Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

quarta-feira, 5 de março de 2014

Fibromialgia: aspectos clínicos e ocupacionais (Relação da Fibromialgia com as Perícias no INSS)

Este artigo científico publicado na Revista da Associação Médica Brasileira, é uma referência aos pacientes que são mais resistentes ao tratamento, comprovadamente (receituários, notas fiscais, cópia do prontuário médico e/ou hospitalar, que comprovem o cumprimento do Protocolo de Diretrizes sem o sucesso esperado).
Poderá ajudar na argumentação em Ação Judicial contra o INSS.

Revista da Associação Médica Brasileira

Print version ISSN 0104-4230

Rev. Assoc. Med. Bras. vol.58 no.3 São Paulo May/June 2012

http://dx.doi.org/10.1590/S0104-42302012000300018 

ARTIGO DE REVISÃO

Fibromialgia: aspectos clínicos e ocupacionais


Milton Helfenstein JuniorI; Marco Aurélio GoldenfumII; César Augusto Fávaro SienaIII
IDoutorado em Reumatologia; Assistente-doutor, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
IIAluno do Curso de Mestrado em Docência Universitária, Universidade Tecnológica Nacional Buenos Aires, Argentina; Coordenador dos Cursos de Pós-graduação em Medicina do Trabalho e Perícias Médicas, Escola Superior de Gestão e Ciências da Saúde de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil
IIIMédico Perito da Justiça Federal de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP, Brasil



RESUMO
A fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica comumente observada na prática médica diária e possui etiopatogenia ainda obscura. Caracterizada por quadro de dor musculoesquelética crônica associada a variados sintomas, a FM pode ser confundida com diversas outras doenças reumáticas e não reumáticas, quando estas cursam com quadros de dor difusa e fadiga crônica. O tratamento da FM deve ser multidisciplinar, individualizado, contar com a participação ativa do paciente e basear-se na combinação das modalidades não farmacológicas e farmacológicas. Presente tanto em ambientes laborais como não laborais, não há evidência científica na literatura de que a FM possa ser causada pelo trabalho. A FM comumente não leva à incapacidade laborativa. Nos casos em que a dor ou a fadiga não respondem ao tratamento adequado, atingindo níveis significativos, o afastamento do trabalho por curto período de tempo pode ser considerado. Pela relevância do tema, os autores elaboraram este artigo de revisão a partir de investigação exploratória, qualitativa e bibliográfica com objetivo de estudar os principais aspectos clínicos e ocupacionais da FM, dando ênfase ao embasamento teórico-conceitual e na experiência de especialistas.
Unitermos: fibromialgia; revisão; reumatologia; medicina do trabalho; dor referida.



INTRODUÇÃO
A fibromialgia (FM), por ser entendida como uma síndrome clínica dolorosa associada a outros sintomas, recebe também a denominação de Síndrome da Fibromialgia. Neste artigo, utilizaremos o termo fibromialgia por ser utilizado na Classificação Internacional de Doenças (CID).
Embora seja reconhecida há muito tempo, a FM tem sido seriamente pesquisada há quatro décadas. A FM não era considerada uma entidade clinicamente bem definida até a década de 1970, quando foram publicados os primeiros relatos sobre os distúrbios do sono. O conceito da FM foi introduzido em 1977 quando foram descritos sítios anatômicos com exagerada sensibilidade dolorosa, denominados tender points, nos portadores desta moléstia. Também foram documentados distúrbios do sono, inclusive, quando induzidos experimentalmente, podendo reproduzir os sintomas de dor e de sensibilidade muscular vistos nesta síndrome dolorosa crônica1.
A denominação fibromialgia, palavra derivada do latim fibro (tecido fibroso, presente em ligamentos, tendões e fáscias), e do grego mio (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição), foi proposta inicialmente por Yunus e cols. em 1981, com o intuito de substituir o termo fibrosite2, até então utilizado para denominar um tipo particular de reumatismo caracterizado pela presença de pontos endurados musculares dolorosos à palpação, a partir do entendimento de que não havia, nestes adoecimentos, inflamação tecidual3.
Na década de 1980 diversos critérios diagnósticos foram sugeridos com base na exclusão de doença sistêmica, na presença de determinados sintomas e no achado de tender points durante o exame físico.
Em 1990, um comitê do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) definiu como critérios classificatórios da FM a presença na história clínica de dor generalizada, afetando o esqueleto axial e periférico, acima e abaixo da cintura, com duração superior a três meses; e do exame físico com dor à palpação com força aplicada de 4 kg/cm2 em pelo menos 11 dos seguintes 18 tender points (9 pares): 1inserção dos músculos suboccipitais na nuca; 2- ligamentos dos processos transversos da quinta à sétima vértebra cervical; 3- borda rostral do trapézio; 4- origem do músculo supraespinhal; 5- junção do músculo peitoral com a articulação costocondral da segunda costela; 6- dois centímetros abaixo do epicôndilo lateral do cotovelo; 7- quadrante súpero-externo da região glútea, abaixo da espinha ilíaca; 8- inserções musculares no trocanter femoral; 9- coxim gorduroso, pouco acima da linha média do joelho4.
Os critérios diagnósticos atuais não contemplam os tender points, entretanto, englobam os sintomas não relacionados ao aparelho locomotor. Além da dor musculoesquelética, avaliam a gravidade da síndrome e são mais úteis para estabelecer o diagnóstico5.
Pela relevância do tema, este artigo tem como objetivo discutir os principais aspectos clínicos e ocupacionais da FM.

MÉTODOS
Este artigo de revisão, produto de investigação qualitativa, exploratória e bibliográfica realizada nas bibliotecas eletrônicas SciELO e PubMed, dá ênfase ao embasamento teórico-conceitual e à experiência de especialistas. Na busca foram utilizadas as palavras-chave "fibromialgia", "revisão", "reumatologia", "medicina do trabalho" e "dor referida". Além disso, uma busca manual das listas de referências dos artigos selecionados foi realizada para encontrar trabalhos não mencionados nestes bancos de dados. Do material de pesquisa encontrado, foram selecionadas as referências que contribuíam para o cumprimento do objetivo de pesquisa, ou seja, revisar os principais aspectos clínicos e ocupacionais da FM. A investigação somente foi encerrada quando surgiram sinais de saturação teórica do tema de pesquisa.
EPIDEMIOLOGIA
A FM ocorre em qualquer idade e é diagnosticada muito mais frequentemente no sexo feminino. Estudo realizado pelo Colégio Americano de Reumatologia encontrou uma prevalência de FM de 3,4% para as mulheres e 0,5% para os homens, com uma prevalência estimada de 2% para ambos os sexos6.
Os primeiros estudos dedicados à prevalência da FM foram publicados na década de 1980, porém, com critérios diagnósticos diferentes, apesar de próximos aos atuais. As avaliações variaram de 2,1% em clínica privada; 5,7% em ambulatório de clínica médica; 5% a 8% em pacientes hospitalizados; até 14% a 20% em ambulatórios de reumatologia7.
Um estudo brasileiro determinou a prevalência de 2,5% na população, sendo a maioria do sexo feminino, das quais 40,8% entre 35 e 44 anos de idade8. Já em alguns países da Europa os índices de FM encontrados chegam até 10,5% na população adulta9.
A FM é uma condição comumente observada na prática clínica diária e uma das principais causas de consultas referentes ao sistema musculoesquelético, sendo ainda considerada o segundo distúrbio reumatológico mais encontrado, superada apenas pela osteoartrite10.
Apesar do bom prognóstico desta condição dolorosa, os pacientes com FM consomem quantias exorbitantes de recursos financeiros na área da saúde pública ou particular, tanto em tratamento como em investigação diagnóstica.
A dimensão do impacto econômico e financeiro da FM para a sociedade pode ser evidenciada em estudo americano publicado em 2007, que encontrou um custo anual de 9.573 dólares por paciente, representando gastos três a cinco vezes maiores do que a população em geral11.
Da mesma forma, uma pesquisa realizada na Holanda identificou gastos médios anuais de 7.813 euros por paciente com FM, 8.533 euros para a dor lombar crônica e 3.205 euros para a espondilite anquilosante - este último montante calculado antes da aprovação de produtos biológicos para o tratamento da espondilite anquilosante12.
Supondo que a FM estivesse afetando 3% da população, conforme dados estatísticos, e usando os dados apresentados por estudos demográficos, essas estimativas podem ser traduzidas para os custos anuais incrementais de cerca de 12 bilhões de euros para uma população de 80 milhões, por exemplo, dos quais 960 milhões de euros (8%) representam os custos do tratamento farmacológico13.
ETIOPATOGENIA
A etiologia e a fisiopatologia da FM permanecem ainda obscuras. As hipóteses atuais focalizam os mecanismos centrais de modulação e amplificação da dor na gênese da FM. Tem sido aceito um modelo de fisiopatologia, que integra muitas das ideias publicadas e que sugere que o distúrbio primário na FM seria uma alteração em algum mecanismo central de controle da dor, o qual poderia resultar de uma disfunção de neurotransmissores. Tal disfunção neuro-hormonal incluiria uma deficiência de neurotransmissores inibitórios em níveis espinhais ou supraespinhais (serotonina, encefalina, norepinefrina e outros), ou uma hiperatividade de neurotransmissores excitatórios (substância P, glutamato, bradicinina e outros peptídeos). Possivelmente, ainda, ambas as condições poderiam estar presentes. Tais disfunções poderiam ser geneticamente predeterminadas e desencadeadas por algum estresse não específico como, por exemplo, uma infecção viral, estresse psicológico ou trauma físico14.
O eixo hipófise-hipotálamo-adrenal e o sistema nervoso simpático, que compreendem os principais sistemas de resposta ao estresse, juntamente com suas interações com as disfunções neuro-hormonais, também são implicados na fisiopatologia. A vulnerabilidade ao desenvolvimento de FM parece ser influenciada por fatores ambientais, hormonais e genéticos15,16, causando alterações ao nível de receptores neuro-hormonais. Algum fator estressante agudo poderia desencadear o desenvolvimento de perturbação no eixo hipófise-hipotálamo-adrenal por mecanismos ainda não esclarecidos que poderiam envolver o sistema nervoso simpático e o sistema serotoninérgico. Assim, acredita-se que o eixo hipófise-hipotálamo-adrenal pode desempenhar um papel importante na mediação e na perpetuação dos sintomas da FM17.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico da FM é eminentemente clínico5. Além da dor difusa em musculatura esquelética e do achado físico de múltiplos pontos sensíveis, a maior parte dos pacientes com FM também relata fadiga, rigidez muscular, dor após esforço físico e anormalidades do sono. Pode também haver sintomas de depressão, ansiedade, deficiência de memória, desatenção, cefaleia tensional ou enxaqueca, tontura, vertigens, parestesias, sintomas compatíveis com síndrome do intestino irritável ou com síndrome das pernas inquietas, entre diversos outros sintomas não relacionados ao aparelho locomotor18. A dor crônica generalizada, entretanto, é o sintoma cardinal. As mialgias podem apresentar característica migratória frequentemente em resposta ao estresse biomecânico ou a traumas19.
Apesar de baixa acurácia diagnóstica para serem considerados critérios classificatórios, os distúrbios do sono ocorrem em até 100% dos pacientes com fibromialgia e são bastante variáveis. Caracterizados essencialmente por dificuldade na indução do sono, excessivos despertares durante a noite e sensação de sono não restaurador, os distúrbios do sono provocam consequências adversas como déficits cognitivos, cansaço matinal e a propensão para desencadear distúrbios psiquiátricos20,21.
O perfil psicológico dos pacientes fibromiálgicos está associado ao perfeccionismo, à autocrítica severa, à busca obsessiva do detalhe22. Destaque especial deve ser dado à elevada prevalência de depressão23-25.
As características da depressão como a fadiga, os sentimentos de culpa, a baixa autoestima e a vitimização provocam a exacerbação dos sintomas e prejudicam as estratégias de enfrentamento do paciente diante da doença26.
Não existe até o momento nenhum exame laboratorial específico como prova diagnóstica para a FM. Os pacientes apresentam provas de atividade inflamatória e exames de imagem normais27.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
A FM pode ser confundida com diversas outras doenças quando estas cursam com quadros de dor difusa e fadiga crônica.
O paciente com hipotireoidismo pode apresentar um quadro clínico que simula a FM. Por tal motivo, é recomendável que na abordagem desses pacientes sejam efetuadas as provas de função tireoidiana. Há na literatura descrição de quadro clínico de FM como manifestação inicial de hipotireoidismo28. Não há evidência, contudo, que a estabilização da função tireoidiana faça desaparecer o quadro de FM e também não há evidência de que a maioria dos pacientes com FM possuam uma disfunção tireoidiana.
Outro distúrbio hormonal que pode causar confusão diagnóstica com a FM é o hiperparatireoidismo primário. Este distúrbio geralmente é consequente de um adenoma de paratireoide (origem monoclonal) em 80% a 90% dos casos. Na quase totalidade dos casos restantes ele é decorrente de hiperplasia das quatro paratireoides (origem policlonal). Além das manifestações ósseas (dor óssea, fraturas patológicas, osteopenia cortical, cistos ósseos e osteíte fibrosa cística) e renais (cólica renal, nefrolitíase e nefrocalcinose com insuficiência renal), clássicas dessa doença, sintomas não específicos como fadiga, distúrbio emocional, anormalidades neuropsiquiátricas e dores musculares podem estar presentes, imitando um quadro de FM29.
Uma deficiência de vitamina D com hiperpatiroidismo secundário pode causar dores ósseas e musculares que podem ser interpretadas como FM30.
Em certas situações, a osteomalácia pode fazer parte do diagnóstico diferencial quando alguns pacientes iniciam o quadro com sensação de fraqueza, dor muscular e sensibilidade óssea antes das manifestações radiográficas e metabólicas da doença31. A polimialgia reumática é outra condição que deve ser sempre lembrada no diagnóstico diferencial da FM, apesar do típico envolvimento das cinturas pélvica e escapular e da elevação significativa da velocidade da hemossedimentação32. Pode contribuir para a elucidação diagnóstica o fato dos pacientes com polimialgia reumática apresentarem uma satisfatória e rápida resposta à instituição de doses baixas de corticosteroides por via oral. No entanto, a dor muscular, característica predominante desta enfermidade, pode confundir o profissional médico menos atento, particularmente quando a dor muscular é difusa.
Em algumas situações, a polimiosite (assim como outras miosites) pode ser confundida com a FM. É importante lembrar que, nesta enfermidade, a queixa principal é de fraqueza, em vez de dor muscular. Tal fraqueza é caracteristicamente insidiosa, simétrica e progressiva, particularmente nas cinturas escapular e pélvica. Pode ser dolorosa em aproximadamente 15% a 30% dos casos. Os pacientes podem apresentar quadros de artralgia, assim como os portadores de FM. Outras manifestações clínicas da doença inflamatória muscular, somadas às alterações laboratoriais, particularmente a presença de elevação das enzimas musculares, conduzem ao diagnóstico correto33.
Algumas doenças autoimunes do colágeno, particularmente a artrite reumatoide e o lúpus eritematoso sistêmico, podem inicialmente se manifestar com dor difusa e fadiga, conduzindo ao diagnóstico equivocado de FM. Em outras situações, pacientes com artrite reumatoide ou lúpus eritematoso sistêmico estabelecido, com as variadas manifestações clínicas e laboratoriais dessas moléstias, podem apresentar, simultaneamente, um quadro de FM. Apesar da adequada resposta terapêutica do processo inflamatório, as queixas dolorosas podem permanecer. Nesses casos, constata-se desaparecimento da sinovite e normatização das provas de atividade inflamatória, mantendo-se um quadro de fibromialgia concomitante, que pode cursar independentemente da moléstia de base. Em um estudo, foi constatada a coexistência de fibromialgia em 12% dos pacientes com artrite reumatoide34. Não raramente, a síndrome de Sjögren pode ter como manifestação inicial sintomas de dor muscular difusa e inespecífica acompanhada de cansaço, podendo causar dificuldade diagnóstica até que parâmetros laboratoriais e outras características clínicas se façam presentes35.
Certas reações adversas a determinados medicamentos podem causar mialgias difusas e confusão no seguimento clínico. Entre essas medicações, destacam-se os bloqueadores de receptores H2 (utilizados para doença péptica), os fibratos e as estatinas (empregados para o tratamento das dislipidemias)36. Usuários de drogas podem sofrer reações que se assemelham a um quadro de FM, particularmente nos pacientes usuários de cocaína e canabis. Pacientes com história de etilismo também podem apresentar quadros de dores musculares, seja durante o período do abuso do álcool ou do período de abstinência ao mesmo37.
Certas infecções, em particular a hepatite C, o HIV e a doença de Lyme, podem provocar dores musculares difusas e impor dificuldade diagnóstica, principalmente quando não há febre ou outros comemorativos38. As análises sorológicas podem contribuir para elucidar alguns casos.
Pacientes que realizaram corticoterapia por longos períodos, independentemente do motivo, podem sofrer de uma crise de abstinência ao corticosteroide, particularmente se a retirada do medicamento for feita de maneira abrupta e inadequada. Esses pacientes podem passar a experimentar dores musculares difusas que respondem rapidamente à reutilização de corticosteroides39.
Outra condição que deve ser levada em consideração no diagnóstico diferencial da FM é a síndrome paraneoplásica. Obviamente, nesta situação existem outros comemorativos que auxiliam no raciocínio clínico mais correto. No entanto, em raras situações, uma paraneoplasia pode se manifestar com quadro similar ao da FM e lançar um importante desafio diagnóstico, particularmente no caso do carcinoma broncogênico40.
A síndrome da fadiga crônica também deve ser lembrada no diagnóstico diferencial. O antecedente de febre baixa ou de faringite recorrente, além da presença de linfadenopatia, pode contribuir para esclarecer o diagnóstico. Na síndrome da fadiga crônica predomina o cansaço, enquanto na fibromialgia predomina a dor difusa41.
Talvez a dificuldade diagnóstica maior seja diferenciar a FM de um reumatismo psicogênico. Em certas situações, o quadro clínico do paciente é uma pura expressão de um distúrbio psiquiátrico, particularmente de depressão. É bem sabido que a depressão ocorre mais comumente na fibromialgia do que nos indivíduos-controle ou até nos pacientes com artrite reumatoide42. Cerca de metade dos pacientes com FM tem na sua história um quadro de depressão em algum momento de sua vida. Muitos dos sintomas da depressão como cansaço, sensação de perda de energia, desânimo ou distúrbios do sono são idênticos àqueles da FM. Talvez esse seja um dos motivos que fazem muitos autores considerarem a fibromialgia uma manifestação da depressão. Entretanto, deve ser lembrado que uma boa proporção dos pacientes com fibromialgia não possui depressão ou qualquer componente de distúrbio psiquiátrico43.
Importante apontar que por vezes encontramos pacientes fibromiálgicos diagnosticados erroneamente como portadores de LER/DORT (lesão por esforço repetitivo/distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho). Em estudo realizado na disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina foram pesquisados 103 pacientes, com diagnóstico inicial de lesão por esforço repetitivo (LER) ou distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT), todos envolvidos em litígio trabalhista. Entre esses 103 pacientes foi constatado que 73 preenchiam os critérios diagnósticos para a FM e não possuíam evidência de lesão tecidual44.
Por fim, cabe destacar que LER ou DORT não são doenças, pelo menos não em relação ao conceito lato sensu, mas, sim, acrônimos para incorporar um grupo heterogêneo de distúrbios musculoesqueléticos que têm o agente laboral como uma das causas necessárias para o seu surgimento. Saliente-se que FM não é uma LER ou um DORT.
TRATAMENTO
A falta de conhecimento sobre a etiopatogenia da FM impossibilita que tenhamos até o momento um tratamento totalmente efetivo.
O tratamento da FM deve ser multidisciplinar, individualizado, contar com a participação ativa do paciente e basear-se na combinação das modalidades não farmacológicas e farmacológicas, devendo ser elaborado de acordo com a intensidade e características dos sintomas. É importante que sejam consideradas também as questões biopsicossociais envolvidas no contexto do adoecimento.
Como parte inicial do tratamento, devem ser fornecidas aos pacientes informações básicas sobre a FM e suas opções de tratamento, orientando-os sobre controle da dor e programas de autocontrole.
O tratamento farmacológico da FM, além do controle da dor, tem como objetivos induzir um sono de melhor qualidade, e tratar os sintomas associados como, por exemplo, a depressão e a ansiedade.
Os anti-inflamatórios não hormonais (AINH) não devem ser utilizados como medicação de primeira linha nos pacientes com FM45. Apesar de não haver evidências da existência de inflamação, os AINH usados na abordagem de queixas dolorosas mais proeminentes atuam satisfatoriamente em sintomas associados a FM como a cefaleia e a dor articular46.
Os corticosteroides não fazem parte do arsenal terapêutico utilizado na FM47.
No Brasil há dois dos três medicamentos aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration) para o tratamento da FM: pregabalina e duloxetina. A pregabalina é um modulador do canal de cálcio, que diminui a liberação de neurotransmissores excitatórios da dor nas terminações nervosas, particularmente a substância P e o glutamato. Os estudos demonstram alívio significativo da dor, fadiga, ansiedade e dos distúrbios do sono com este fármaco48. A duloxetina é um inibidor da receptação da serotonina e da noradrenalina que também tem se mostrado eficaz na redução da dor e na melhora da capacidade funcional na FM, independentemente da presença de depressão49.
Os antidepressivos tricíclicos, especialmente a amitriptilina e a ciclobenzaprina, tomados em dose única duas a três horas antes de deitar, podem ser eficazes na melhora da dor e da qualidade do sono, além de contribuírem para a capacidade funcional50,51.
Muitos outros agentes medicamentosos foram estudados, porém, em geral, com resultados menos satisfatórios52.
O tratamento não farmacológico tem papel crucial no controle dos sintomas da FM53.
Os portadores de fibromialgia se beneficiam com a realização de atividade física. Há diversos motivos para justificar a atividade física nesta síndrome: aumento dos níveis de serotonina e de outros neurotransmissores inibitórios; aumento da produção de GH (hormônio do crescimento) e IGF-1; regulação do eixo hipotálamo-hipófiseadrenal e do sistema nervoso autônomo; aumento da densidade capilar; aumento da quantidade de mioglobina; aumento da atividade mitocondrial. Todas estas mudanças contribuem para a melhora da dor, da qualidade do sono, da fadiga, da ansiedade e de outros sintomas. Some-se o fato de que pode haver uma socialização, dependendo de circunstâncias, e influenciar positivamente alguns aspectos psicológicos. Os exercícios físicos têm representado a intervenção não medicamentosa mais empregada e estudada na FM. Entretanto, ainda não foi estabelecido qual o exercício mais apropriado, assim como a frequência e a intensidade ideais48.
Os aspectos psicológicos devem ser sempre avaliados e eventuais distúrbios identificados, objetivando um real suporte e, se necessária, uma ajuda especializada. Os distúrbios do sono também devem ser abordados e tratados54.
Numa recente revisão da literatura, que envolveu principalmente publicações de revisões sistemáticas e de metanálises nos últimos 12 anos, foi verificado que não existe uma uniformidade quanto ao tipo de reabilitação e de exercícios que devem ser empregados para esta síndrome dolorosa crônica. São muito variadas as formas de exercícios aeróbicos estudados (caminhadas, marchas, bicicleta, remo etc.), assim como outros tipos de exercícios (alongamentos, exercícios isométricos, isocinéticos, entre outros de fortalecimento muscular), e variadas modalidades de hidroterapia (exercícios respiratórios aquáticos, deep water running, hidroginástica, natação, entre outros). Também foi encontrada uma grande diversidade nos métodos de reabilitação como, por exemplo, copingbiofeedback, educação familiar, terapia cognitivo-comportamental, técnicas manipulativas e de relaxamento. De uma maneira geral, os estudos concluíram pelos efeitos benéficos, tanto dos exercícios, como dos diferentes tipos de reabilitação, mesmo que envolvendo modalidades heterogêneas48.
ASPECTOS OCUPACIONAIS
Não existe nenhuma comprovação na literatura científica de que a FM tenha origem ocupacional. Na década de 1990 foram publicados alguns artigos científicos relacionados ao trauma no trabalho e o litígio envolvendo a FM55-57.
Porém, os dados da literatura não são suficientes para concretizar uma causalidade. O nexo com o microtrauma repetitivo no trabalho foi sugerido por alguns autores, no entanto, os estudos foram realizados com pequenas amostras de pacientes ou foram documentados como relatos isolados de casos58,59.
A FM não costuma levar à incapacidade laborativa. Em casos de dor ou fadiga de intensidade significativa, o afastamento do trabalho por curto período de tempo pode ser considerado. Todavia, a solicitação repetitiva de afastamentos temporários por meio litigioso tem sido observada na prática judicial, resultando em um único e longo afastamento continuado do paciente. Não há, no Brasil, pesquisa sistemática de processos judiciais no intuito de quantificar o número exato de ocorrências ou qual a dimensão econômica desse fato ao sistema previdenciário. Esse dado é empírico e observacional. Fato é que o afastamento prolongado e a busca por compensação financeira no contexto da dor crônica podem ser prejudiciais, como já evidenciado nas pesquisas60,61.
Deve ser lembrado que indivíduos com dor crônica possuem uma tendência à persistência da sintomatologia dolorosa quando estão envolvidos em litígio62. Além disso, existe aumento de simulação de doença num sistema judicial de compensação permissivo63,64.
Pode ser questionado se pacientes com fibromialgia têm sua sintomatologia piorada quando desempenham funções onde há critérios rígidos de produtividade e pressão por tempo como, por exemplo, em linhas de montagem. Todavia, ainda não ficaram objetivamente definidos os limites biomecânicos desses pacientes, não havendo como, até o presente momento, estabelecer critérios de redução, modificação ou eliminação de trabalhos específicos desenvolvidos. Um trabalhador com FM talvez possa continuar exercendo seu trabalho eventualmente de forma mais lenta, podendo os critérios ou exigências de produtividade ser repensados.
Revisões sistemáticas, como a de Boocock et al., também deixam claro que não há qualquer modificação específica no trabalho ou estratégia de intervenção laboral que possa ser considerada efetiva, até o momento, para a solução da questão ocupacional envolvendo esses pacientes. Os autores da citada revisão também mencionam que faltam pesquisas para várias atividades laborais65.
Na FM, como em qualquer outra síndrome dolorosa crônica, a sensação de incapacidade pode estar influenciada por fatores sociais e psicológicos. A alegação de incapacidade para o trabalho pode ser viciosa quando fatores psicológicos forem predominantes ou quando a dor ou a fadiga parecerem menos graves do que relatadas. O problema pode se acentuar quando houver interesse por ganhos secundários. Nas situações nas quais não se faz possível assegurar sobre a inexistência deste interesse, a única solução é manter um acompanhamento longitudinal prolongado, melhorando a relação médico-paciente.
Importante frisar que nos Estados Unidos as cortes judiciais geralmente não concedem benefícios para os pacientes com FM66.
Estes pacientes tendem a ter sua sintomatologia piorada quando apresentam distúrbios psicológicos associados. Um estudo realizado no Brasil constatou que 30% dos pacientes fibromiálgicos exibiram depressão grave e 34%, depressão moderada; neste mesmo estudo foi verificado que 70% dos pacientes com FM apresentaram traço de ansiedade significativa e 88% exibiram um estado de ansiedade alta67.
No que diz respeito à depressão, as leis trabalhistas brasileiras possuem cláusulas específicas para tal moléstia. No entanto, faz-se imperativo não confundir depressão com FM. Um médico não deve aventurar-se a diagnosticar depressão sem experiência suficiente e sem utilizar critérios diagnósticos bem estabelecidos.
Se existir um nível significativo de depressão, a possibilidade de afastamento do trabalho deve ser considerada. No entanto, o que não pode existir é uma acomodação por parte do paciente e, consequentemente, criar-se um ciclo vicioso, sem aderência a um tratamento.
Outro aspecto a ser lembrado é a possibilidade de simulação de doença. Em um estudo controlado, envolvendo pacientes com FM, indivíduos controles (saudáveis) e pacientes com uma motivada simulação, foi constatado que os critérios do Colégio Americano de Reumatologia (ACR) obtiveram 80% de acurácia, com um bom nível de concordância e reprodutibilidade em relação aos tender points e aos pontos-controle, no sentido de distinguir os simuladores. Os resultados desse estudo demonstram não haver um teste para simulação e é provável que uma proporção de simuladores e de pacientes com FM podem permanecer não identificados68.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A FM é uma síndrome de diagnóstico eminentemente clínico, caracterizada por quadro de dor musculoesquelética crônica associada a variados sintomas. Pode ser confundida com diversas outras doenças reumáticas e não reumáticas. Requer uma abordagem individualizada e multidisciplinar com a combinação de tratamento farmacológico e não farmacológico.
Não há evidência científica determinando que a FM seja causada pelo trabalho. Isso não impede que se busquem adaptações laborais razoáveis, tais como a redução do tempo de execução das tarefas, entre outras, apesar de as modificações laborais para esta doença ainda não estarem definidas.
No caso do paciente fibromiálgico apresentar dor ou fadiga em níveis significativos e que não responde ao tratamento adequado, o afastamento do trabalho por curto período pode ser considerado, apesar de terem sido empiricamente observados afastamentos temporários repetidos, obtidos por meios litigiosos, ainda sem claro suporte científico quanto à sua necessidade e consequente repercussão econômica. Há evidências negativas para o paciente com essa doença quanto à litigância e aos afastamentos prolongados. Estes se justificam em casos de quadros depressivos graves associados.
Importante na abordagem dos pacientes com fibromialgia é explicar sobre esta síndrome dolorosa crônica e sobre as barreiras que se opõem à sua melhora clínica.

REFERÊNCIAS
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 Correspondência para: 
Milton Helfenstein Junior
Rua João de Lacerda Soares, 90 Brooklin
São Paulo - SP, Brasil CEP: 04707-010
m.helfen@terra.com.br
Artigo recebido: 20/10/2011
Aceito para publicação: 10/02/2012
Conflito de interesse: Não há.


Trabalho realizado na Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Fonte: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302012000300018

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Fibromialgia: Novos Critérios Melhoram o Diagnóstico

Diedtra Henderson
13 de fevereiro de 2014

Em 2011 a modificação do Colégio Americano dos  Critérios de Reumatologia (ACR-2010) preliminares para o diagnóstico de fibromialgia (2011 ModCr) diagnostica a doença de forma confiável em um grupo grande e diversificado de pacientes que sofrem de dor. Além disso, os critérios alternativos mais fáceis de usar, com sintomas mais amplos e locais de dor são ainda mais específicos, de acordo com o estudo transversal.
Robert M. Bennett, MD, da Universidade de Saúde e Ciência de Oregon, em Portland, e colegas publicaram seus resultados on-line em 04 de fevereiro no Arthritis Care & Research .
De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, a fibromialgia afeta 5 milhões de adultos norte-americanos, com as mulheres representando 80% a 90% dos casos diagnosticados. A doença é caracterizada por dor muscular e fadiga e é marcada por "pontos sensíveis", locais específicos em todo o corpo que dói quando a pressão é aplicada.
O 2011ModCr inclui 19 locais de dor e 6 sintomas auto-relatados: dificuldade para dormir, cansaço, falta de cognição, dores de cabeça, depressão e dor abdominal. A equipe de investigação, geograficamente diversos investigadores clínicos, qualificados no diagnóstico e tratamento de pacientes com fibromialgia, procuraram validar os critérios modificados em um conjunto mais diversificado de pacientes com dor crônica, típico dos pacientes clínicos vistos diariamente.
De julho de 2012 a março de 2013, os autores recrutaram 321 pacientes a partir das práticas de 5 reumatologistas, 2 especialistas em dor, e um psicólogo em 4 estados. Pacientes completaram cinco questionários que incluíam um questionário de impacto dos sintomas de 10 itens previamente validados, bem como, uma classificação de sua dor e sensibilidade em 28 locais em uma escala 0 a 10 gravidade. Os pesquisadores analisaram a experiência do paciente através de um critério diagnóstico alternativo que alavancou o inventário de localização da dor de 28 itens e o questionário de  impacto do sintoma.
O 2011ModCr forneceu a sensibilidade de 83,5% e especificidade de 67,2% e 73,8% corretamente classificados dos pacientes. Os critérios alternativos (2013 AltCr) foram ligeiramente menos sensíveis, de 80,7%, mas tinha uma especificidade mais elevada (79,6%) e classificadas 80,1% dos pacientes corretamente.
"A descoberta notável foi uma prevalência de 31% dos homens no 2011ModCr [falso-positivos (PQ)], e uma prevalência de 34% dos homens na 2013AltCr PQ; assim a prevalência do sexo masculino em geral (ou seja, [verdadeiro-positivo] + FP) foi de 16% para o 2011ModCr e 14% para o 2013AltCr, em comparação com 6% ACR 1990 ", escrevem os autores.
Com os critérios ACR 1990, que já foi considerado o padrão ouro, era difícil de diagnosticar com precisão pacientes.
"As mulheres são mais sensíveis que os homens, os homens muitas vezes não são diagnosticados", o Dr. Bennett disse ao Medscape Medical News . Mesmo para as mulheres, um médico pode identificar um número suficiente de pontos dolorosos para fazer um diagnóstico num dia, e então o próximo clínico do paciente que ela visite poderia deixar de fazê-lo. "[O paciente] vai de ter fibromialgia a não ter fibromialgia", disse ele. "Estes novos critérios são mais fáceis de usar."
"O 2011ModCr abraçar um espectro mais amplo de pacientes com sintomas [fibromialgia]-como que a ACR 1990", relatam os autores.
Embora Jan Favero Chambers, presidente e fundador da National Association Fibromialgia & Dor Crônica, Logan, Utah, agradece "a clareza que esse critério traz" para o diagnóstico de fibromialgia, ela diz ao Medscape Medical News que a existência de cinco diferentes critérios diagnósticos podem semear confusão.
Reumatologistas estão confortáveis na ​​aplicação dos critérios de diagnóstico, mas as habilidades de diagnóstico de generalistas variam. Tal como está agora, diz ela, as pessoas tentam aprender o que está acontecendo de errado com seus corpos visitam entre 3 e 5 clínicos e gastam milhares de dólares antes de ser diagnosticado com fibromialgia.
Os autores do estudo observam que será necessária uma avaliação independente do 2013AltCr em um conjunto maior, mais diversificado de pacientes com sintomas crônicos.
"[W] e forneceu validação independente do 2011 ModCr em uma amostra de pacientes composto por uma ampla gama de distúrbios da dor crônica do que relatado em estudos anteriores", concluem os autores. "Nós também exploramos os critérios alternativos (2013AltCr) com base na escala de sintomas [questionário impacto do sistema] e o número de locais de dor. Esses critérios alternativos são comparáveis ​​ao 2011 ModCr na sensibilidade diagnóstica e um pouco melhor na especificidade. Importante é que eles têm a vantagem de usar apenas uma combinação de locais e sintomas de dor, e um intervalo de tempo para relatar sintomas ".
O apoio financeiro para este estudo foi fornecido pela Fibromyalgia Information Fundation.

DSM-5 critérios desnecessários na fibromialgia: Dizem especialistas

 


Praticamente todos os pacientes com fibromialgia seriam classificados como tendo uma doença mental, sob novos critérios do DSM- 5 para o transtorno de sintoma somático, um estudo confirma .

Seus autores deram um questionário de gravidade dos sintomas somáticos para mais de 6.200 pacientes com diagnóstico de fibromialgia, artrite reumatoide e osteoartrite .

Eles descobriram que 90% dos pacientes com fibromialgia tiveram escores no nível alto , de acordo com um diagnóstico de transtorno sintoma somático, conforme os critérios do DSM- 5.

Uma parcela substancial de pacientes com artrite reumatoide também se reuniu com o limite e também pode ser considerado como tendo uma doença mental sob DSM- 5, os investigadores dos EUA e Alemanha , disseram .

Os autores apontam para a subjetividade essencial dos critérios, que incluem " pensamentos desproporcionais e persistentes sobre a seriedade dos próprios sintomas"; "persistentemente elevado nível de ansiedade sobre a saúde ou sintomas" e "tempo excessivo e energia dedicada a esses sintomas".

Escrevendo na revista PLoS One, os autores disseram que era provável que alguns assessores classificariam a  fibromialgia ou pacientes com AR como "desproporcionais" em sua preocupação sobre os seus sintomas, enquanto outros consideram os mesmos pacientes como mostrando preocupação razoável.

"Por isso, é possível que a presença de uma doença mental pode depender mais do examinador que do paciente", comentaram .

"Estamos duvidosos que a abordagem DSM -5 possa distinguir válida e confiável o que os pacientes com fibromialgia apresentem e que não são doentes mentais , particularmente em ambientes de cuidados clínicos onde o diagnóstico virá com mais frequência a partir de generalistas", concluíram.

Fonte: http://www.rheumatologyupdate.com.au/latest-news/dsm-5-criteria-useless-in-fibromyalgia-experts

*O que é DSM-5: Dicionário de Saúde Mental 5.ª edição ou DSM-5 é um manual diagnóstico e estatístico feito pela Associação Americana de Psiquiatria para definir como é feito o diagnóstico de transtornos mentais. Usado por psicólogosmédicos e terapeutas ocupacionais. A versão atualizada saiu em maio de 2013 e substitui o DSM-IV criado em 2000. Desde o DSM-I criado em 1952, esse manual tem sido uma das bases de diagnósticos de saúde mental mais usados no mundo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/DSM-5

Síndrome da Fibromialgia é um mito? Não, mas ela só poderia ser um distúrbio do sono

Enviada: Atualizado: 

Por Gerard Meskill, MD
Ninguém diz: "Eu não acredito que a hipertensão existe", ou "Eu não acredito 'surto' é uma coisa real." Pessoas com síndrome de fibromialgia (SF) sofrem não só de dor generalizada constante, mas eles também enfrentam às vezes o julgamento  e a desconfiança dos profissionais médicos que duvidam que sua condição é real. Eles são rotulados como irritante e necessitados. No sentido literal, insulto é adicionado à lesão.
A causa raiz da SF é mal compreendida, o que pode explicar por que a sua legitimidade é questionada por alguns profissionais de saúde. SF é caracterizada por dor músculo-esquelética crônica generalizada, rigidez e sensibilidade em vários pontos. A prevalência da SF varia de 2 a 3 por cento da população em geral, com as mulheres afetadas de seis a nove vezes mais frequentemente do que os homens.
Além de sintomas de dor de cabeça aos pés, as pessoas com SF também se queixam da falta de sono, fadiga crônica, humor deprimido, dores de cabeça, e muitos outros sintomas. No entanto, as queixas de sono e fadiga crônica podem ser mais importantes para os indivíduos com fibromialgia do que os sintomas de dor. Análise de sono de ondas lentas em indivíduos com fibromialgia frequentemente demonstram características de intrusões de ondas alfa no sono de ondas lentas, que são considerados como contribuidores para a falta de sono nesta população. Além disso, um ensaio usando oxibato de sódio, um medicamento conhecido por aumentar o sono de ondas lentas, demonstrou melhora nos sintomas de fibromialgia.
Como a associação entre a SF e sono tem sido mais estudada, mais uma evidência que montou SF, em muitos casos é um subproduto de um distúrbio do sono. Um estudo de 2006 demonstrou um aumento de mais de dez vezes na SF em indivíduos com distúrbios respiratórios do sono (DS) em comparação com a população normal.
A investigação sugere que o FM é uma desordem da hipersensibilidade do sistema nervoso central (SNC). O sistema nervoso periférico (SNP) tem constantemente o envio de sinais a partir de diferentes áreas do corpo, para o SNC. O SNC, em seguida, filtra esses sinais, despresando o insignificante, respondendo ao mais premente. Devido à hipersensibilidade do sistema nervoso central em SF, esses sinais menores não são filtrados, conduzindo à dor generalizada.
Má qualidade do sono tem um efeito semelhante sobre CNS na filtragem do sinal. Muitos com síndromes de dor crônica (por exemplo, artrite) descrevem melhora da dor com uma boa noite de sono, e vice-versa. É um fenômeno bem conhecido na comunidade de neurologia que a privação do sono é um gatilho poderoso para convulsões. As convulsões são causadas por hiperexcitação inadequada de certos neurônios, levando a uma cascata de descargas eléctricas no córtex cerebral, que ultrapassam (ou "apreendem") a função de que a região do cérebro.
Diagnóstico e tratamento de DS e outras condições crônicas de sono podem levar a uma melhoria significativa na SF independente de qualquer outra terapia. No entanto, uma vez que a esmagadora maioria das pessoas que sofrem SF são mulheres, e muitas mulheres com DS tem interrupções de fluxo de ar mais sutis do que os seus colegas do sexo masculino, é essencial que o teste seja sensível o suficiente para detectar estas mudanças menos óbvias. Aqueles que tiveram um estudo do sono negativa anterior ou que não ronca deve procurar um centro do sono que se concentra no diagnóstico e tratamento de DS sutil, como Síndrome de resistências das VAS. A manometria esofágica pode ser usada para medir a pressão intratorácica durante o sono. Essa métrica pode ajudar a detectar aumento do esforço respiratório e mudanças sutis no fluxo de ar durante o sono que podem causar a fragmentação do sono e que de outra forma seria desperdiçada.
Fibromiálgicos doentes com falta de sono, podem ter despertares noturnos frequentes, se virar na cama, dores de cabeça matinais, congestão nasal pela manhã que não estava presente ao ir para a cama, a boca seca durante a noite, episódios de acordar com palpitações, apertamento dos dentes ou moagem durante a noite, articulação temperomandibular (ATM) ou dor na mandíbula na parte da manhã, e refluxo ácido durante a noite ou pela manhã. Enquanto estes não são sinais específicos de forma independente, todos eles são sugestivos de respiração irregular durante o sono.
Assim, para os 4-6.000.000 americanos que sofrem de SF, talvez seja hora de consultar um especialista do sono. Uma boa noite de sono só poderia curar o que aflige.
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Gerard Meskill, MD é um neurologista credenciado que se especializa no tratamento de distúrbios do sono. Ele completou a sua formação comunhão sono no Centro de Stanford para Ciências do Sono e Medicina . Ele agora pratica distúrbios do sono medicina e neurologia na área da Grande Houston no abrangentes Medicina do Sono Associates, com escritórios no Woodlands, o Medical Center Houston, e Sugar Land, Texas. Para mais informações, visite http://www.houstonsleep.net .
Fonte: http://www.huffingtonpost.com/stanford-center-for-sleep-sciences-and-medicine/sleep-tips_b_4770369.html

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

FIBROMIALGIA E OS TENDER POINTS

Fibromialgia síndrome é uma doença comum caracterizada por múltiplos pontos dolorosos, dor muscular profunda generalizada, fadiga e depressão. O termo fibromialgia vem da palavra latina para tecido fibroso ( fibro ) e os termos gregos para o músculo ( miocárdio ) e dor ( algia ).

O que são pontos sensíveis?


Os pontos sensíveis são pontos de dor ou áreas sensíveis localizadas ao redor das articulações, mas não as articulações. Estes pontos dolorosos são muito sensíveis quando pressionados com um dedo.
Os pontos sensíveis são muitas vezes áreas não profundas de dor. Em vez disso, elas são áreas superficiais aparentemente sob a superfície da pele , tal como na área sobre o cotovelo ou ombro.

São pontos dolorosos grandes áreas de dor?

Não. O tamanho real do ponto de maior sensibilidade é geralmente muito pequeno, do tamanho de um centavo. Estas áreas são muito mais sensíveis do que outras áreas nas proximidades. Na verdade, a pressão sobre um dos pontos sensíveis com um dedo vai causar dor que faz a pessoa recuar ou se esquivar. Os pontos sensíveis estão espalhados ao longo do pescoço, costas, tórax, cotovelos, quadris, nádegas e joelhos.

O que causa pontos dolorosos?

A causa destes pontos de pressão não é conhecida. Mesmo que pareça que essas áreas possam estar inflamadas, os pesquisadores não encontraram sinais particulares de inflamação quando examinar o tecido. O que se sabe é que os locais dos pontos dolorosos não são aleatórias. Eles ocorrem em locais previsíveis sobre o corpo. Isso significa que muitas pessoas com fibromialgia experimentam sintomas semelhantes nos pontos dolorosos.

O meu médico pode diagnosticar a fibromialgia através dos pontos dolorosos?

O seu médico pode testar os pontos dolorosos durante um exame. Porém mesmo com pontos dolorosos, você precisa informar o seu médico sobre o tipo de dor que você sente exatamente nessas áreas. Você também precisa informar o médico sobre seus outros sintomas da fibromialgia , como a profunda dor muscular, fadiga, dificuldades para dormir, depressão, síndrome do intestino irritável , e muito mais.
Se você não explicar todos os seus sintomas da fibromialgia totalmente ao seu médico, ele não será capaz de tratar eficazmente a fibromialgia. Como resultado, você não vai obter um bom alívio da dor crônica e dos outros sintomas.
Quando um médico faz os testes nos pontos de concurso para a dor, ele ou ela também irá verificar pontos de "controle" ou outros pontos não-concurso sobre o seu corpo para se certificar de que você não reagirá a estes também. Alguns médicos usam um instrumento especial chamado de "doxímetro" ou "dolorímetro" para aplicar a quantidade certa de pressão sobre pontos sensíveis.

Quantos pontos são importantes para a fibromialgia?

Há 18 pontos importantes para o diagnóstico de fibromialgia (conforme ilustração acima). Estes pontos dolorosos estão localizados em vários lugares em seu corpo. Para obter um diagnóstico médico de fibromialgia, 11 dos 18 locais de pontos dolorosos devem manifestar-se quando pressionado. Além disso, para o diagnóstico de fibromialgia, o sintoma de dor generalizada deve ter estado presente por pelo menos três meses.

Existe um medicamento que alivia a dor dos tender points?

O manejo da dor nos pontos dolorosos da fibromialgia envolve um programa de tratamento multifacetado, que emprega ambas as terapias convencionais e alternativas. Embora a razão não seja totalmente clara, a dor da fibromialgia e fadiga, por vezes, respondem com baixas doses de antidepressivos . No entanto, o tratamento para fibromialgia e o trajeto dos pontos envolvem medicamentos, diários de gerenciamento de estresse, exercício, hidroterapia meio de calor e gelo, e descanso. Podem também ser usadas outras soluções para outros sintomas.

O que em casa os tratamentos podem ajudar no controle da dor dos pontos sensíveis?

Tratamentos alternativos ou remédios caseiros são importantes na gestão de fibromialgia e a dor dos tender points. Como exemplo, terapêutica massagem pode manipular os músculos e tecidos moles do corpo para ajudar a aliviar a dor, tensão muscular, espasmos, e stress.
Aplicações de calor úmido duas vezes por dia também são úteis para aliviar a dor muscular profunda e rigidez. Para beneficiar de calor úmido, você pode usar uma almofada de aquecimento úmido, chuveiro quente, ou um calor "aconchegante" ou aquecido no microondas. Você também pode relaxar em uma Jacuzzi.
Com fibromialgia, que é extremamente importante para gerenciar sua agenda e controlar o seu nível de stress. Certifique-se de bloquear o tempo a cada dia para descansar e relaxar. Evite fazer muitos compromissos que podem aumentar o estresse e a fadiga. Além disso, você pode fazer exercícios de relaxamento, como imagens guiadas,  exercícios de respiração , ou a resposta de relaxamento para controlar como você responde ao estresse.
Entrar numa rotina de dormir regularmente também é importante. Isso permite que seu corpo descanse e repere-se. Além disso, o exercício regular é vital para a gestão da dor, depressão e outros sintomas da fibromialgia.

O que pode piorar os sintomas da fibromialgia?

Uma série de fatores podem tornar os sintomas da fibromialgia pior. Eles incluem:
  • Ansiedade
  • Mudanças no clima - por exemplo, frio ou umidade
  • Depressão
  • Fadiga
  • As flutuações hormonais, tais como TPM ou menopausa
  • Infecções
  • A falta de sono ou sono agitado
  • Os períodos de estresse emocional
  • Esgotamento físico
  • Sedentarismo
Fonte: http://www.webmd.com/fibromyalgia/guide/fibromyalgia-tender-points-trigger-points?page=2

Tratamento da fibromialgia com Pregabalina (Lyrica ou Prebictal)


Após três anos da primeira apresentação em forma de abstract no congresso americano de Reumatologia, foi finalmente publicado o estudo randomizado do uso da pregabalina em pacientes com fibromialgia (Arthritis and Rheumatism, abril de 2005), por Crofford et al.

A pregabalina é um ligante da proteína a2 – d, que por sua vez é associada aos canais de cálcio voltagem-dependentes nos neurônios. É o mesmo local de ligação de uma molécula relacionada, a gabapentina. Diminuindo o fluxo de cálcio para o interior dos neurônios, existe a diminuição de liberação de vários neurotransmissores, como o glutamato, a substância P e noradrenalina. Esta diminuição seria responsável pelas ações da pregabalina na dor, em convulsões e na ansiedade.

Este foi um dos maiores estudos randomizados feitos em fibromialgia, compreendendo 529 pacientes divididos em um grupo placebo e três grupos com diferentes dosagens da medicação: 150 mg, 300 e 450 mg por dia. O parâmetro primário de avaliação foi a escala visual analógica (VAS) de dor nas últimas sete anotações em um diário de dor preenchido pela manhã. Vários outros parâmetros foram estudados, como a porcentagem de pacientes com uma resposta da dor de mais de 50%. Aproximadamente 130 pacientes compunham cada grupo. Não houve melhora dos parâmetros estudados com a dose de 150mg. Porém, pacientes que usaram a dose de 450mg/dia obtiveram uma queda de 0,93 na VAS em comparação com placebo e os outros grupos (p< 0,001). 29% dos pacientes recebendo esta dose apresentaram uma resposta da dor acima de 50%, em comparação com 13% do grupo placebo (p=0,003). A pregabalina nas doses de 300 e 450 mg/dia foram associadas com melhora de end-points secundários, como a qualidade do sono, fadiga, e avaliações globais de melhora. Os efeitos colaterais mais comuns foram tontura e sonolência.

Pode-se concluir, após a análise do estudo que a pregabalina apresentou uma reposta estatisticamente válida, mas fica a dúvida se esta é clinicamente relevante. Os autores relacionam que esta medicação poderia ser usada em diversos domínios do tratamento para a fibromialgia. Porém, pelos resultados modestos, a impressão é que ela entrará no arsenal terapêutico como um adjuvante, mas não será utilizada de maneira isolada.

Eduardo S. Paiva
Chefe do Ambulatório de fibromialgia do HC - UFPR


Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=medicos_outros_editais&id_mat=32

Quebrar o ciclo Depressão

Depressão: Você é honesto com seu médico?


Avaliado por Louise Chang, MD

Quando você está deprimido, tudo pode parecer difícil - de sair da cama, ir para o trabalho, até mesmo falar com o seu médico ou psiquiatra. Você não pode ter certeza de como é o tratamento da depressão - ou qualquer coisa - pode, eventualmente, fazer você se sentir melhor. Pode falar sobre como você está se sentindo realmente ajudar? E se você tomar a medicação, ele vai fazer a diferença?
"Não há dúvida de que a psicoterapia e medicamentos funcionam para depressão e ansiedade", diz George Papakostas, Médico, professor associado de psiquiatria da Harvard Medical School, em Boston. Mas, para o tratamento funcionar de forma eficaz, médicos e pacientes precisam se comunicar abertamente, diz ele. Se você ocultar seus sintomas ou não tomar a sua medicação conforme prescrito, torna-se mais difícil para o seu médico ajudá-lo.
Você está sendo tão honesto e aberto como você pode ser? Se não, por que não? Saiba sobre algumas barreiras para abrir a comunicação - e o que você pode fazer para superá-las.

Depressão? Comigo?

Pode ser difícil admitir que você tenha depressão - e muito menos falar sobre isso. Muitas pessoas ainda sentem um estigma sobre procurar ajuda. Na verdade, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH), apenas cerca de 51% das pessoas em os EUA com depressão recebem tratamento.
Parte do problema, diz Rajita Sinha, PhD, professor do departamento de psiquiatria da Universidade de Yale, em New Haven, Connecticut, é que há uma lacuna de conhecimento. "Eu não acho que as pessoas percebem que não há ajuda lá fora, para os tipos de coisas que estão sentindo", diz Sinha. "Você tem pessoas que pensam: 'Ah, não ... eu sair da cama e eu não estou tão ruim assim." Então, se você conseguir lutar para sair da cama, e você ainda ir para o trabalho, mas você realmente não consegue se concentrar e você tem que tirar dias de folga - é um enfermo trabalhando ", Sinha diz WebMD.
Também pode ser difícil de perceber que você não consegue lidar com seus sentimentos em seu próprio lugar. "As pessoas podem julga-lo, 'Oh, bem, eu deveria lidar com isso melhor", ou "Eu só vou pensar em alguma coisa", e ignorá-lo ", diz Sinha. "Isso não ajuda a ignorá-lo em tudo. Na verdade, só piora as coisas. Ele faz com que os sintomas piorem."

Por que é difícil falar sobre a depressão?

Se você está lutando com a depressão, mas não sincero com seu médico sobre seus sintomas, pense sobre o que você está  prendendo.
"Ser firme ou perseverante ou resoluto é comum na depressão", diz Papakostas. Muitas vezes as pessoas não relatam seus sintomas, porque eles têm medo que não vai será levado a sério, ou eles não querem se deparar com tão alarmismo, diz ele.
Outros podem ter medos irreais sobre o que pode acontecer com eles e expressar seus sentimentos. Algumas pessoas temem que o seu médico pode pensar que eles são loucos. Eles temem que possam ser hospitalizado ou tratados contra a sua vontade, Papakostas diz WebMD.
Não há dúvida de que falar sobre sentimentos dolorosos - e enfrentando esses sentimentos na cabeça - não é fácil.
Se você está vendo um terapeuta para a depressão, lembre-se que ele ou ela vê muitos pacientes que lutam com sentimentos dolorosos. É o trabalho do seu terapeuta para ajudá-lo a trabalhar com esses sentimentos e recuperar um sentido de esperança. E, a fim de mudar, você tem que expressá-los.

Por que algumas pessoas param de tomar antidepressivos?

Medicamentos antidepressivos podem ser muito eficazes para muitas pessoas com depressão - se forem tomados como indicado. Se o seu médico ou psiquiatra prescreve antidepressivos, você precisa tomá-los por, pelo menos, de 6 a 9 meses, para que eles funcionem corretamente.
Infelizmente, de acordo com a Agência de Investigação de Saúde e Qualidade, mais de 50% das pessoas que tomam medicamentos de depressão param de tomá-los antes dos 6 meses. Isso aumenta o risco de recaída. As razões mais comuns para não tomar antidepressivos como precrito podem incluir:
  • Você ter efeitos colaterais incômodos. Muitas pessoas têm medo de incomodar o médico ou psiquiatra sobre os efeitos colaterais - diz Papakostas. Então, eles param de tomar o medicamento sem saber se uma outra droga pode funcionar melhor. Há muitos tipos diferentes de antidepressivos disponíveis - por isso o primeiro que você tenta não é sua única opção. Se você está tendo efeitos colaterais incômodos, informe o seu médico ou psiquiatra. Ele ou ela irá trabalhar com você para encontrar a droga mais eficaz com menos efeitos colaterais.
  • Você está preocupado com interações medicamentosas . É importante estar ciente de possíveis interações entre os medicamentos que você toma. Mas também é importante perguntar ao seu médico ou psiquiatra se uma interação realmente se aplica a você antes de você parar de tomar a droga.
  • Você se sente melhor -. E esquecer de tomar o medicamento Outro cenário comum é que com o efeito dos antidepressivos os sintomas desaparecem. Você está feliz, você não está deprimido, você está se aproxima socialmente e profissionalmente - é normal que as pessoas esqueçam, diz Papakostas. Fazemos isso o tempo todo com outras doenças. Ter uma dor de cabeça batendo é um grande lembrete para tomar um analgésico. Mas quando a dor vai embora, você não pensa em tomar o medicamento.
  • Problemas podem ocorrer se você parar de tomar antidepressivos abruptamente. Apesar de não ser comum, muitos medicamentos para depressão podem causar sintomas de abstinência. Alguns pacientes confundem esses sintomas como um retorno da doença, diz Papakostas. "Ele pode até mesmo resultar em uma recaída."
    Não se sinta envergonhado ou constrangido de dizer ao seu médico que você não tem tomado a sua medicação como deveria. O seu médico só quer entender o porquê, diz Papakostas, porque então ele ou ela poderá trabalhar com você para por em prática um tratamento melhor. "Os médicos sabem que uma chamada telefônica de 5 minutos pode realmente salvar pacientes e, médicos de muito do trabalho a longo prazo se vem uma recaída completa e de recorrência.

    Tratamento da depressão: Ser positivo

    Suas atitudes e crenças também são importantes quando se trata de tratamento da depressão. Papakostas explica que uma pessoa que acredita que a medicação e a terapia podem trabalhar, tem uma maior chance de cura do que alguém que não tem a mesma atitude positiva. Isto é verdade em outras áreas médicas também.
    Algumas pessoas acreditam em coisas que simplesmente não são apoiadas pela evidência, diz ele. Essa é outra razão pela qual é importante compartilhar as dúvidas, você pode ter ouvido alguma coisa sobre o tratamento da depressão que simplesmente não é verdade. "Ter crenças que são muito pessimista e realista - e não se sentir à vontade para discuti-las com um médico - pode, de fato, dificultar o caminho do tratamento", diz Papakostas. O seu médico pode explicar os fatos e ajudar você a entender como e por que o tratamento pode funcionar para você.

Fonte: http://www.webmd.com/depression/breaking-depression-cycle-12/you-and-your-doctor?page=3

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

NOVIDADES PARA QUEM USA OU VAI COMEÇAR A USAR ALGUNS MEDICAMENTOS PRESCRITOS - LYRICA OU PREBICTAL, CYMBALTA OU VELIJA

Bom Dia turma de Fibra!

Vamos atualizar as informações sobre a compra dos medicamentos:
- Lyrica ou Prebictal - Pregabalina (princípio ativo)
- Cymbalta ou Velija - Duloxetina   (princípio ativo)

Na data de ontem entramos em contato com os respectivos fabricantes que nos informaram o seguinte:

Lyrica - Pregabalina (princípio ativo)
Fabricante: Pfizer

Possui o Programa "Mais Pfizer", que concede benefícios na compra direta com eles. 
Você se cadastra:
por telefone (08007701575) ou 

O desconto é de 35%.
Você irá comprar com o desconto, na farmácia que eles indicarem.

**Caso você vá começar a usar, saiba que poderá pedir ao seu médico AMOSTRA GRÁTIS. 
Caso ele não tenha, ele pode entrar em contato com a Pfizer e solicitar as amostras. (08007701575) 
Com isso você não precisará gastar sem saber se ele lhe fará bem ou não.

# O programa não tem um tempo de duração definido. Porém, informam que qualquer alteração, os clientes cadastrados e os médicos serão comunicados.


VELIJA - Duloxetina (princípio ativo)
Fabricante: Libbs

Infelizmente foi suspenso o Programa de Benefícios; ou seja, não há desconto na compra direta com o laboratório.

**Caso você vá começar a usar, saiba que poderá pedir ao seu médico AMOSTRA GRÁTIS, para a apresentação de 30mg. Para a apresentação de 60mg NÃO HÁ AMOSTRA GRÁTIS. 
Caso ele não tenha, ele pode entrar em contato com a Libbs e solicitar as amostras.(0800 0135044) 
Com isso você não precisará gastar sem saber se ele lhe fará bem ou não.


Cymbalta - Duloxetina (princípio ativo)
Fabricante: Lilly

Para cadastramento no "Programa Lilly melhor para você" para obtenção de desconto, 
ligue para 0800 701 0444. 
Após, você poderá fazer consultas no site voltado para o Programa: https://www.lillymelhorparavoce.com.br
Cada paciente obtém um percentual de desconto de acordo com seu perfil.

**Caso você vá começar a usar, saiba que poderá pedir ao seu médico AMOSTRA GRÁTIS. 
Caso seu médico não tenha, ele pode entrar em contato com a Lilly e solicitar amostras. (0800 7010444)
Com isso você não precisará gastar sem saber se ele lhe fará bem ou não.

Prebictal - Pregabalina (princípio ativo)
Fabricante: Zodiac

Infelizmente foi suspenso o Programa de Benefícios; ou seja, não há desconto na compra direta com o laboratório.

**Caso você vá começar a usar, saiba que poderá pedir ao seu médico AMOSTRA GRÁTIS, para todas (75 e 150mg).  
Caso ele não tenha, ele pode entrar em contato com a Zodiac e solicitar as amostras. (0800 166575)
Com isso você não precisará gastar sem saber se ele lhe fará bem ou não.

Ressaltamos que estas informações podem ser usadas para quem tenha condições e opte em comprar o medicamento, ao invés de requer que o Município/Estado/União paguem por ele, conforme manda a Constituição Federal.

Aqui no blog e em nosso grupo no Facebook, você encontra todas as orientações para quem queira obter a medicação gratuitamente, pelas vias judiciais ou por concessão direta dos órgãos responsáveis.

É direito do cidadão, e um dever do estado.

Título VIII
Capítulo II
Seção II
Art. 196 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Art. 197 - São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Art. 198 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
      II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
        III - participação da comunidade.

§ 1º  - O sistema único de saúde será financiado, nos termos do Art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.

§ 2º - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre:
I - no caso da União, na forma definida nos termos da lei complementar prevista no § 3º; (Acrescentado pela EC-000.029-2000)
II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o Art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;
III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o Art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.

§ 3º - Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Acrescentado pela EC-000.029-2000)
I - os percentuais de que trata o § 2º;
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivando a progressiva redução das disparidades regionais;
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela União.
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específicos para sua atuação.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido piso salarial.
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descumprimento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exercício.
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