Foi formada por pacientes e profissionais voluntários que, trazem informações e orientações de credibilidade a quem queira conhecer mais e melhor a Fibromialgia - CID 11 - MG30.01 Começamos em 2007 no antigo Orkut, encerradas as atividades em março/2023. IMPORTANTE: NOSSAS MATÉRIAS NÃO SUBSTITUEM, SOB QUALQUER PRETEXTO, A CONSULTA MÉDICA.
Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico
A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.
TRADUTOR
SITES IMPORTANTES
sábado, 29 de dezembro de 2012
El desafío de la fibromialgia - Salud - ElNuevoHerald.com
El desafío de la fibromialgia - Salud - ElNuevoHerald.com
Recomendável à pacientes e familiares.
domingo, 23 de dezembro de 2012
Vídeo de Natal da ABRAFIBRO
Vídeo de Natal com alguns integrantes da ABRAFIBRO, feito com carinho e inclui uma mensagem de Carlos Drumond de Andrade "RECEITA DE ANO NOVO" e com certeza vai emocionar você com tantos lindos sorrisos esperançosos por um 2013 melhor, confiantes de que a mudança começa em cada um de nós.
A Fibromialgia é uma síndrome que causa dores sérias, que comprometem a vida de quem a sente, porém é possível ser feliz e ter planos de vida mesmo sendo portador, mas é necessário ter um tratamento multidisciplinar. O apoio dos amigos e familiares é imprescindível e o mais importante é receber e dar muito amor.... 2013 continuamos na ABRAFIBRO!!!
Dez/2012
- Crédito das músicas: Natal todo dia - Roupa Nova
Então é Natal - Simone
Poema: Receita de Ano Novo - Carlos Drumond de Andrade
Natal não é apenas uma época de troca de presentes e abraços, mas também o aniversário de Jesus e época de relembrarmos toda a nossa trajetória percorrida durante a vida, os nossos progressos e os nossos profundos sentimentos, revermos nossos conceitos e pormos tudo em ordem nos preparando pra um novo ano, novos acontecimentos, novos amigos e um novo caminho e desafios que teremos de percorrer.
Por isso é preciso aproveitá-lo da melhor maneira esquecendo nossas diferenças e mais do que isso percebendo quanto somos semelhantes.
Evoluirmos ao máximo e não nos esquecermos de tentar manter esse mesmo espírito durante todo o ano que está por vir.
(Ana Carolina Bernardes)
São os sinceros votos de Edson, Suely, Junior e Claudia.
Dezembro de 2012
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Discovery could eventually help diagnose and treat chronic pain
Discovery could eventually help diagnose and treat chronic pain
Descoberta poderia eventualmente ajudar a diagnosticar e tratar a dor crônica
Em inglês.
Porém, se vc tem um programa de tradução automática, você conseguirá ler e entender o teor da matéria.
Muito recente, publicada ontem no Sicence News .
A história é reprodução a partir de materiais fornecidos pela Brigham e do Hospital da Mulher , através de EurekAlert!, um serviço da AAAS.
Para acessar o texto original, click no título dessa matéria.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Dor difusa no corpo pode ser fibromialgia
Dor difusa no corpo pode ser fibromialgia
Respostas para:
O que é?
O que causa?
Tem cura?
Quais principais sintomas?
Qual melhor tratamento?
http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=31586
Matéria da Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br
Respostas para:
O que é?
O que causa?
Tem cura?
Quais principais sintomas?
Qual melhor tratamento?
http://www.medicina.ufmg.br/noticias/?p=31586
Matéria da Assessoria de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG
jornalismo@medicina.ufmg.br
RECEITA PARA UM BOM ANO
De repente num momento fugaz, os fogos de artifício anunciam que o ano novo está presente e o ano velho ficou para trás.
De repente, num instante fugaz, as taças se cruzam e o champanhe borbulhante anuncia que o ano velho se foi e o ano novo chegou.
De repente, os olhos se cruzam, as mãos se entrelaçam e os seres humanos, num abraço caloroso, num só pensamento, exprimem um só desejo e uma só aspiração: PAZ e AMOR.
De repente, não importa a nação; não importa a língua, não importa a cor, não importa a origem, porque sendo humanos e descendentes de um só Pai, lembramo-nos apenas de um só verbo: AMOR.
De repente, sem mágoa, sem rancor, sem ódio, cantamos uma só canção, um só hino: o da LIBERDADE.
De repente, esquecemos e lembramos do futuro venturoso, e de como é bom VIVER!
Receita de Ano Novo
Para você ganhar um belíssimo Ano Novo cor de arco-íris, ou da cor da sua paz, um Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior), novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (Planta recebe mensagens? Passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano-Novo que mereça este nome, você tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
(Carlos Drummond de Andrade)
Façamos da interrupção um caminho novo. Da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sonho uma ponte, da procura um encontro! (Fernando Sabino)
Que 2013 seja mais uma virada em sua vida, cheia de expectativas, emoções, diversões, realizações, enfim tudo de bom pra você!
Jesus pode mudar o seu novo ano!
Deixe-o entrar em sua vida!
Feliz Ano Novo!
Glückliches Neues Jahr!
Feliz Año Nuevo!
Felicigan Novan Jaron!
Heureuse Nouvelle Année!
Feliz Aninovo!
Shaná Tová!
Happy New Year!
Felice Nuovo Anno!
Akemashite Omedetou Gozaimasu!
Abraços e muita paz!!!
Retirado do:
Blog Doando Vida
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Termografia infravermelha auxilia na verificação de síndrome dolorosa
As Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho, também denominados LER/DORT, abrangem diversas enfermidades, sendo mais conhecidas as tendinites, tenossinovites e epicondilites, que comprometem milhares de trabalhadores. Elas prejudicam o trabalhador no auge de sua produtividade e experiência profissional, com maior incidência na faixa etária de 30 a 40 anos, sendo as mulheres mais frequentemente acometidas. A abordagem preventiva é meio ideal e deve incluir aspectos multifatoriais relacionados ao ambiente de trabalho, uma vez que estas afecções costumam estar associadas a riscos ergonômicos oriundos de movimentos repetitivos excessivos e posturas inadequadas.
Como são múltiplos os fatores envolvidos na etiologia das LER/DORT, existe um consenso de que uma avaliação biopsicossocial, a mais completa possível, é a forma mais adequada de tratar esta questão. No entanto, em certas ocasiões, mesmo com tratamento medicamentoso há situações de difícil julgamento quanto ao retorno ao trabalho, por um queixa persistente de não melhora dos sintomas ou quando associados a outra comorbidades, como síndrome fibromiálgica. Esta avaliação é fundamental para a Previdência Social, pois auxilia na diferenciação entre fatores relacionados a ganhos secundários e à permanência da invalidez. O que torna imprescindível ao perito lançar mão de todos os recursos que os avanços médicos colocam a sua disposição. Partindo da necessidade de se estabelecer um diagnóstico diferencial entre LER/DORT, síndrome fibromiálgica e outras doenças hematológicas, tem sido discutida a utilização de alguns parâmetros clínicos e exames complementares que concorrem para um diagnóstico mais preciso.
A termometria cutânea por termografia infravermelha é um método relativamente novo em perícia médica e tem contribuído na avaliação neuromusculoesquelética de pacientes com dores crônicas, auxiliando na identificação etiológica da dor, especialmente quando acometidos os tecidos moles.
MÉTODO
Para as imagens infravermelhas da superfície cutânea do corpo humano, o paciente permanece em pé e despido. Durante o período em que fica em posição ortostática, não pode tocar com as mãos em qualquer superfície cutânea, deixando os braços estendidos ao longo do corpo. As imagens termográficas são efetuadas em diversas incidências: anterior, posterior, laterais, oblíquas do corpo inteiro e hemicorpo superior e inferior, bem como regiões de interesse (ROI) como região lombar, cervical, antebraços, punhos, mãos, joelhos, tornozelos e pés.
A temperatura do laboratório deve ser mantida em 20ºC e a umidade do ar em 55%, durante o procedimento. Por meio de cuidado de portas e janelas cerradas e movimento reduzido em torno do paciente, é mantida a velocidade do ar menos que 0,2 m/s, controlada por anemômetro digital, para evitar evaporação e consequente perda térmica cutânea por convecção forçada.
Antes de captar as imagens, os pacientes aguardam 15 minutos para estabilizar a temperatura do corpo com o clima do laboratório. As imagens térmicas são captadas por um sensor infravermelho ultrasensível de alta resolução na faixa espectral do infravermelho longo (8-14 µm) para estudo dinâmico (30Hz). A câmera é posicionada horizontalmente, a uma distância de um metro, e verticalmente ajustada a linha mediana da região de interesse. É considerado emissividade de 97,8% para estudo do corpo humano.
Por se tratar de método que mensura a radiação infravermelha, utiliza-se o termo hiper-radiação para indicar o aquecimento devido o aumento do fluxo sanguíneo cutâneo local, e hiporradiação no caso de esfriamento pela diminuição do fluxo sanguíneo. Evitam-se os termos hipertermia e hipotermia, pois se referem às alterações da temperatura central de natureza exclusivamente clínica (respectivamente, >40ºC e <35 2="2" antiga="antiga" ao="ao" as="as" cie="cie" com="com" da="da" denomina="denomina" do="do" e="e" humana="humana" imagem="imagem" infravermelha="infravermelha" inv="inv" isto="isto" limites="limites" m="m" menos="menos" mesmo="mesmo" motivo="motivo" mudan="mudan" n="n" o="o" p="p" pele="pele" pelo="pelo" por="por" que="que" rmicas="rmicas" s="s" sensibilidade="sensibilidade" superf="superf" t="t" tamb="tamb" teletermografica.="teletermografica." temperatura="temperatura" termo="termo" trabalhar="trabalhar" uso="uso">35>
Os pacientes com recomendação de aposentadoria por invalidez apresentam maior número de alterações termográficas, por exame em relação àqueles que retornam ao trabalho ou à reabilitação, corroborando assim, em um contexto de casos mais complexos classificados como lesão permanente.
É utilizada sensibilidade térmica de 0,1ºC por tom de cor, utilizando-se escala colométrica, em que as cores vão da mais quente para a mais fria: branco, rosa, vermelho, laranja, amarelo, verde claro, vermelho escuro, azul claro, azul escuro, roxo e preto, segundo o programa específico. As cores indicam, indiretamente, o grau de distribuição da perfusão sanguínea cutânea local. Todas as imagens devem ser expostas com a palete de cores ao lado da imagem para facilitar a avaliação. Por meio de diagnóstico termográfico das alterações, obtém-se intensidade, tamanho, forma, distribuição e margem, além da diferença térmica entre os pontos doloroso e presença de assimetria térmica em comparação com o lado oposto, segundo critérios de Brioschi et al . Uma diferença de pelo menos 0,3ºC entre a área de interesse e seu ponto simétrico é considerada como assimetria térmica.
Avaliam-se não só sinais flogísticos, mas também disfunção do sistema neurovegetativo vasomotor relacionada às neuropatias, vasculopatias (síndrome de Raynaud) e síndromes dolorosas miofasciais. Para avaliação termográfica da síndrome fibromiálgica, utilizam-se critérios em que o somatório dos dados fornece a probabilidade do paciente ter a doença, previamente validada por meio de um índice.
ALTERAÇÕES
As alterações térmicas têm direta correlação com os achados clínicos evidenciados na perícia neuromusculoesquelética de infortunística e, quanto ao tempos de retorno às atividades, segundo critérios de número de lesões, natureza etiológica, diferencial térmico e índice termográfico para síndrome fibromiálgica.
Os pacientes com recomendação de aposentadoria por invalidez apresentam maior número de alterações termográficas, por exame em relação àqueles que retornam ao trabalho ou à reabilitação, corroborando assim, em um contexto de casos mais complexos classificados como lesão permanente.
Entre as alterações, a síndrome dolorosa miofascial é a mais comum. Ocorre, entretanto, que a freqüência diminui em relação, às outras alterações, à medida que o paciente se encontra em estado de maior gravidade, isto é, encaminhado para maior tempo de reabilitação ou aposentadoria. A cronicidade de síndromes dolorosas costuma levar à mudança do padrão de acometimento muscular, tendo como substrato neurofisiológico a ampliação do campo receptivo. Deste modo, é razoável aceitar-se que nos casos mais graves o acometimento seja difuso.
As lesões situadas em nervos periféricos se constituem em alterações mais incapacitantes e de maior tempo de reabilitação, quando não, necessárias medidas cirúrgicas. Estas alterações incidem especialmente nos grupos mais graves, em que se indica seis meses de afastamento para tratamento ou encaminha-se para a aposentadoria.
As alterações inflamatórias, como tendinopatias e bursites, podem apresentar fases de regudização ao longo do tratamento ou quando o retorno ao trabalho é inadequado, em ambiente sem correção ergonômica. No entanto, devido à sua característica subaguda passageira e de terapêutica eficaz com antiinflamatórios e reabilitação física, pode explicar o fato de ser encontrada mais significativamente nos trabalhadores afastados por pelo menos 60 dias para reabilitação, tempo suficiente para este tipo de tratamento, na maioria dos casos.
FIBROMIALGIA
A síndrome fibromiálgica, diversamente das síndromes dolorosas miofasciais, é mais incapacitante e de difícil controle devido à sua característica difusa e crônica, especialmente quando associada a outras enfermidades inflamatórias e neuropáticas. Esta doença é encontrada, significativamente, nos grupos mais graves que necessitam de maior tempo de reabilitação (seis meses) e nos encaminhados à aposentadoria. Estes apresentam as maiores pontuações no índice termográfico para síndrome fibromiálgica, reforçando assim, a indicação deste índice em avaliações periciais.
A síndrome fibromiálgica predomina entre os trabalhadores que têm afastamento por seis meses para reabilitação ou que tem aposentadoria por invalidez. A associação da LER/DORT com a síndrome traz prejuízos na reabilitação, sendo importante o diagnóstico concomitante pelos meios disponíveis. A prevenção desta ocorrência deve ser objetivo de políticas de abordagem global técnico-organizacionais do ambiente de trabalho, corrigindo ergonomicamente as condições em que os trabalhadores efetuam suas atividades.
Comparando pacientes com síndrome fibromiálgica traumática e não-traumática, observar-se que tanto traumas físicos como emocionais estão relacionados ao aparecimento de dor generalizada, isto é síndrome fibromiálgica secundária. Não é raro que o paciente relacionem seus sintomas a situações especificas de estresse emocional ou de sobrecarga do aparelho locomotor, quando são submetidos a esforços, repetições, posturas inadequadas ou lesões diretas dos ossos e de partes moles. Esta enfermidade complexa e multifatorial pode estar associada ao contexto do trabalho, apesar desta apreciação não ser unanimidade entre todos os autores. Pode também predispor uma pessoa à ocorrência de LER/DORT, se ela estivas exposta a fatores de risco, caracterizando síndrome fibromiálgica primária.
VALOR
Porém, as alterações encontradas na termometria cutânea por termografia infravermelha, bem como sua intensidade e índice termográfico para síndrome fibromiálgica, tem elevado valor prognóstico quanto à avaliação da incapacidade ao trabalho de pacientes acometidos por LER/DORT. A literatura tem demonstrado alta correlação positiva entre a termografia e os outros exames complementares utilizados na avaliação neuromusculoesquelética. O método é valioso para confirmação do diagnóstico clínico, excluindo da análise os critérios subjetivos e pessoais.
Segundo critérios científicos, a avaliação clínica, em conjunto com a termografia, permite documentar alterações de tecidos moles em pacientes afastados que alegam piora progressiva e irreversibilidade das lesões teciduais. O exame não é examinador-dependente.
Em um estudo com 318 pacientes não houve diferença entre a proporção de casos com alteração e sem alteração termográfica, relacionado ou não infortunística. Isto é, o fato do paciente estar envolvido com litígio trabalhista não aumentou o número de casos positivos.
A experiência subjetiva da dor é associada com mudanças de perfusão sanguínea cutânea na área afetada do corpo. O exame termográfico registra a distribuição, diferentemente da avaliação subjetiva da dor por parte do clínico.
ACIDENTE
As lesões podem resultar de acidente-tipo, doença profissional ou doença em decorrência das condições de trabalho, em que o legislador entende que estão equiparadas. A lesão relacionada a um acidente-tipo, o trabalho determina, por si mesmo, o infortúnio sendo deste, portanto, a causa, deve sempre ser oficialmente comunicada à Previdência. Em uma segunda eventualidade, as lesões são resultantes das condições em que o trabalho foi realizado; não mais do que trabalho em si, mas das condições que o cercam.
O acidente-tipo costuma ter como causa um trauma súbito, perfeitamente reconhecível no tempo e no espaço e ao qual poderão se ligar os efeitos posteriormente verificados. As doenças do trabalho reconhecem como causa, circunstâncias ou condições e que o trabalho foi realizado. Essas causas agem pouco a pouco, vencendo resistência física ou psiquiátrica, até que se manifeste a doença.
Pode-se ter uma terceira eventualidade, que é uma associação de acidente-tipo agravado por doença do trabalho, culminando ou não procedimentos cirúrgicos. A termografia pode ser utilizada tanto na avaliação do acidente-tipo quanto da doença do trabalho, porém, nesta última, de forma preditiva na identificação precoce de microtraumatismos ou disfunções cumulativas.
O acidente indenizável é todo aquele que ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, provocando efeito danoso para o trabalhador. O acidente não é gerado pelo trabalho em si, faz-se necessário um fator estranho ou anormal, que condicione à resultante danosa. O trabalho determina apenas risco subjetivo, isto é a exposição do operário à ação da causa do acidente. Ele não determina o risco objetivo, isto é, a morte, lesão ou perturbação. O trabalho não pode nem deve ser considerado causa direta do acidente. O trabalho seria somente o meio, o terreno, o campo, em que a influência externa e violenta de potencial se converte em atual. Para que isto aconteça mister se faz, obviamente, o exercício profissional.
Fonte: Revista Proteção ed. 235http://sms.med.br/gestao/index.php?mod=noticia-zoom&ID=45
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Operadoras de planos de saúde que encerram suas atividades
Operadoras em Fase de Portabilidade Especial
As operadoras de planos de saúde listadas abaixo terão suas atividades encerradas devido a anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves.
Assim, para assegurar que a assistência à saúde dos beneficiários dessas operadoras não seja prejudicada, a ANS garante a eles o direito à portabilidade especial de carências.
Portanto, se o seu plano de saúde é comercializado por uma dessas operadoras, guarde com você o documento disponível abaixo e clique aqui para saber como trocar de plano de saúde sem cumprir novos prazos de carência.
Atenção: o prazo para exercer esse direito é de 60 dias a partir da data da publicação do documento.
Operadora | Resolução Operacional (RO) |
ADMÉDICO - Administração de Serviços Médicos à Empresa Ltda | RO 1329 publicada no Diário Oficial da União em 19/11/2012 |
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Valença | RO 1322 publicada no Diário Oficial da União em 12/11/2012 |
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Ilhéus | RO 1325 publicada no Diário Oficial da União em 12/11/2012 |
Health Assistência Médica e Hospitalar S/C Ltda | RO 1324 publicada no Diário Oficial da União em 12/11/2012 |
CDE - Centro de Diagnóstico Especializado Ltda | RO 1323 publicada no Diário Oficial da União em 12/11/2012 |
Viver Sis-Sistema Integrado de Saúde Ltda. | RO 1316 publicada no Diário Oficial da União em 05/11/2012 |
Medical Health Operadora de Planos de Assistência Médica e Odontológica Ltda. | RO 1315 publicada no Diário Oficial da União em 05/11/2012 |
Administradora Brasileira de Assistência Médica Ltda. - All Saúde | RO 1314 publicada no Diário Oficial da União em 05/11/2012 |
Dent-Service Assistência Odontológica Internacional Ltda. | RO 1310 publicada no Diário Oficial da União em 19/10/2012 |
Douramed Assistência Médico Hospitalar Global S/S Ltda. | RO 1311 publicada no Diário Oficial da União em 19/10/2012 |
Italica Saúde Ltda. | RO 1312 publicada no Diário Oficial da União em 19/10/2012 |
Operadora Ideal Saúde Ltda. | RO 1307 publicada no Diário Oficial da União em 17/10/2012 |
Saúde Total Ltda | RO 1300 publicada no Diário Oficial da União em 08/10/2012 |
Multi Saúde - Assistência Médica e Hospitalar Ltda. | RO 1299 publicada no Diário Oficial da União em 08/10/2012 |
Odonto Saúde Plano de Saúde Odontológica Ltda. | RO 1303 publicada no Diário Oficial da União em 08/10/2012 |
TK Plano de Assistência Odontológica S/C Ltda. | RO 1302 publicada no Diário Oficial da União em 08/10/2012 |
Odonto Fama Ltda. | RO 1301 publicada no Diário Oficial da União em 08/10/2012 |
Associação Assit e em Defesa dos Direitos dos Com., Ind. Aut. e Trab em Geral | RO 1276 publicada no Diário Oficial da União em 14/09/2012 |
Oral Health Sistema Integrado de Assistência Odontológica Ltda. | RO 1275 publicada no Diário Oficial da União em 14/09/2012 |
Portabilidade Extraordinária
Operadora | Resolução Operacional (RO) |
Operadora Ideal Saúde Ltda. | RO 1318 publicada no Diário Oficial da União em 05/11/2012 |
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Fibromialgia: quando a dor não tem razão de ser
Uma doença comum e não muito conhecida. A fibromialgia acomete cerca de 4% da população mundial adulta e é até 8 vezes mais comum em mulheres, principalmente entre os 30 e 50 anos de vida.
Os pacientes sofrem cronicamente com dores difusas pelo corpo, principalmente nos músculos, tendões e articulações. A limitação física e o impacto psíquico da fibromialgia podem atingir níveis incapacitantes. Além das dores, podem surgir: depressão, ansiedade, insônia, distúrbios intestinais, entre outros sintomas.
A causa da doença é ainda desconhecida, mas envolve fatores genéticos e ambientais. Os exames são, geralmente, todos normais. Quem sofre com a doença sente todo o impacto da disfunção, além de todo o preconceito da sociedade e mesmo dos profissionais da saúde perante suas queixas, por muitas vezes inespecíficas.
Segundo o neurologista Leandro Teles, médico formado pela Universidade de São Paulo: “A dor geralmente sinaliza a presença de um agente agressor em determinada região do corpo. Na fibromialgia ocorre uma pane do sistema que sinaliza a dor ao cérebro e surgem dores difusas, por vezes intensas, em locais onde não está havendo agressão aparente”.
A ausência de um exame alterado, a superposição com sintomas de transtornos de humor e o desconhecimento por parte da população e equipe de saúde faz com que muitos pacientes não recebam o diagnóstico, a devida atenção e nem qualquer tipo de intervenção terapêutica.
Identificando o problema: Dores frequentes e difusas pelo corpo, não associadas à atividade física ou outras doenças, presentes em período superior a 3 meses (mostrando que são crônicas) aliadas ou não a sintomas de depressão, ansiedade, distúrbios do sono e intestino irritável são indícios da doença. O paciente deve procurar um clínico de confiança, um reumatologista ou um neurologista clínico a fim de fechar o diagnóstico e delinear um plano terapêutico.
O médico, mediante a história clínica e o exame físico determinará se existe outra doença causando os sintomas e pesquisará a presença de pontos gatilhos para a dor. Existem 18 pontos (9 de cada lado) que são pressionados pelo médico a fim de determinar se ocorre exacerbação da dor e características definidores da fibromialgia.
Tratamento: Com o diagnóstico firmado (por critérios clínicos) é preciso estabelecer uma linha de tratamento à curto, médio e longo prazos. A doença não tem cura e o tratamento almeja melhoria da qualidade de vida e reversão dos sintomas associados. Existem 4 frentes que devem ser abordadas conjuntamente:
1- Mudança do estilo de vida (medidas não farmacológicas) = controle do peso, atividade física regular sob supervisão, alimentação balanceada, medidas anti-stress, etc...
2- Tratamentos dos sintomas associados = é fundamental intervir nos sintomas associados à dor, como na depressão / ansiedade, os sintomas intestinais e tratar incisivamente os transtornos do sono.
3- Medicamentos = existem 2 grandes grupos de medicamentos. Aqueles que tratam a dor na hora, mas que não devem ser usados à longo prazo (analgésicos comuns, anti-inflamatórios, opioides x aqueles que previnem a dor, usados diariamente, mais adequados para o tratamento crônico da doença.
4- Outras medidas = acupuntura, tratamentos térmicos, fisioterapia analgésica, hidroterapia, etc...
O resultado do tratamento é geralmente bastante satisfatório, mas exige muito empenho por parte do paciente e, como em toda doença crônica, traz resultados a médio e longo prazo.
Autor- Neurologista Leandro Teles – formado e especializado pela USP
Fonte: http://www.odebate.com.br/saude-beleza/fibromialgia-quando-a-dor-nao-tem-razao-de-ser-22-11-2012.html
terça-feira, 27 de novembro de 2012
SFC - SÍNDROME DA FADIGA CRÔNICA
Fadiga Crônica |
A síndrome da fadiga crônica é caracterizada por uma fadiga prolongada e debilitante, com múltiplos sintomas inespecíficos e não obrigatórios como dor de cabeça, dor de garganta recorrente, gânglios na região cervical, sono interrompido, dores nos músculos e nas juntas e distúrbios de memória. O primeiro sinal é uma declarada fadiga que vem inesperadamente ou que evolui lentamente e de uma maneira implacável, com cansaço ou exaustão em alguém que não teria nenhuma razão aparente para se sentir dessa forma.
Descrição
Síndrome da Fadiga Crônica não caracteriza uma doença mas sim uma síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas. O primeiro sinal é uma declarada fadiga que vem inesperadamente e de maneira implacável, um cansaço ou uma exaustão em alguém que não teria nenhuma razão aparente para se sentir dessa forma. Freqüentemente encontramos também outros sintomas como, por exemplo, alterações do sono, depressão, dores, distúrbios intestinais, dores de garganta e febre leve.
Quais são os sintomas da síndrome?
Muitos órgãos podem ser afetados em uma síndrome e a pessoa com fadiga crônica pode apresentar muitos sintomas como:
- Necessidade de aumentar o esforço para manter o mesmo nível de força: corresponde a um dos primeiros sintomas e ocorre devido a uma atividade deficiente dos músculos dos quais depende o esforço físico;
- Dor muscular (mialgia): é também comum e demonstra um déficit de energia para o funcionamento da musculatura. Está muito relacionada ao esforço e, é um mecanismo de defesa do músculo para evitar sua lesão.
- Distúrbios intestinais;
- Alterações psíquicas: não são raras e podem estar relacionadas a algum comprometimento cerebral, o principal sintoma é a depressão;
- Dores de garganta e febre baixa por longos períodos que podem ser acompanhados pela presença de gânglios sensíveis (linfonodos). Sugerem a existência de um processo inflamatório que poderia, talvez, ser a causa da síndrome;
- Sono interrompido várias vezes à noite e não restaurador (o paciente acorda cansado);
- Distúrbios da memória: sugere que o paciente não atinge uma das fases do sono normal, em que tanto a memória como outras funções cerebrais se reorganizam. Este último fato está bem comprovado, pois existe necessidade de certo repouso para que os vários estímulos recebidos pelo cérebro possam ser classificados, localizados e aproveitados, ou não, para o futuro.
O que pode causar a fadiga muscular?
A fadiga muscular ocorre certamente devida a alterações em vários mecanismos, que podem não estar relacionados a problemas primariamente musculares. As fibras nervosas motoras, por exemplo, que vão provocar a contração dependem de estímulos oriundos do cérebro.
Para que o processo ocorra normalmente, é necessário que:
- não exista uma falha no número ou intensidade desses estímulos para provocar a contração muscular.
- a membrana do músculo (membrana sarcolêmica) esteja em condições normais.
- o músculo receba energia suficiente, não apenas para provocar a contração, como também a descontração das fibras musculares.
A fadiga é um sintoma comum de diversas doenças, tais como miastenia, anemia, problemas cardíacos e pulmonares, hipotireoidismo, déficit de potássio, Doença de Lyme (Borrelia Burgdorferi) e doenças virais - fadiga post viral - como hepatite B e C, brucelose, toxoplamose, herpes, HIV e ou outras.
De onde provém a energia muscular?
A energia muscular é liberada através da quebra do ácido adenosintrifosfórico (ATP), que provém de hidratos de carbono (glicose ou açúcares), gorduras e proteínas, encontrados nos alimentos.
No interior da célula muscular, existem corpúsculos denominados mitocôndrias, responsáveis pela respiração celular e fundamentais para a produção da energia celular. O mecanismo de produção de energia é complexo e envolve várias enzimas, como a fosforilase e a fosfofrutokinase, e outras substâncias, como os ácidos láctico e pirúvico. A falta ou excesso de algum desses componentes pode alterar todo processo.
Quais são as causas da síndrome da fadiga crônica?
A síndrome da fadiga crônica não tem ainda causa confirmada. Existem diversas teorias sendo investigadas, dentre as quais a doença ser desencadeada por um agente infeccioso, ser decorrente de uma resposta do sistema imune, entre outras.
Quanto tempo pode durar a síndrome da fadiga crônica?
Segundo estudos realizados, quando não for encontrada uma causa para a fadiga crônica, a afecção costuma durar em média 37 a 53 meses.
Como diagnosticar a síndrome da fadiga crônica?
Não existe um teste laboratorial que indique a síndrome da fadiga crônica. O seu diagnóstico é feito por exclusão. Deve-se antes procurar as causas já conhecidas de fadiga, para verificar se o paciente não tem um dos diagnósticos conhecidos para explicar seus sintomas.
O diagnóstico de Fadiga Crônica pode ser feito nos casos em que a queixa de fadiga intensa, acentuada à medida que o paciente movimenta os músculos, persiste por no mínimo seis meses.
Não devemos confundir fadiga com perda da força muscular, como acontece na polirradiculoneurite (doença dos nervos periféricos) ou na hemiplegia (paralisia de um dos lados do corpo) decorrente de um derrame cerebral. Nesses casos, a pessoa vai apresentar fraqueza muscular, e não fadiga.
Como diagnosticar as doenças causadoras da fadiga?
O histórico do paciente e o exame neurológico já podem levar, inicialmente, à suspeita de uma miastenia (diminuição da força muscular), que será comprovada especialmente pela eletroneuromiografia e pela terapêutica de prova (uso de remédios que melhoram a doença).
A contagem de glóbulos vermelhos poderá mostrar uma anemia como a causadora da fadiga, pois o déficit de oxigênio vai diminuir a capacidade de produção de energia.
Um problema cardíaco ou pulmonar irá também diminuir a quantidade de oxigênio no sangue: basta lembrar a fadiga dos viciados em cigarros.
O exame endocrinológico poderá mostrar, por exemplo, a fadiga existente nos déficits de potássio, seja por déficit na alimentação, seja devido ao uso de diuréticos ou a diarreias É importante ressaltar que o potássio só deve ser controlado por médicos, pois tanto o excesso como o falta dessa substância podem levar a conseqüências gravíssimas.
A energia muscular depende de nossa alimentação, assim como da absorção da comida ingerida. Regimes alimentares mal conduzidos, ou afecções do sistema digestivo poderão conduzir à fadiga. Desse modo, dosagens no soro de proteínas e suas frações, assim como provas de função hepática e pancreática são também importantes.
Os estudos de anticorpos antivirais, ou mesmo relativos a outras enfermidades, são importantes. Acredita-se que a própria Síndrome da Fadiga Crônica seria causada por alterações secundárias a essas afecções, enquadrando-a no grupo chamado Fadiga pós-viral, incluindo aqui também infecções não virais.
A mais estudada entre essas últimas é a fadiga pós-doença de Lyme, causada por uma borrélia. Esses processos infecciosos poderiam não matar as células responsáveis pela produção de energia, mas apenas diminuir sua capacidade de modo mais ou menos intenso.
O exame psicológico é absolutamente necessário em todos os casos. Mais de 30% dos pacientes fatigados apresentam apenas problemas de ordem psicológica. Por outro lado, a síndrome da fadiga crônica pode ser acompanhada por depressão desde o início, ou essa depressão pode mesmo ser ocasionada pela fadiga.
O teste cardiopulmonar com exercício pode também ser muito útil para verificar as causas de uma fadiga. Ele é extremamente complexo e mostra o oxigênio gasto, o gás carbônico eliminado e o quociente respiratório, além de vários outros fatores.
Como diagnosticar alterações no processo de produção de energia?
Através de exames de dosagem do ácido láctico e pirúvico, tanto em repouso como após exercícios realizados em condições aeróbicas e anaeróbicas. A biópsia muscular com histoquímica (processo químico usado para corar células) pode mostrar deficiência de enzimas como a fosforilase e a fosfofrutokinase.
Como a energia muscular pode ser obtida ainda através do metabolismo das purinas, o estudo desse metabolismo pode ser útil para sugerir déficit de energia, que será confirmado em uma biópsia muscular com histoquímica, para verificar um déficit de mioadenilato desaminase, enzima fundamental para que esse mecanismo energético se complete.
Se ocorrer comprometimento das mitocôndrias, que constituem "usinas produtoras da energia muscular", a dosagem de ácido láctico, aumentado já no repouso, ou muito aumentado após esforço muscular em condições aeróbicas, pode ajudar no diagnóstico. Por outro lado, a biópsia muscular com histoquímica com métodos próprios (Tricomio de Gomori modificado-SDH e NADH) e, principalmente, com microscopia eletrônica, podem confirmar o diagnóstico.
Como é o tratamento?
A Síndrome da Fadiga Crônica não tem causa ou mecanismo conhecidos, portanto seu tratamento não é bem determinado.
Não existe um medicamento específico para a síndrome da fatiga crônica mas o tratamento sintomático pode ser útil, utilizando-se analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides para combater as dores musculares, nas juntas, a febre, a dor de cabeça.
Quando os exames realizados comprovarem uma causa para a fadiga verificada, o tratamento dependerá do que foi encontrado.
Exercícios lentamente progressivos são muito relevantes e mesmo necessários.
Segundo estudos realizados, quando não for encontrada uma causa para a fadiga crônica, a afecção costuma durar em média 37 a 53 meses.
Qual é a importância do acompanhamento psicológico?
Na grande maioria dos casos, um apoio por psicólogo ou psiquiatra será útil. A doença é debilitante em todos pacientes e alguns casos são acompanhados de depressão.
Os pacientes precisam tanto de tratamento sintomático como de suporte emocional.
Como é o prognóstico da Fadiga Crônica?
O prognóstico não é mau, havendo porém grande necessidade de apoio do psiquiatra e também da família, que não deve permitir que o paciente se entregue ou se alimente mal.
É importante que o paciente seja otimista quanto à sua recuperação, siga uma dieta balanceada e colabore na fisioterapia bem orientada, sem grandes esforços.
É imprescindível que o paciente colabore no tratamento.
Bibliografia
- BEHAN PO, BEHAN WM, HAUROBIN D - Effect of high doses of essential fatty acids in the postviral fatigue syndrome. Acta Neurol (1990) 82:206-209.
- DI MAURO S, TONIN P, SEVIDEI S - Metabolic myopathies. In Vinken PJ, BRUYING W, KFANSAS H - Handbook of Clinical Neurology (1992) 494-496 .
- HOMES GP - Defining the chronic fatigue syndrome. Ver. Infec. Dis (1991), 13:53-55 - supl. 1. JAMAL GH, HANSEN S - Post viral fatigue syndrome evidence for underlyng organic disturbances in the muscle fibre. Europ Neurol (1989) 29:272-276.
- KINKAID JC - Muskle pain fatigue and fasciculations. In raman poupar. Neurologic Clinics. Saunders CO vol. 15pp.
- KLONOFF ALS - CFS Clin Infect Dis (1992), 1403-1410.
- LEVY JA, CARVALHO MS, LEVY A - Dor e fadiga muscular. Jornal Brasileiro de Medicina (1997), 72:78-84.
- LEVY JA, AROUCA EG, CERQUEIRA LA - Síndrome da Fadiga Crônica. Ann Paul Med Cir (1998) 31-34.
- SILVA A, LEITE JJ, CARVALHO MS et al - Teste do Esforço Cardiopulmonar na Avaliação de Doenças Musculares. Arq. Neuropsiq (1998) 56:258-266.
*Sobre o autor:
Professor Associado Docente-Livre da Clínica Neurológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Chefe da Seção de Fisioterapia da Real Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência
É autor de capítulos de livros e de artigos científicos publicados em revistas nacionais e estrangeiras
Autor do livro Miopatias pela Editora Atheneu, São Paulo, 1978.
Autor do livro Recuperação Neurológica pela Editora Atheneu, São Paulo, 2002.
Fonte: http://emedix.uol.com.br/col/jalevy.php
Descoberto genes responsáveis pelo Síndrome da Fadiga Crônica
A matéria é de 2010 - porém, nada foi encontrado, ainda, que confirme ou contrarie.
Cientistas britânicos acreditam ter identificado marcadores biológicos relacionados com o Síndrome daFadiga Crónica (SFC), o que poderá levar ao desenvolvimento de exames complementares que ajudem os médicos a diagnosticar a doença, e à descoberta de novos medicamentos para o seu tratamento.
Os investigadores encontraram alterações da forma como alguns genes eram expressos nos glóbulos brancos de indivíduos com o SFC, e relacionaram estas modificações, com a acção do vírus Epstein-Barr que para além de causar a Mononucleose Infecciosa, poderá desenvolver a SFC. Os cientistas estudaram a expressão dos genes dos glóbulos brancos de 25 pessoas saudáveis e compararam com o mesmo número de indivíduos que sofriam de SFC, e encontraram diferenças no comportamento de 35 dos 9.522 genes analisados. Após a aplicação de testes mais específicos, os autores do estudo verificaram que 15 dos genes eram quatro vezes mais activos em pessoas com o SFC, enquanto apenas um gene era menos activo. Segundo o Dr Russell Lane, um neurologista – “Estes interessantes trabalhos demonstram que esta doença complexa (SFC) poderá vir a ser cientificamente entendida em termos moleculares, e que o resultado destas pesquisas mostra que não é um somatório de várias patologias”. A perspectiva futura de os clínicos possuírem um exame complementar que os ajude no diagnóstico é também bastante animadora para a comunidade médica, dado que actualmente muitas pessoas que sofrem de SFC demoram um ano para saberem que sofrem desta doença pouco conhecida. As pessoas que sofrem do SFC, queixam-se habitualmente de cansaço intenso, para além de falta de forças, dor de cabeça e alterações do sono.
Fonte: http://www.medicoassistente.com/descoberto-genes-responsaveis-pelo-sindrome-da-fadiga-cronica
Cientistas britânicos acreditam ter identificado marcadores biológicos relacionados com o Síndrome daFadiga Crónica (SFC), o que poderá levar ao desenvolvimento de exames complementares que ajudem os médicos a diagnosticar a doença, e à descoberta de novos medicamentos para o seu tratamento.
Os investigadores encontraram alterações da forma como alguns genes eram expressos nos glóbulos brancos de indivíduos com o SFC, e relacionaram estas modificações, com a acção do vírus Epstein-Barr que para além de causar a Mononucleose Infecciosa, poderá desenvolver a SFC. Os cientistas estudaram a expressão dos genes dos glóbulos brancos de 25 pessoas saudáveis e compararam com o mesmo número de indivíduos que sofriam de SFC, e encontraram diferenças no comportamento de 35 dos 9.522 genes analisados. Após a aplicação de testes mais específicos, os autores do estudo verificaram que 15 dos genes eram quatro vezes mais activos em pessoas com o SFC, enquanto apenas um gene era menos activo. Segundo o Dr Russell Lane, um neurologista – “Estes interessantes trabalhos demonstram que esta doença complexa (SFC) poderá vir a ser cientificamente entendida em termos moleculares, e que o resultado destas pesquisas mostra que não é um somatório de várias patologias”. A perspectiva futura de os clínicos possuírem um exame complementar que os ajude no diagnóstico é também bastante animadora para a comunidade médica, dado que actualmente muitas pessoas que sofrem de SFC demoram um ano para saberem que sofrem desta doença pouco conhecida. As pessoas que sofrem do SFC, queixam-se habitualmente de cansaço intenso, para além de falta de forças, dor de cabeça e alterações do sono.
Fonte: http://www.medicoassistente.com/descoberto-genes-responsaveis-pelo-sindrome-da-fadiga-cronica
Assinar:
Postagens (Atom)