Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Dor crônica e depressão: Gerenciando dor quando você está deprimido

Viver com dor crônica é um fardo. E mais a depressão - um dos problemas mais comuns enfrentados por pessoas com dor crônica - esse fardo ainda é mais pesado.
A depressão pode aumentar a dor e tornar mais difícil lidar. A boa notícia é que a dor crônica e a depressão não são inseparáveis. Os tratamentos efetivos podem aliviar a depressão e podem ajudar a tornar a dor crônica mais tolerável.

Dor crônica e depressão: uma dupla terrível

Se você tem dor crônica e depressão, você tem muita companhia. Isso ocorre porque a dor e a depressão crônicas são problemas comuns que geralmente se sobrepõem. A depressão é um dos problemas de saúde mental mais comum, que as pessoas que sofrem de dor crônica enfrentam, e muitas vezes complica a condição e o tratamento do paciente. Considere estas estatísticas:
  • De acordo com a American Pain Foundation, cerca de 32 milhões de pessoas em Estados Unidos denunciam dor com duração superior a um ano.
  • Mais da metade dos pacientes que se queixam de dor aos médicos estão deprimidos.
  • Em média, 65% das pessoas deprimidas também se queixam de dor.
  • As pessoas cuja dor limita sua independência são especialmente susceptíveis a ficarem deprimidas.
Como a depressão em pacientes com dor crônica frequentemente não é diagnosticada, muitas vezes não é tratada. Os sintomas de dor e as queixas ocupam o centro das atenções na maioria das visitas dos médicos. O resultado é depressão, juntamente com distúrbios do sono , perda de apetite, falta de energia e diminuição da atividade física - o que pode tornar a dor muito pior.
"A dor e a depressão crônicas andam de mãos dadas", diz Steven Feinberg, MD, professor clínico adjunto da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford. "Você quase tem que assumir que uma pessoa com dor crônica está deprimida e lá começa".

Dor crônica e depressão: um ciclo vicioso

A dor provoca uma resposta emocional em todos. Ansiedade, irritabilidade e agitação - todos esses são sentimentos normais quando temos dor crônica. Normalmente, à medida que a dor diminui, a resposta estressante também acontece.
Mas e se a dor não desaparecer? Ao longo do tempo, a resposta ao estresse constantemente ativado, pode causar múltiplos problemas associados à depressão. Esses problemas podem incluir:
  • ansiedade crônica
  • pensamento confuso
  • fadiga
  • irritabilidade
  • distúrbios do sono
  • Ganho ou perda de peso
Algumas das sobreposições entre depressão e dor crônica podem ser explicadas pela biologia. Depressão e dor crônica compartilham alguns dos mesmos neurotransmissores - os mensageiros químicos que viajam entre os nervos. Eles também compartilham algumas das mesmas vias nervosas.
Em pessoas que são biologicamente vulneráveis ​​à depressão clínica, as perdas (como um emprego ou um senso de respeito como pessoa é ativa ou de relações sexuais) podem contribuir para o desenvolvimento da depressão.
Uma vez que a depressão se instala, ela aumenta a dor que já existe. "A depressão acrescenta um duplo golpe à dor crônica, reduzindo a capacidade de lidar", diz Beverly E. Thorn, professora de psicologia da Universidade do Alabama e autora do livro Terapia cognitiva para dor crônica .
A pesquisa comparou pessoas com dor crônica e depressão para aquelas que só sofrem de dor crônica. Aquelas com dor crônica e depressão:
  • relatam dor intensa
  • sentem menos controle de suas vidas
  • usam estratégias de enfrentamento mais saudáveis
Como a dor crônica e a depressão estão tão entrelaçadas, a depressão e a dor crônica são muitas vezes tratadas juntas. Na verdade, alguns tratamentos podem melhorar a dor crônica e a depressão.

Tratando dor crônica e depressão: uma abordagem de "vida global"

Dor crônica e depressão podem afetar toda a vida de uma pessoa. Consequentemente, uma abordagem de tratamento ideal aborda todas as áreas de uma vida afetadas pela dor crônica e depressão.
Devido à conexão entre dor crônica e depressão, faz sentido que seus tratamentos se sobreponham.
O fato de que a dor crônica e a depressão podem envolver os mesmos nervos e neurotransmissores significa que os antidepressivos podem ser usados ​​para melhorar a dor crônica e a depressão.
"As pessoas odeiam ouvir," está tudo na sua cabeça ". Mas a realidade é que a experiência da dor está na sua cabeça ", diz Feinberg. "Os antidepressivos trabalham no cérebro para reduzir a percepção da dor".
Os antidepressivos tricíclicos têm evidências abundantes de eficácia para certos tipos de dor de base neurológica (como nervos comprimidos ou dores de cabeça de enxaqueca). No entanto, por causa de efeitos colaterais, seu uso é geralmente limitado. Alguns antidepressivos mais recentes são prescritos por médicos para tratar certas síndromes crônicas dolorosas e parecem funcionar bem, com menos efeitos colaterais.
Muitas pessoas com dor crônica evitam o exercício. "Eles não podem diferenciar a dor crônica da" boa dor "do exercício", diz Feinberg. Mas, quanto menos você fizer, mais fora de forma você se torna. Isso significa que você tem um maior risco de lesão e piora a dor.
A chave é quebrar esse ciclo. "Agora sabemos que a atividade física suave e regular é uma parte crucial da gestão da dor crônica", diz Thorn. Todos com dor crônica podem e devem fazer algum tipo de exercício. Consulte um médico para criar um plano de exercícios seguro e eficaz para você.
Saúde Mental e Espiritual
A dor crônica afeta sua capacidade de viver, trabalhar e de se divertir da maneira que você está acostumado. Isso pode mudar a forma como você se vê - às vezes pior.
"Quando alguém começa a assumir a identidade de um" paciente com dor crônica incapacitado ", existe uma preocupação real de terem sumido a dor e tornar-se uma vítima", diz Thorn.
Combater esse processo é um aspecto crítico do tratamento. "Pessoas com dor crônica acabam fechadas em si mesmas", o que leva a se sentir passivo, diz Feinberg. "O melhor é que as pessoas se ocupem, assumam o controle".
Trabalhando com uma visão de saúde provedora, e que se recusa a vê-lo como uma vítima indefesa, é parte da fórmula para o sucesso. O objetivo é substituir a identidade da vítima por uma "pessoa de bem com a dor", de acordo com Thorn.

Tratando dor crônica e depressão: psicoterapia cognitiva para dor crônica

Existe tal coisa como "mente sobre matéria"? Você pode "pensar" sua maneira de sentir dor?
Pode ser difícil de acreditar, mas a pesquisa mostra claramente que, para as pessoas comuns, certos tipos de treinamento mental realmente melhoram a dor crônica.
Uma abordagem é a psicoterapia cognitiva. Na psicoterapia cognitiva, a pessoa aprende a notar os "pensamentos automáticos negativos" que cercam a experiência da dor crônica. Esses pensamentos são muitas vezes distorções da realidade. A psicoterapia cognitiva pode ensinar a pessoa a mudar esses padrões de pensamento e melhorar a experiência com a dor.
"Toda a idéia é que seus pensamentos e emoções têm um impacto profundo em como você lida" com dor crônica, diz Thorn. "Há uma evidência muito boa de que a psicoterapia cognitiva pode reduzir a experiência geral da dor".
A psicoterapia cognitiva também é um tratamento comprovado para a depressão. De acordo com Thorn, a psicoterapia cognitiva "reduz os sintomas de depressão e ansiedade" em pacientes com dor crônica.
Em um estudo realizado por Thorn, no final de um programa de psicoterapia cognitiva de 10 semanas, "95% dos pacientes sentiram que suas vidas foram melhoradas e 50% disseram ter menos dor". Ela também diz: "Muitos participantes também reduziram sua necessidade de medicamentos".

Tratando Dor Crônica e Depressão: Como Começar

A melhor maneira de abordar a gestão da dor crônica é fazer a parceria com um médico para criar um plano de tratamento. Quando a dor crônica e a depressão estão combinadas, a necessidade de trabalhar com um médico é ainda maior. Veja como começar:
  • Veja o seu médico de cuidados primários e diga-lhe que está interessado em controlar sua dor crônica. À medida que você desenvolve um plano, tenha em mente que o plano ideal de gerenciamento de dor será multidisciplinar. Isso significa que abordará todas as áreas de sua vida afetadas pela dor. Se o seu médico não for treinado no tratamento da dor , peça-lhe que o encaminhe para um especialista em dor.
  • Considere terapias integrativas; trabalhe com o seu médico para escolher quais são os melhores para você.
  • Encontre um psicoterapeuta cognitivo comportamental perto de você, com experiência no tratamento da dor crônica.

Tradução: Google + Abrafibro

terça-feira, 31 de outubro de 2017

E POR FALAR EM BENEFÍCIO JUNTO AO INSS...

Atestado particular tem legitimidade para restabelecer benefício do INSS


29 de outubro de 2017, 7h23  Por  

A presunção de legitimidade da perícia médica feita pelo Instituto Nacional do Seguro Social pode ser eliminada diante de provas em contrário, ainda que baseadas em atestados e laudos médicos particulares. Por isso, não há impedimento para que a Justiça conceda a antecipação de tutela, implantando ou restabelecendo um benefício, com base em laudo médico produzido unilateralmente pelo segurado.
Com este entendimento, a 1ª Turma Regional Suplementar de Santa Catarina, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, deferiu antecipação da tutela para determinar a implantação do benefício de auxílio-doença, no prazo de 30 dias, a uma costureira afastada do trabalho.
Na 2ª Vara Cível de Timbó (SC), onde tramita a Ação Ordinária para Restabelecimento de Benefício de Auxílio-Doença, por força da competência delegada, o pedido foi indeferido em sede de liminar. Mesmo de posse de documentos médicos atestando a incapacidade da segurada para o trabalho, juiz disse que não pode tirar conclusões sobre a obrigatoriedade deste pagamento antes da apresentação de um parecer técnico emitido pelo perito judicial. Marcou a audiência de conciliação com o INSS para fevereiro de 2018.
Para derrubar a decisão de origem, a segurada interpôs Agravo de Instrumento no colegiado, que acabou acolhido, em decisão monocrática, pelo desembargador Paulo Afonso Brum Vaz. Para o relator do recurso, aguardar e exigir a perícia judicial, sob o pretexto da presunção da validade do laudo administrativo, como queria o juiz de origem, “aniquilam parcialmente” a tutela de urgência.
Para Vaz, a atividade da autora exige esforço físico e está comprometida pelas doenças relatadas nos atestados. Por isso, neste momento, seria temerário não restabelecer o benefício. “Está-se, sem qualquer sombra de dúvida, diante de situação que requer a tutela de urgência, ou diante de uma real colisão de princípios fundamentais — efetividade e segurança jurídica —, em que se deve privilegiar a efetividade, relativizando a segurança jurídica”, ponderou.
Ainda segundo o desembargador, o princípio da razoabilidade diz que o juiz deve “prestigiar, perseguir e atender os valores éticos, políticos e morais”, implícita ou explicitamente, consagrados na Constituição. Afinal, se é compromisso do estado assegurar a vida, a saúde, acabar com a miséria e as desigualdades sociais, e se prestar jurisdição é função do estado, por óbvio, também deve buscar, na exegese da lei, preservar tais valores, sob pena de comprometer a promessa constitucional de “justiça social”.
“A possível irreversibilidade sempre deve ceder ao direito provável e ao perigo de dano. Havendo necessidade de se sacrificar direitos, que recaia o sacrifício sobre o direito menos provável ou sobre o sujeito da relação processual que tenha maior fôlego para suportá-lo. Em outras palavras, é preferível que o juiz erre para obrigar a pagar alimentos aquele que não os deve, do que negar a tutela liminar e privar o alimentando do mínimo existencial”, concluiu na decisão.
Clique aqui para ler o despacho da 2ª Vara Cível de Timbó (SC).
Clique aqui para ler a decisão do TRF-4 que concedeu a liminar.

**Nota da Abrafibro:  Para quem está movendo processo contra o INSS, precisa de TUTELA ANTECIPADA, mostre este artigo ao seu advogado. Ele terá muito interesse nele, e poderá aproveita-lo em seu processo.
Para obter informações de outras ações, em que a Fibromialgia configura no processo, é só acessar: http://www.cjf.jus.br/juris/unificada/  e escrever "FIBROMIALGIA" na pesquisa. Diversos processos irão aparecer, que no "Juridiquês" chamam de JURISPRUDÊNCIA; ou seja, processos mais parecidos com seu caso. Ela é uma das fontes do Direito. Seu advogado poderá usar aquele que obteve a decisão judicial favorável, para fundamentar seu processo. Isso poderá ajudar e muito na decisão do juiz. Mas é bom saber que também existem decisões judiciais, para ações muito parecidas, que não foram favoráveis ao autor. No que diz respeito a Fibromialgia, ainda não há um consenso, ou seja, decisões judiciais iguais. Em Direito, tudo "depende".***
Exemplo:
Processo
AC 00009120820134058102
AC - Apelação Civel - 574252
Relator(a)
Desembargador Federal Geraldo Apoliano
Sigla do órgão
TRF5
Órgão julgador
Terceira Turma
Fonte
DJE - Data::04/03/2015 - Página::90
Decisão
UNÂNIME
Ementa
PROCESSUAL CIVIL. SERVIDORA PÚBLICA, PORTADORA DE FIBROMIALGIA. REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO. POSSIBILIDADE. PERÍCIA MÉDICA REALIZADA POR PERITO REGULARMENTE INSCRITO. DESNECESSIDADE DE REALIZAÇÃO POR JUNTA OFICIAL. COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. POSSIBILIDADE. 1. Apelação interposta em face de sentença que antecipou os efeitos da tutela, reduzindo a jornada de trabalho da autora para 6 (seis) horas diárias, independentemente de compensação e sem a redução da remuneração. 2. Hipótese em que a perícia realizada foi robusta o suficiente para solver as dúvidas quanto à condição de saúde da apelada, portadora de Fibromialgia. 3. Laudo pericial que confirmou a tese veiculada na inicial, atestando que a autora realmente sofre impedimento de longo prazo, com prejuízo de participação plena e efetiva na sociedade, com a necessidade de redução da carga de trabalho para o controle da patologia. 4. Considerando-se o novo conceito interpretativo de pessoa com deficiência, inaugurado pela Convenção Internacional das Pessoas com Deficiência, internalizado com status de norma constitucional, conclui-se que a autora é pessoa com deficiência, pelo menos para o fim de obter a redução da jornada de trabalho, independentemente de compensação e sem a redução da remuneração, para seis horas diárias, conforme o disposto no art. 98, parágrafo 2º, da Lei n. 8.112/1991. 5. A perícia realizada por profissional devidamente inscrito, substitui a realização da mesma perícia pela junta oficial. Precedentes. 6. A aplicação de multa diária tem o condão de coagir a parte à prestação da obrigação de fazer ou não fazer, a qual deveria ter sido realizada espontaneamente. A astreinte não tem caráter punitivo, mas sim coativo, não havendo óbice à sua aplicação face à Fazenda Pública. Não havendo resistência ao cumprimento da pretensão, não haverá a cobrança de multa. 7. Apelação improvida.
Data da Decisão
26/02/2015
Data da Publicação
04/03/2015
Referência Legislativa
LEG-FED DEL-6949 ANO-2009 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - LEG-FED LEI-7853 ANO-1989 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - LEG-FED DEL-3298 ANO-1999 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - LEG-FED LEI-8112 ANO-1991 ART-98 PAR-2 ART-5 PAR-3

Qual é o mais barato e eficaz? MEDICAMENTO MARCA, SIMILAR, OU OUTROS? QUAL É A DIFERENÇA? COMO VOU ESCOLHER?

 

e
A quantidade de medicamentos disponíveis no mercado é grande, bem como os tipos em que são classificados. Pensando nisso, resolvemos te ajudar a entender qual é a diferença entre os principais tipos de medicamentos comercializados atualmente nas farmácias e drogarias de todo o país: referência, genérico, similar e similar intercambiável.

Índice – neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é medicamento Referência
  2. O que é medicamento Genérico
  3. O que é medicamento Similar
  4. O que é medicamento Similar Intercambiável
  5. O que torna um medicamento intercambiável?

O que é medicamento Referência

O medicamento referência é o originador da fórmula utilizada por outros laboratórios anos depois. Para que ele possa ser comercializado, sua eficácia, segurança e qualidade precisam ser comprovadas cientificamente à Anvisa.
Por conta do tempo de pesquisas e o dinheiro investido nelas, o laboratório desenvolvedor do medicamento possui uma patente que dura entre 10 e 20 anos, além da exclusividade na comercialização. Estima-se que o desenvolvimento de um medicamento novo custa, em torno, de 2,6 bilhões de dólares – por isso a patente expira após um período de tempo, para que, com a venda da fórmula, parte desse dinheiro investido tenha retorno.
Com relação a sua embalagem, ela sempre deve possuir um nome comercial (marca). Por isso, o medicamento referência pode ser conhecido também como medicamento de marca.

O que é medicamento Genérico

O medicamento genérico possui o mesmo princípio ativo, dose, forma farmacêutica, indicação terapêutica e é administrado através da mesma via do medicamento referência, porém sem o nome fantasia.
Em outras palavras, o genérico precisa ter exatamente a mesma eficácia, segurança e qualidade do medicamento referência, comprovado através de estudos de bioequivalência à Anvisa. A produção desses produtos só pode ser executava após o prazo da patente do medicamento referência expirar.
Pelo fato dos fabricantes não precisarem investir dinheiro e tempo em todas as fases de pesquisas clínicas e não clínicas durante o seu desenvolvimento, os medicamentos genéricos podem ser em até 35% mais baratos que os seus originadores. Além disso, esse tipo de medicamento, como não pode possuir um nome comercial, deve ser comercializado apenas com o nome de seu princípio ativo.
Os medicamentos genéricos possuem uma tarja amarela em suas embalagens, onde o escrito “Medicamento Genérico” está presente.

Medicamento genérico faz o mesmo efeito que o original? É confiável?

Sim. Como explicado, o medicamento genérico é produzido exatamente com a mesma fórmula que o seu referência possui e, isso, é comprovado via estudos para a Anvisa.
Portanto, como um medicamento é semelhante ao outro perante a sua eficácia, segurança e qualidade, pode-se afirmar que o medicamento genérico possui o mesmo efeito que o seu medicamento referência, bem como é confiável para o uso de mesmos fins que o outro proporciona.

O que é medicamento Similar

Os medicamentos similares têm o mesmo princípio ativo do referência, bem como a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica. Podem, porém, se diferenciar no tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículo.
Desde setembro de 2001, os medicamentos similares precisam usar, na embalagem, uma marca fantasia para serem comercializados, para justamente não serem confundidos com os genéricos – que só trazem o nome do princípio ativo em sua embalagem.

O que é medicamento Similar Intercambiável

Medicamentos similares intercambiáveis são aqueles que se adequaram à RDC nº 134/2003 e apresentaram à Anvisa estudos comparativos com os medicamentos referência até dezembro de 2014.
Esses estudos contemplam itens como equivalência farmacêutica, perfil de dissolução e bioequivalência/biodisponibilidade relativa, se aplicável ao fármaco e forma farmacêutica. Ou seja, através dessa comprovação, tem-se que os medicamentos similares possuem a mesma eficácia e efeito de seus medicamentos referência e genérico.
Tal situação ocorreu porque, a partir da implantação da política dos medicamentos genéricos, em 1999, importantes regulamentos sanitários foram estabelecidos por conta da necessidade de regulação do mercado farmacêutico brasileiro e aprimorar, assim, os critérios de garantia de qualidade, eficácia e segurança de todos os medicamentos comercializados no país.
Atenção!
Por mais que os testes de todos os produtos similares tenham sido entregues à Anvisa até dezembro de 2014, nem todos eles foram avaliados e aprovados ainda. Conforme os medicamentos forem sendo analisados e aprovados, eles entrarão na lista oficial de medicamentos intercambiáveis, disponível no site da Anvisa.

O que torna um medicamento intercambiável?

Para um medicamento ser intercambiável, é preciso apresentar à Anvisa um dos três testes: bioequivalência (para o caso de genéricos), biodisponibilidades (para os similares) ou bioisenção (quando não se aplica a nenhum dos dois casos anteriores). O objetivo dessas três análises é comprovar a igualdade dos produtos perante ao seu medicamento referência.

Bioequivalência (BQV)

Essa análise visa a demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, com a mesma composição qualitativa e quantitativa do princípio ativo.

Biodisponibilidade

A biodisponibilidade indica a velocidade e extensão da absorção do princípio ativo em uma forma de dosagem, através da curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou da excreção na urina.

Bioisenção

Alguns critérios foram adotados perante a isenção dos estudos de bioequivalência e biodisponibilidade, considerando-se a forma farmacêutica, dosagem, solubilidade e via de administração.

Em caso de qualquer dúvida quanto a esse assunto, questione o seu médico ou o farmacêutico responsável no ponto de venda. Eles são as pessoas mais indicadas a te explicar sobre as diferenças e semelhanças dos tipos de medicamentos descritos nesse artigo.
Compartilhe essas informações com seus familiares e conhecidos para que elas possam atingir cada vez mais pessoas!
Referências


Fonte: https://minutosaudavel.com.br/diferenca-entre-medicamento-de-referencia-similares-e-genericos/

Alguns exemplos dos mais receitados:

PREGABALINA 
Referência (Marca): Lyrica e Prebictal
Similar Intercambiável: Preneurin, Dorene Tabs, Proleptol
Similar: Dorene, Prefiss
Genérico: Pregabalina 

DULOXETINA 
Referência (Marca): Cymbalta
Similar Intercambiável: Velija, Neulox, Dulorgran, Cymbi
Similar: Abretia, Dual
Genérico: Cloridrato de Duloxetina

VENLAFAXINA
Referência (Marca): Zyvifax, Efexor
Similar Intercambiável: Venlifit OD, Venlaxin, Venforin, 
Similar: Venix XR, Alenthus XR.
Genérico: Cloridrato de Venlafaxina

DESVENLAFAXINA
Referência (Marca): Pristiq
Similar Intercambiável: Venlifit OD, Venlaxin, Venforin, 
Similar: Imense, Zodel, Desve, Elifore
Genérico: Desvenlafaxina, Succinato de Desvenlafaxina Monoidratado

CICLOBENZAPRINA (relaxante muscular)
Referência (Marca): Miosan, Miosan Caf, Permear, Alginac Retard, Dolamin Flex
Similar Intercambiável: Musculare, Cizax, Benziflex, Miprinax, Renutrim, Muscusan, Muscuprina
Similar: Mirtax, Mitrul, Miofibrax, Miorex, Zenflex
Genérico: Cloridrato de Ciclobenzaprina

A boa novidade é que todos estes já têm a opção de Genérico. (Se o seu médico assim autorizar).


Pesquisa realizada pela Abrafibro, no site: 
https://consultaremedios.com.br

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AGORA É ESCREVER AO RELATOR DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

e por falar no Projeto de Lei para instituição do Dia Nacional de Conscientização e Enfrentamento à Fibromialgia - 12 de Maio -  já aprovado pelo Senado, e que agora está na Câmara dos Deputados, na Comissão de Seguridade Social e Família... 

27/10 - NOVO MANIFESTO
FASE ANTERIOR - CUMPRIDA!!!!

Nosso Manifesto anterior, pedindo ao Presidente da Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF - para que designasse o Relator foi atendida, como podem ver na imagem abaixo. 

PARABÉNS AOS QUE ESTÃO FAZENDO A DIFERENÇA E SUA PARTE NESTE PROCESSO. ISSO É EXERCÍCIO DE CIDADANIA.


Agora é um NOVO MANIFESTO.
Vamos escrever ao Relator designado, Exmo Deputado Sr. Diego Garcia (dep.diegogarcia@camara.leg.br) para que elabore um parecer favorável a instituição desta data, em caráter de PRIORIDADE, como determinou a Mesa da Câmara, e o quanto é importante este Projeto de Lei para todos os Cidadãos Fibromiálgicos Brasileiros. 


Escreva com suas palavras, conte um pouco de sua história... Fale com ele... como falaria pessoalmente. O importante é escrever.


Não esqueça de divulgar... É muito importante para todos nós.



Nenhum texto alternativo automático disponível.





                                           Há 10 anos lutando pelos Fibromiálgicos

#JuntosSomosMaisFortes

A importância da atividade física no tratamento da fibromialgia

Novos achados sedimentam o papel dos exercícios no controle dessa síndrome dolorosa. Entenda o porquê — e mexa-se!

Por Regina Célia Pereira
access_time26 out 2017, 12h35 - Publicado em 26 out 2017, 10h08

Fibromialgia: exercício ajuda no tratamento?
Dor difusa, sono ruim e cansaço extremo são os principais sintomas da fibromialgia (Foto: GI//A importância da atividade física no tratamento da fibromialgia/Getty Images)
Logo que recebeu o diagnóstico de fibromialgia, Ângela Andrade, de 53 anos, não titubeou: seguiu as recomendações e deu um jeito de incluir os exercícios na agenda. Passou por alguns treinos na academia. Não se entusiasmou. Tentou a natação, mas pulou fora da piscina rápido. O medo da água foi mais forte. Persistente, descobriu-se na dança de salão, que pratica, feliz da vida, há quatro anos.
Desde então, o pilates também faz parte de sua rotina. “Se ela fica algum tempo sem as aulas, as dores ressurgem, assim como a insônia e a irritabilidade”, nota o educador físico Bruno Gion Cerazi, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, que, confessa, deu um empurrãozinho para que sua mãe deixasse o sedentarismo de lado.
A prática regular de atividade física é uma das estratégias mais eficazes para controlar sintomas típicos da síndrome, como a dor que se espalha por diferentes partes do corpo, a fadiga e o sono ruim. E uma novíssima revisão de estudos, realizada pelo centro de análises de pesquisas Cochrane, vem chancelar essa indicação.

De onde vêm esses efeitos terapêuticos?
A atividade física incentiva a liberação de substâncias do próprio organismo que agem como analgésicos naturais, caso das endorfinas. Isso colabora inclusive para melhorar as noites de sono. “Os exercícios também realocam as fibras nervosas envolvidas na sensação de dor.
Ou seja, fazem com que elas passem a desempenhar outras funções, como transferir informações sobre o equilíbrio, o tato ou a temperatura do ambiente, o que diminui o tráfego de impulsos dolorosos para o cérebro”, explica o reumatologista Roberto Heymann, da Universidade Federal de São Paulo. É para suar a camisa ou não é?
Não é de hoje que a atividade física exerce papel de destaque frente à fibromialgia, condição que acomete cerca de 5 milhões de brasileiros. No século passado, médicos já observavam que o sedentarismo piorava as dores e suas outras manifestações.
Ocorre que, mesmo atualmente, com a crescente comprovação e disseminação de que as práticas esportivas fazem um bem danado, tem gente achando que a síndrome não passa de uma invenção da cabeça — e isso tem a ver com o fato de ela ainda estar cercada de mistérios, não totalmente decifrados.

Resumindo, o que sabemos é que a fibromialgia é fruto de uma falha no funcionamento das fibras que transmitem a dor. O sistema nervoso de quem tem a condição é extremamente sensível — daí a sensação dolorosa sem motivo aparente. Tem mais uma peça nessa história, um desequilíbrio bioquímico lá no cérebro. Em função disso, a tendência é que neurotransmissores associados ao bem-estar e ao controle da dor, como a serotonina e a dopamina, estejam em baixa. E aqueles que favorecem o desconforto, adivinhe, fiquem em alta.
Todo esse desarranjo nervoso está por trás do sofrimento físico e psíquico. Não existe, portanto, “doente imaginário” por aqui. A população feminina pena bem mais com o perrengue: estima-se que são sete mulheres afetadas para cada homem, sendo a faixa etária mais prevalente entre 30 e 50 anos. Não se crava uma explicação definitiva para essa desproporção, mas se desconfia de que fatores genéticos e hormonais sejam os responsáveis.

“Além da dor difusa, pacientes relatam fadiga, problemas de sono, déficits de memória e concentração e até intestino irritável”, enumera a anestesiologista Alexandra Raffaini, da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor. A depressão também é comum e chega a agravar os suplícios físicos. Não à toa, o uso de medicamentos antidepressivos faz parte do tratamento na maioria dos casos.
Remédios, porém, não operam milagres sozinhos. Por isso, o fisioterapeuta Maurício Garcia, do Instituto Cohen de Ortopedia, na capital paulista, e outros especialistas ressaltam a importância de uma abordagem multidisciplinar, que envolva psicoterapia e um trabalho físico. “Deve-se tentar reduzir a ansiedade produzida pela doença, explicando ao paciente e à sua família que, embora a dor seja intensa e real, não há lesão nas articulações”, diz Garcia.
Suave, suave… e sempre
Os exercícios compõem o plano terapêutico contra a fibromialgia, mas, para tanto, devem constar no receituário médico e, se possível, contar com supervisão profissional. O primeiro passo é convencer uma pessoa que já está sofrendo com dor e cansaço de que mexer o esqueleto não vai piorar as coisas — pelo contrário!
“Quando há consciência de que o combate ao sedentarismo pode servir como base do tratamento, vêm o esforço e a persistência”, defende o reumatologista Diogo Souza Domiciano, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

A palavra-chave no começo dos treinos é calma. “Dependendo do grau de condicionamento, o início pode desencadear desconfortos. Por isso, uma boa orientação durante a prática é bem-vinda”, sinaliza Domiciano. Respeitar os limites e não pegar pesado é outra lei para evitar lesões. Assim como fez a dona Ângela, o ideal é buscar a atividade que mais lhe agrada. Vale pedalar, nadar, caminhar no parque… Os benefícios vêm de brinde.
O educador físico Bruno Cerazi lembra: “Para ter sucesso, é preciso saber aonde se quer chegar, criar objetivos”. Outro ensinamento do professor é estabelecer uma rotina para treinar, se alimentar e dormir. Já não faltam estudos atestando que incorporar os exercícios ao cotidiano silencia as dores e desperta a qualidade de vida. Com força de vontade e uma dose de suor, fica mais fácil chegar ao tão sonhado alívio.

Os benefícios de caminhada, natação e companhia

Menos dor
Em seis semanas dá pra notar esse efeito. Um dos motivos é que a atividade física estimula a produção dos nossos analgésicos naturais.
Mais disposição
Quem se mexe tem ânimo e condicionamento para situações corriqueiras como subir escadas ou brincar com as crianças.
Menos rigidez
Os exercícios contribuem com a flexibilidade, diminuindo a rigidez muscular e as contraturas, sobretudo pela manhã.
Menos fadiga
Treinos aeróbicos trabalham a respiração e o sistema cardiovascular, deixando o organismo mais tolerante aos esforços.
Mais bem-estar
O aumento na oferta de neurotransmissores associados ao prazer melhora o humor e a autoestima, espantando a deprê.

Quais atividades fazer?

Aeróbicas 
Pedalar, caminhar, trotar… Fazer um exercício aeróbico três vezes por semana ajuda a manter o peso e a liberar nossos analgésicos naturais.
Musculação
Já há provas de que treinos de resistência, com orientação e sem sobrecargas, melhoram a situação. Duas vezes por semana estariam
de bom tamanho.
Pilates
O método trabalha a boa postura, a flexibilidade, o equilíbrio e a respiração. Só é preciso respeitar os limites do corpo, por favor.
Na água
Os exercícios no meio líquido são bacanas por absorver o impacto. Natação ou hidroginástica ainda favorecem a manutenção do controle das dores.
Alongamento
Embora não existam tantos estudos sobre essa técnica no tratamento da fibromialgia, há indícios de que ajudam a contornar a rigidez.
As bases do tratamento contra a fibromialgia
Remédios
Antidepressivos e neuromoduladores são os mais usados, já que auxiliam a regular os neurotransmissores.
Psicoterapia
A linha cognitivo-comportamental ajuda bastante, pois coloca o indivíduo como parte ativa do tratamento.
Fisioterapia
Algumas técnicas e recursos diminuem a dor, a fadiga e a rigidez. A correção da postura também colabora.
Terapias complementares
Há pistas de que acupuntura, meditação e massagem somam forças ao controle dos sintomas físicos e psicológicos.