálamo, mesencéfalo (incluindo periaquedutal) cinza) e cerebelo (Tabela 1C, Figuras 4a e S4). Essas regiões foram mostradas anteriormente como responsivas a estímulos dolorosos e correlacionadas com a intensidade da dor entre os sujeitos (Coghill et al., 1999; Apkarian et al., 2005) e entre os sujeitos quando as temperaturas são compatíveis (por exemplo, Atlas et al., 2014).
A aceitação consciente modula a resposta ao calor doloroso. (a) Regiões que respondem ao calor doloroso identificado nas temperaturas quente versus quente. As cores vermelho / amarelo indicam maior atividade durante temperaturas quentes que quentes; regiões amarelas indicam as diferenças mais significativas. (b) Regiões moduladas pela aceitação consciente no contraste ACEITAR vs. REATIVAR apenas para temperaturas quentes. As cores azul / verde indicam maior atividade no REACT que ACEITAR; regiões verdes indicam as diferenças mais significativas. (c) Regiões de sobreposição encontradas em conjunto com (a) e (b). (d – e) Cursos de tempo extraídos das regiões ínsula e tálamo identificados na conjunção (b) - os picos são alterados devido ao atraso na HRF / BOLD. Todos os resultados são erros familiares corrigidos em P <0,05. Direito é exibido à direita.
É importante ressaltar que o contraste ACCEPT vs. REACT durante o calor doloroso revelou atividade significativamente reduzida durante o ACCEPT em muitas das mesmas regiões, incluindo dACC e giro frontal medial, regiões sensório-motoras, incluindo giros pré-central e pós-central, pré-SMA, ínsula anterior e posterior, tálamo, e cerebelo (Tabela 1D, Figuras 4b e S5), bem como regiões posteriores como cíngulo posterior, cuneus, precuneus e córtex occipital lateral (consulte Materiais Suplementares para análises adicionais; Tabela S2). A análise da conjunção entre as temperaturas quente vs. quente e o contraste ACCEPT vs. REACT revelou áreas de sobreposição no dACC, tálamo, ínsula anterior e posterior e SII (Figura 4c – e, Tabela 1F). Essas regiões foram responsivas à estimulação dolorosa e moduladas pela aceitação consciente.
NPS
Previsão da assinatura da dor neurológica (NPS) da intensidade da dor. O biomarcador NPS (a) prediz forte resposta à dor no REACT-Hot e uma resposta significativamente mais baixa ao ACCEPT-Hot (b) duas condições nas quais as temperaturas eram objetivamente idênticas (* p <0,05). Isso, por sua vez, sugere que a aceitação consciente modula a intensidade da dor experimentada, incluindo aspectos fisiológicos acima e além dos julgamentos e auto-relato da dor. Direito é exibido à direita.
Avaliação do envolvimento do PFC na aceitação consciente
Notavelmente, os contrastes acima não revelaram aumento no recrutamento de regiões pré-frontais na regulação emocional baseada na aceitação consciente. Para fornecer testes fortes adicionais do envolvimento potencial do PFC (que está implicado na regulação emocional baseada na reavaliação), realizamos dois tipos de análises direcionadas.
Análises de ROI
Conectividade funcional
Discussão
A aceitação consciente pode ser vista dentro do amplo espaço das estratégias de regulação emocional (Gross, 2014), que modulam afeto e dor negativos (Petrovic & Ingvar, 2002; Wager et al., 2008; Lapate et al., 2012; Woo et al., 2015). Os modelos neurobiológicos de tais estratégias normalmente descrevem interações entre sistemas de controle cognitivo pré-frontal que suportam modulação de cima para baixo e sistemas subcorticais que suportam geração de baixo para cima de respostas afetivas (Ochsner et al., 2012). A aceitação consciente, por outro lado, demonstrou operar através de um mecanismo neural diferente de duas maneiras importantes: não recrutou o PFC e modulou o NPS.
Nas análises de GLM, ROI e conectividade funcional do cérebro inteiro, mostramos que as regiões moduladas pela aceitação consciente associadas a afeto e dor negativos, mas não recrutaram regiões pré-frontais. Embora surpreendente, essa descoberta é consistente com os modelos teóricos que postulam que a aceitação consciente não envolve ignorar com esforço ou alterar cognitivamente a representação mental de uma pessoa (Bishop et al., 2004; Hayes, 2004; Teasdale & Chaskalson, 2011b) e pode depender de baixo para cima 'processos (por exemplo, Chambers et al., 2009; Farb et al., 2012; Chiesa et al., 2013; Guendelman et al., 2017; ver Material Complementar para discussão adicional). Também é consistente com dados comportamentais que mostram que a regulação baseada na aceitação é menos prejudicial mental do que as estratégias cognitivas (Alberts et al., 2012), e com dados de imagem mostrando que a aceitação consciente diminui a atividade neural relacionada ao desejo pelo cigarro sem o envolvimento do PFC (Westbrook et al. al., 2013).
Embora seja possível que análises adicionais ainda não exploradas possam revelar o recrutamento de mecanismos de controle descendentes, nesse momento, a ausência de envolvimento do PFC pode ser interpretada com cautela de pelo menos três maneiras. Uma possibilidade é que a aceitação consciente mude a avaliação primária do significado afetivo de um estímulo (Lazarus, 1991). Uma segunda possibilidade é que a aceitação de um estímulo aversivo aumente a confiança na capacidade de lidar com alguém, levando a uma avaliação secundária do desafio, e não da ameaça. Uma conseqüência potencial dessa mudança é a elaboração cognitiva reduzida da avaliação aversiva, que é consistente com a visão budista de que a aceitação consciente impede a amplificação do afeto em um estágio inicial de geração de afetos ('a segunda flecha'; Teasdale & Chaskalson, 2011a) .
Implicações para a compreensão da atenção plena
Vários estudos recentes demonstraram benefícios emocionais e de saúde após programas de treinamento de atenção plena de várias semanas (por exemplo, redução do estresse com base na atenção plena; Hölzel et al., 2011). No entanto, enquanto este trabalho estabeleceu a meditação da atenção plena como uma intervenção eficaz e sugeriu mecanismos pelos quais ela pode exercer seus efeitos benéficos ao longo do tempo (por exemplo, Hölzel et al., 2011; Creswell & Lindsay, 2014; Sayers et al., 2015; Tang et al., 2015), não elucidou os mecanismos pelos quais a atenção plena opera como uma estratégia de regulação da emoção. Uma razão é que os programas baseados na atenção plena são longos, incluem vários outros componentes (por exemplo, ioga), implicam prática de esforço e podem levar a mudanças nos vieses da avaliação, bem como tendências a perceber, experimentar e relatar certos tipos de experiências (por exemplo, dor ; Vago e Silbersweig, 2012). Da mesma forma, vários estudos mostraram diferenças entre meditadores de longo prazo e controles saudáveis (Brewer et al., 2011b), inclusive no processamento e na experiência da dor (Brown & Jones, 2010; Grant et al., 2010; Grant et al., 2011 ) No entanto, os meditadores de longo prazo são um grupo de auto-seleção, que freqüentemente praticam vários tipos de meditação (por exemplo, bondade amorosa) e podem diferir dos não-meditadores de várias maneiras, confundindo assim as diferenças de grupo com as diferenças individuais preexistentes. projetos seccionais (Davidson & Kaszniak, 2015; Josipovic & Baars, 2015).
Implicações clínicas / translacionais
Os presentes achados sugerem um mecanismo neural pelo qual o componente de aceitação consciente dos tratamentos pode ser benéfico. Além disso, a constatação de que efeitos benéficos da aceitação consciente foram observados em participantes que não foram treinados anteriormente para meditar sugere que a aceitação consciente pode ser ensinada como uma estratégia de regulação emocional para amplos públicos em uma única sessão. É importante ressaltar que a aceitação consciente pode ser particularmente útil para aqueles que não têm capacidade de gerar e implementar estratégias reguladoras cognitivamente exigentes que dependem do PFC, ou em situações em que uma regulamentação trabalhosa e exigente não seja possível ou enfraquecida. Isso é importante à luz do menor recrutamento de PFC relatado em muitas formas de psicopatologia, crianças, idosos e sob condições de estresse (Arnsten, 2009; Ochsner et al., 2012; Kober et al., 2014) e à luz de a ausência de recrutamento de PFC observada durante a aceitação consciente no presente estudo. Trabalhos futuros poderiam elucidar as condições de contorno em torno desses mecanismos básicos em populações saudáveis e clínicas. Por exemplo, os estudos podem comparar diretamente a aceitação consciente e a reavaliação, perguntando se certos indivíduos podem ser mais eficazes na implementação de uma estratégia versus outra, ou se a aceitação consciente é mais adequada para determinadas situações ou tipos particulares de respostas afetivas (por exemplo, Sheppes et al. , 2011).
O presente estudo tem várias limitações. Primeiro, o tamanho da amostra é relativamente pequeno. No entanto, era o tamanho da amostra a priori, com base no tamanho da amostra da regulação da emoção, que era comum no momento do início do estudo (geralmente de 16 a 18 participantes; para uma meta-análise, ver Buhle et al., 2014) e na disponibilidade de financiamento . Notavelmente, nossas descobertas são consistentes com o trabalho anterior sobre a atenção plena como estratégia para regular o desejo, realizado com uma amostra muito maior (Westbrook et al., 2013). Além disso, várias análises focaram nos ROIs e no NPS, que são testes sensíveis que também foram definidos a priori. Por fim, esperamos que este novo estudo sirva para motivar um aumento do investimento nos recursos necessários para realizar estudos em larga escala de aceitação consciente, e estamos trabalhando para replicar e estender as descobertas em um estudo maior.
Além disso, observamos que a estratégia de aceitação consciente que usamos pode não ser representativa de todas as práticas de atenção plena ou aceitação. De fato, a definição de atenção plena é um tópico do debate atual (por exemplo, Van Dam et al., 2018). Para resolver essa limitação, fornecemos nossa própria definição na introdução, com base em vários protocolos clínicos que envolvem estratégias baseadas em atenção e aceitação.
Outra limitação é que o estudo não comparou explicitamente a aceitação consciente com a reavaliação, e trabalhos futuros precisariam comparar essas estratégias no mesmo estudo para testar explicitamente as diferenças de eficácia e os mecanismos neurais subjacentes. Por fim, reconhecemos que confiamos em uma série de resultados nulos ao relatar que a aceitação consciente não recruta o PFC. É possível que análises futuras revelem achados diferentes, principalmente em amostras maiores. Atualmente, estamos trabalhando para estudos futuros.
No entanto, os resultados atuais sugerem que a aceitação consciente é uma poderosa estratégia de regulação emocional, que pode ser aprendida rapidamente, implementada de forma eficaz e que pode não depender do PFC para alterar profundamente as conseqüências psicológicas e neurais do afeto e dor negativos.
H.K., J.B., T.D.W. e K.N.O. contribuiu para o desenho do estudo. Os testes e a coleta de dados foram realizados por H.K. e J.B. H.K., J.W. e T.D.W. realizou a análise dos dados. H.K. e K.N.O. redigiu o manuscrito, e T.D.W. revisões críticas. Todos os autores aprovaram a versão final do manuscrito para submissão.
Conflitos de interesse
Os autores declaram não haver conflitos de interesse. H.K. forneceu consultoria para a Indivior Inc., sobre tópicos totalmente não relacionados a este manuscrito.
Reconhecimentos
Agradecemos a Brent Hughes e Diego Berman pela ajuda na conceituação; Ethan Kross e Chas DiCapua por comentários sobre instruções; Peter Mende-Siedlecki para coleta de dados; Alan Anticevic e Xoli Redmond pelos comentários sobre os dados; e Bethany Goodhue, Maggie Mae Mell, Matthew Schafer e Shosuke Suzuki pela ajuda na preparação do manuscrito. Este trabalho foi financiado pelo Instituto Mind and Life, K12DA00167, P50DA09241, R01MH076136 e R01DA035484.