Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

terça-feira, 27 de março de 2012

PERFIL PSICOLÓGICO DO FIBROMIÁLGICO



Segundo Daniel Feldman, acredita-se que a fibromialgia possa estar relacionada a traços de personalidade herdados, como o perfeccionismo ou a rigidez na manifestação do comportamento.

O perfil psicológico dos pacientes está associado à baixa auto-estima, perfeccionismo, autocrítica severa e busca obsessiva pelo detalhe, afirma Ulrich Egle da Universidade de Mainz.

São geralmente pessoas que têm um nível de exigência pessoal muito grande e que realizam muitas tarefas ao mesmo tempo, garante Linamara R. Battistella, médica fisiatra e diretora do CMR - ligado ao Hospital das Clínicas de São Paulo. São indivíduos que se auto-impõem ritmos de trabalho intensos e prolongados no tempo.

Os pacientes com fibromialgia são muito altruístas, estão sempre prontos a ajudar quem mais precisa, carregam o mundo nas costas, preocupam-se com tudo e com todos e se afligem com o fato de que ninguém se preocupa com os problemas como eles. Apresentam personalidade rígida, ansiosa e agitada, com inclinação à psicossomatização.

Segundo E. S. Rachlin, os fibromiálgicos possuem padrões elevados e exigem muito deles próprios e de outros indivíduos. São extremamente cautelosos, honestos, éticos, persistentes, trabalhadores e virtuosos. Têm uma performance exemplar no trabalho, sentem desconfortáveis nos períodos de férias, dedicam pouco tempo ao descanso e são patologicamente auto-confiantes.

Fonte: http://www.fibromialgiabrasil.com.br/tx-perfil.htm

O papel da Psicologia na Fibromialgia

Aspectos psicossociais da Fibromialgia

Devido ao grande impacto deste síndrome na qualidade de vida dos fibromialgicos, a Psicologia possui recursos e instrumentos que podem ajudar a aliviar alguma da sintomatologia destes doentes, através de um plano psicoterapeutico. No entanto, convêm conhecer um pouco acerca da personalidade destes pacientes.

Historicamente, sujeitos que apresentem dores crónicas, são reconhecidas por possuírem uma personalidade estereotipada. Assim, são comuns, nos primórdios da literatura psicossomática, termos como personalidade enxaquecosa e personalidade reumática; da mesma forma a personalidade dos doentes de Fibromialgia é bem caracterizada.

Rachlin cita a opinião de Smyth na sua obra, segundo o qual “Os referidos pacientes estabelecem padrões elevados, sendo que exigem muito deles próprios e de outros indivíduos. São extremamente cautelosos, honestos, asseados, éticos, persistentes, trabalhadores e virtuosos” (Rachlin, 1994). O desgaste físico e mental para manter esta imagem social é enorme, o que acarreta stress e tensão, 2 factores inimigos e cruciais nos pacientes com Fibromialgia. Rachlin informa, que geralmente estes pacientes possuem uma história de vida anterior à doença, que tem uma performance exemplar no trabalho, tendo por vezes mais que um emprego, sentindo-se desconfortáveis nos períodos de férias, com pouco tempo dedicado ao descanso e patologicamente auto confiantes. (Rachlin, 1994).

Os pacientes com Fibromialgia, que apresentem este perfil de personalidade, a maioria dos casos, chegam aos consultórios com queixas de sofrimento psíquico, além da dor física. Costumam relatar episódios de depressão, este estado depressivo é habitualmente descrito por estes pacientes e bastante citado na literatura específica.

Diante de resultados obtidos em várias pesquisas, Rachlin cita Goldenberg, o qual sugere haver alguma ligação psicobiologica entre depressão e Fibromialgia. Não é conclusivo porém, se a depressão, quase sempre presente, é a causa, consequência ou sintoma concomitante ao síndrome. (Rachlin, 1994).

Formas para melhorar a qualidade de vida do fibromiálgico

· Tentar utilizar a energia da melhor forma possível, não desperdiçar energia.

· Planear e organizar as tarefas para que possa utilizar o mínimo de energia.

· Estabelecer prioridades de acordo com a sua importância, deixar para outro dia o que não poderá fazer nesse dia.

· Eliminar todas as tarefas não necessárias e evitar detalhes desnecessários.

· Delegar tarefas para outras pessoas. Não sentir sentimento de culpa por não conseguir fazer tudo o que quer.

· Concentrar a energia no que realmente precisa.

· Ter calma, dividir as tarefas pelos dias da semana.

· Fazer do sono e do descanso uma prioridade.

(The Fibromyalgia Help Book, Fransen et al)

Stressores

Os stressores têm sido apontados como um dos maiores factores presentes no desenvolvimento de muitos estados dolorosos e têm sido relacionados também na Fibromialgia.

A rigidez de carácter dos pacientes com Fibromialgia diminui a sua capacidade de adaptação, funcionando como um stressor permanente.

Outros stressores estão também presentes na qualidade de vida destes sujeitos:

· Perturbações de sono

· Dor constante

· Rigidez matinal

· Adaptação aos medicamentos

· Medos em relação ao desenvolvimento da doença

· Perda de memória

· Frustração constante

· Incompreensão por parte das pessoas significativas e outros.

Cabe ao psicólogo, auxiliar no manuseamento e controle destes stressores, pois induzem uma tensão muscular aos pacientes e existem amplas evidencias que tensões musculares prolongadas provocam dor.

Uma queixa também constante é a da ansiedade, gerada muitas vezes, do conflito entre o – “querer fazer“ e “poder fazer“.

Um aspecto importante na relação paciente-sindrome é a questão dos ganhos secundários. Como os sintomas destes pacientes são subjectivos, criam-se situações favoráveis para o oportunismo de alguns indivíduos, principalmente em relação às questões laborais.

Simulação de quadros clínicos, às vezes podem funcionar para perpetuar litígios de trabalho (Helfenstein, 1998).

De acordo com publicações científicas, apenas a uma minoria destes pacientes é reconhecida a incapacidade para o trabalho.

A contribuição do psicólogo

Perante o exposto, a contribuição do psicólogo deverá estar pautada numa abordagem que inclua os seguintes pressupostos:

1- Técnicas de relaxamento

Tem o objectivo de aliviar as tensões musculares, tranquilizar a mente, exercitar a respiração abdominal com o intuito de revitalizar todo o organismo e controlar o stress.

Deverão ser sugeridas uma variedade de técnicas para que o paciente escolha aquela, com a qual consegue atingir o objectivo - reduzir tensões.

Instruir o sujeito de maneira a que se torne pratica habitual nas suas actividades diárias.

2- Técnicas de sensibilização

As técnicas de sensibilização são aplicadas como forma de despertar o paciente para o uso dos seus próprios recursos no combate à dor (saindo de uma posição passiva para colaborar activamente no seu tratamento – proactividade).

Desenvolver a sua percepção com o objectivo de que possa relacionar os acontecimentos da sua vida emocional com os seu corpo (as questões emocionais afectam directamente o nível das suas dores). Portanto são motivados para a necessidade imperial de abrirem espaço nas suas vidas para a psicoterapia.

3- Técnicas de visualização

São um grande trunfo que os psicólogos têm nas mãos; ajudam o paciente a aumentar as suas resistências físicas e psíquicas; preparam-no para que o paciente possa perceber os momentos difíceis através de outra óptica, deixando-o mais relaxado e confiante, o que resultará no reforço das suas defesas imunológicas.

A imaginação, como a emoção, é responsável por libertar na corrente sanguínea, hormonas relaxantes ou estimulantes. Estes fazem com que os níveis de linfócitos T ou de imunoglobulina sanguínea aumentem, reforçando assim as defesas do organismo ou seja do Sistema Imunológico.

A Psiconeuroimunologia considera que existem conflitos emocionais subjacentes à doença.

Levar o paciente a identificar sentimentos, visualizar a sua dor , criar formas mentais de lidar com a mesma e combate-la, é tão eficiente como os processos da medicina convencional (medicamentos). Tem sido apresentados inúmeros relatos de sucesso com a aplicação desta técnica até no cuidados de pacientes com doenças oncológicas. (Simonton, 1987).

4- Orientação familiar

O Psicólogo pode auxiliar e informar no esclarecimento deste síndrome e sobre as limitações que este impõe, junto a familiares e pessoas significativas.

Assim como a família pode não reconhecer o desconforto do paciente, pode também super valorizá-lo; o paciente pode por sua vez, apresentar o mesmo movimento, maximizando a sua dor por conveniência, fazendo-se de vítima, ou, revoltando-se por não sentir o seu sofrimento respeitado.

5- Psicoterapia

A abordagem deve ser grupal, semanal, com número médio de 7 pacientes, tendo a Fibromialgia como elo de ligação entre os seus participantes.

O período de actividade dos grupos gira à volta dos 8 meses.

Embora o foco seja o síndrome, todas as outras questões de vida surgem na dinâmica da interacção grupal.

Estes pacientes necessitam que os médicos e os terapeutas lhes dêem “permissão” para que não sejam tão rígidos consigo próprios (Voeroy , 1993) .

Referências Bibliográficas

HELFENSTEIN JR, M. FELDMAN, D. – Prevalência da síndrome de fibromialgia em pacientes diagnosticados como portadores de lesões por esforços repetitivos, Rev. Bras. Reumatologia, Vol. 38 – 71-77, 1998.

MARTINEZ, J. E. E cols., – Analise critica de parâmetros de qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. Acta Fisiatrica, 5, 116-120, 1998.

RACHLIN, E. S. – Myofascial Pain and Fibromyalgia: Trigger Point Management. USA: Mosby- Year Book, Inc., 1994.

SIMONTON, O. C. – Com a Vida de Novo. São Paulo: Summus, 1987.

VOEROY, H., MERSKHEY, H. – Progress in Fibromyalgia and Myofascial Pain.

Netherlands: Elsevier Science Publishers B. V., 1993.

JANE OGDEN – Psicologia da Saúde.

I.A.S.P- Associação Internacional de Analgesia, 1979.

American College of Rheumatology

A.AARON, PH, D. – The Journal of Internal Medicine, 2001.

P.A.I.N. – Resultados do Workshop de Berlim, 2002

ALBERT SCHWEITER

FRANSEN ET AL, The Fibromyalgia Help Boock.

Fonte: http://fibrosite.no.sapo.pt/estudo14.html

POR QUE SORRIR FAZ BEM???


Pode parecer uma pergunta boba, não?

Mas não é!

Se descobrirmos os benefícios que recebemos num simples ato... o de SORRIR!

Quer descobrir por quê?

Então leia:

Melhore sua vida, sorrindo!

Sorria!



Sorrir ajuda a pessoas de todas as idades a viver um dia melhor. Sorrir espanta a melancolia, a tristeza e o mau humor... Rir faz bem à sua saúde, à sua vida familiar e profissional.

Psiquiatras, psicólogos e fisioterapeutas já declararam que sorrir, rir e gargalhar ajuda o paciente em tratamento de uma das doenças mais graves dos nossos dias: a depressão. Especialistas em terapia ocupacional para idosos recomendam a risoterapia para melhorar o equilíbrio mental e a auto-estima do idoso.

O ato de sorrir involve 28 músculos faciais (e às vezes, outros... - quem já nao se molhou de tanto rir?). Rir é, de fato, um anti-depressivo natural, pois o ato de sorrir em si faz com que o cérebro produza endorfinas - substâncias químicas semelhantes à morfina, que ao se propagar pelo corpo do invidíduo risonho produz uma sensação de bem-estar físico e emocional.

Sorrir também é recomendado por especialistas das áreas de vendas, marketing e recursos humanos. Um sorriso franco e espontâneo revela segurança, o que, sem dúvida, abre portas para o profissional.

Risoterapia

Para quem quer praticar uma risoterapia rápida, seguem algumas sugestõs para ativar o seu lado risonho:

  • Assista uma comédia
  • Assista um dos desenhos do Pateta
  • Leia piadas online
  • Faça uma festa com amigos, perucas e assessórios
  • Ligue para aquele(a) amigo(a) palhaço(a)
  • Assista algumas crianças interagirem
  • Coloque seu animal de estimação na frente de um espelho
  • Lembre-se com um amigo de uma situação engraçada que viveram juntos

Fonte: http://www.viverzen.com/saude/dicas_saude.php

Outra fonte....

Rir é o melhor remédioLevar tudo na esportiva, achando graça da vida (e até de si mesma!), é o caminho para viver bem. E tem mais: ainda funciona como um antídoto poderoso contra o envelhecimento da pele

SIMONE CUNHA

Quem nunca ouviu a canção que diz: "É melhor ser alegre que ser triste, a alegria é a melhor coisa que existe"? Pois não se trata só de rima. Há muito tempo se sabe que o ato de sorrir carrega propriedades terapêuticas, no entanto apenas recentemente ele ganhou aval científico na prevenção e no combate de doenças. O especialista em medicina estética Fábio Alex Marques, de São Paulo, lembra que no século 4 a.C. Hipócrates já usava a risoterapia na cura de seus pacientes, por meio de jogos e brincadeiras. "Os pensamentos bem-humorados operam maravilhas no organismo: regulam os níveis hormonais, aumentam a atividade imunológica e estimulam a produção de endorfina, substância responsável pelo bem-estar e que também protege o aparelho cardiovascular e tem ação antienvelhecimento", explica.


ALEGRIA ANTI-RUGAS

Quando você fica nervosa, ansiosa ou angustiada, involuntariamente contrai a musculatura do rosto, e, com o tempo, desenvolve as rugas e acelera o processo de degeneração da pele. "Ao sorrir, relaxamos, aliviamos a tensão e colocamos para trabalhar as dezenas de músculos que respondem pelas expressões faciais", comenta Marcius Mattos Ribeiro Luz, acupunturista e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Isso melhora a tonicidade e diminui a tendência à flacidez da derme. O sorriso também promove a vascularização e a oxigenação da cútis, deixando-a nutrida e com uma aparência jovial. O dermatologista Otávio R. Macedo (SP) concorda: "Rir é uma boa maneira de conservar a beleza. O bom humor dá um brilho ao olhar que ilumina o rosto e deixa qualquer pessoa mais bonita".

De olho nisso, a indústria cosmética recentemente 'colocou a felicidade' nas fórmulas dos cremes rejuvenescedores faciais. Isso mesmo: uma substância extraída de vegetais, a fitoendorfina, atua na derme exercendo efeitos positivos (semelhantes aos produzidos pelas endorfinas no organismo) que garantem nutrição e juventude prolongada. Disponível para manipulação por meio de prescrição médica, o ingrediente deixa a cútis 'feliz', eleva a hidratação, a elasticidade e a luminosidade.


GARGALHADA SECA-GORDURA

Quer mais motivos para se divertir? "Levando-se em conta que a pessoa perde calorias enquanto cai na risada, é possível até atestar que essa atividade emagrece", diz Marques. Ele acrescenta que rir cem vezes ao dia tem os mesmos efeitos sob os sistemas cardiovascular e imunológico que praticar 10 minutos diários de exercícios de remo, por exemplo. E, além de trabalhar a musculatura facial, a ação movimenta também o tórax, o abdômen e os membros superiores. Ou seja, é praticamente uma malhação. "A beleza, na verdade, é resultado do sorriso. Em primeiro lugar, é preciso sentir-se bonita. Isso favorece a saúde, a estética e o bem-estar", complementa.

Exercite a gargalhada

Não tem idéia de como manter o bom humor no dia-a-dia, diante do estresse e das cobranças da família e do trabalho? Confira algumas sugestões...

1 Reprograme o cérebro E não deixe o sorriso desaparecer do rosto. "Devemos ter em mente pensamentos positivos, de segurança e de sucesso. Isso é decisivo para cultivar a alegria e enfrentar as dificuldades", afirma o acupunturista Marcius Mattos Ribeiro Luz.

2 Sintonize o otimismo Não vale a pena prender-se a coisas que não podem ser mudadas. A alegria é algo interior, que precisa ser alimentada. "Sorrir atrai energias saudáveis e positivas", garante o dermatologista Otávio Macedo. E isso só é possível quando você começa o dia contente e se vê como uma vencedora, afastando a idéia de que a vida é recheada de desgraça.

3 Cobre-se menos Procure tirar proveito de um erro para aprender ainda mais. "Muitas vezes, uma coisa simples derruba o humor. O ideal é não levar tudo tão a sério", defende a psicóloga Yara Daros (RJ).

4 Faça boas escolhas Evite ocupar os momentos de lazer ouvindo coisas ruins. Opte por um bom livro, uma música agradável, um filme interessante. Divirta-se com os amigos, a família ou o bichinho de estimação.

5 Contagie-se O riso é um código universal, compreendido em qualquer parte do mundo. "Funciona como medicamento, atraindo coisas boas e abrindo caminhos para sanar conflitos", avalia Yara.

Fonte: http://corpoacorpo.uol.com.br/Edicoes/202/artigo11242-1.asp

CYMBALTA MAIS BARATO



CYMBALTA - princípio ativo: duloxetina

Eita remedinho caro!!!

Porém, esse tem sido muito precioso para alguns pacientes portadores da Síndrome de Fibromialgia.

Portanto, como é de interesse daqueles que usam ou passaram a usar o Cymbalta, dispomos aqui informações de como comprá-lo mais barato (muito mais barato!):

Fabricante:

Fabricado e embalado por: Eli Lilly and Company, Indianápolis - IN, EUA

Distribuído por: Eli Lilly do Brasil Ltda., Av. Morumbi, 8264, São Paulo – SP


SAC: SAC CYMBALTA - 0800 723 6666

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O fabricante possui alguma política de benefícios, quando compra direto com o fabricante. Tente!


Para ler a bula do Cymbalta, acesse: http://www.boehringer-ingelheim.com.br/arquivos/Cymbalta_paciente.pdf

*Para abrir essa página é preciso que você tenha o programa ADOBE instalado em seu computador.

Já somos mais de 1.000

Nem um ano se passou, e nosso grupo no Facebook (www.facebook.com/fibromialgia.associacao) já ultrapassou a marca de mais de 1.100 participantes.
Sabemos o quanto é difícil encontrar alguém com quem conversar, com quem desabafar, que possa nos compreender nos piores momentos. E por que não dizer nos melhores também?
Pois é assim que se construiu esse grupo. Uma grande família que compartilha de tudo!
Pode parecer piegas dizer que existe um lugar para lamúrias. Mas pense bem! Quem não tem seus momentos de "baixo astral" na vida. Melhor é quando podemos compartilhar nossas emoções com quem entende sem criticar, apoia sem esmorecer, e até torce sem conhecer.
Esse é o mundo virtual do bem. Uma grande família que se une em pról do bem comum do grupo ao qual faz parte. Não se vê rostos, ou se ouve palavras e sentimentos... Simplesmente somos solidários.
Incrível crer que isso seja possível. Então experimente!

Assim é nosso grupo...
Em 2007 formamos o grupo na rede social do Orkut, e depois migramos em meados de 2011 para o Facebook.

Como a interatividade é mais rápida e simples, esse número cresceu de maneira explosiva nos últimos 6 meses.
Quando a Mídia fala sobre fibromialgia, ou quando temos a oportunidade de um de nós fazer parte da matéria esse número cresce muito.
Claro que gostaríamos que o motivo de nossa união fosse por causas nobres, saudáveis, de felicidade... Porém o que nos une é a dor.
Porém, a dor também nos ensina muito... Duvida?

Pois bem! Publicamos no grupo um texto muito interessante sobre:

O QUE SE APRENDE COM A DOR (Gasparetto)

Postado por Mari Geuer Marcadores: Reflexão

Nesta semana ofereço um texto inspirador a você, que precisa de um empurrãozinho para encarar as mudanças e transformações tão necessárias na vida.

O texto nos mostra que as dificuldades e os momentos difíceis pelos quais passamos sempre trazem um ganho, uma recompensa. Mais que isso: a conseqüência de todo esse processo é o amadurecimento pessoal. É como se uma nova pessoa nascesse no lugar da outra, que passou por tantos desafios. Ou seja, surge alguém mais forte. Por certo alguém muito, muito melhor.

"Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca para sempre."

Assim acontece com a gente: as grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo.

Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. Milhos de pipoca que não estouram são pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosas. Mas elas não percebem, e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser.

De repente vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação nunca imaginada: a dor.

Pode ser fogo de fora - perder um amor, um filho, o pai, a mãe, ficar sem emprego ou tornar-se pobre.

Pode ser fogo de dentro - pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimentos cujas causas ignoramos.

Sempre há o recurso de apagar o fogo. Sem fogo, o sofrimento vai diminuir, mas diminuirá também a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pipoca, fechadinha dentro da panela, cada vez mais e mais quente, pensa que sua hora chegou: ‘vou morrer!’

Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não consegue imaginar um destino diferente para si. Não imagina a transformação para a qual está sendo preparada.

A pipoca não sabe do que é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM!

E ela aparece como outra coisa completamente diferente. Algo que ela nunca havia sonhado ser.

Bom, mas ainda temos o 'piruá' - aquele milho de pipoca que se recusa a estourar. É como aquela pessoa que insiste em não mudar.

Ela acha que não pode existir nada mais maravilhoso que sua própria maneira de ser. A presunção e o medo são as duras cascas do milho que não estoura. No entanto, o destino dele é triste: será duro pela vida inteira!

Deus é o fogo que amacia nosso coração e tira dele o que há de melhor. Acredite: para extrairmos o melhor de dentro de nós, temos de, assim como a pipoca, passar pelas provas da vida.

Talvez hoje você não entenda o motivo de estar passando por algo. Mas, quanto mais quente o fogo, mais rápido a pipoca vai estourar."

Vale refletir, sem dúvida!!!

O que te dói hoje é o corpo ou o espírito?
A disposição para virar um piruá, ou para se tornar uma bela pipoca?

A dor pode ser inevitável, mas o sofrimento é uma escolha.

O texto apresentado foi muito bem recebido pelo grupo. Muitos deixaram seu comentário afirmando terem aprendido muito com todo o sofrimento da dor. A grande maioria se diz mais sensível, mais receptiva, mais observadora, mais compreensível com os outros e consigo mesmas. Aprenderam também que é preciso tempo para amadurecer as coisas,... tudo a seu tempo!

Vou tratar numa próxima postagem sobre o perfil psicológico do fibromiálgico. Você verá como somos tão parecidos!

Até a próxima, e espero que tenham aproveitado essa leitura para um exame de consciência e reflexão.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Psicologia e Motivação - powered by FeedBurner

Psicologia e Motivação - powered by FeedBurner

O TEMA HOJE:

"Como posso ser feliz?"

Trabalho escrito por psicólogos, em site português (Portugal) muito interessante e acrescentador.

Vale a pena usar de seu tempinho na net para ler, e refletir!

Boa Leitura!

quinta-feira, 15 de março de 2012

PROTOCOLO PARA DOR CRÔNICA E FIBROMIALGIA -

A consulta pública de nr. 07 - que tratava sobre o Protocolo para Dores Crônicas e Fibromialgia encerrou-se dia 23.01.12.
Desde então, o protocolo sofreu alterações do que era seu original.
Veja como ficou através do link abaixo:


portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/cp_sas_ms_07_dor_cronica_2011.pdf

quarta-feira, 14 de março de 2012

ABRAFIBRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FIBROMIÁLGICOS: FIBROMIALGIA - INTERFACE COM O TRABALHO

ABRAFIBRO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FIBROMIÁLGICOS: FIBROMIALGIA - INTERFACE COM O TRABALHO

FIBROMIALGIA - INTERFACE COM O TRABALHO

Texto extraído do site da Sociedade Brasileira de Reumatologia. Formulado pela Comissão de Reumatologia Ocupacional, oferecendo informações sobre a relação Paciente Fibromiálgico e o Trabalho.
Fibromialgia - Interface com o Trabalho
Autoria: Comissão de Reumatologia Ocupacional


Fibromialgia (FM) é uma síndrome complexa e muitas vezes mal compreendida. Sua principal característica é a dor musculoesquelética crônica generalizada e muitos outros sintomas podem fazer parte dessa síndrome, tais como: fadiga; sono não reparador; rigidez; dores de cabeça; distúrbios cognitivos, depressivos e ansiosos. Distúrbios do sistema nervoso autônomo, tais como instabilidade da pressão arterial, tontura, vertigem, palpitações, sensação de dormência ou formigamento, também podem estar presentes.

É comum que muitos outros sintomas surjam como síndromes associadas à fibromialgia. Podem ocorrer associações com a síndrome do cólon irritável – causadora de distúrbios intestinais do tipo diarreia e/ou constipação – e síndrome da bexiga irritável, que pode provocar sintomas do tipo urgência miccional e dor para urinar.

Importante não esquecer que o portador de FM, como qualquer outra pessoa, pode ser acometido de qualquer outra enfermidade do aparelho locomotor, tal como lombalgia, tendinite, artrite, entre outras. Daí a importância de que o portador de FM mantenha um acompanhamento médico regular e procure seu médico assistente, caso surja um sintoma não usual.
A causa da FM não está claramente estabelecida. Os estudos médicos apontam para uma alteração da regulação do eixo neuro-hormonal associada a distúrbio do processamento, pelo sistema nervoso central, dos estímulos dolorosos. Muitas têm sido as pesquisas a respeito das causas da doença e do tratamento.

Hoje sabemos que para alcançarmos bons resultados na terapêutica não bastam somente medicamentos – embora hoje existam drogas razoavelmente eficazes com poucos efeitos colaterais. Mudanças de atitudes, tais como incorporar atividade física aeróbica à rotina e adoção de estratégias de controle do estresse aprendidas em espaço terapêutico com utilização de técnicas psicoterapêuticas do tipo cognitivo comportamental, tem demonstrado grande importância para o sucesso do tratamento.

Dada à multiplicidade de sintomas que podem surgir num paciente com FM, é frequente que ocorram confusões diagnósticas. Não há na literatura médica evidência que nos permita estabelecer relação direta de causa e efeito entre as diferentes modalidades de trabalho e o surgimento da FM. Da mesma forma, não existe conhecimento técnico especializado para sustentar a hipótese de que uma tendinite em membro superior, porventura relacionada a um tipo de atividade específico, possa, apesar do afastamento do trabalhador da atividade relacionada ao adoecimento tendinoso, se “espalhar” pelo corpo, causando dores generalizadas e causadoras de uma incapacidade total para o trabalho.

Há que se ter cuidado na condução desses casos. É preciso a colaboração de um especialista, pois pode-se tratar de um caso de FM no qual se estabeleça uma ligação errônea com o trabalho, atitude esta que, involuntariamente, pode conduzir a um tratamento incorreto da doença, podendo mesmo culminar numa uma incapacidade secundária à não utilização de uma terapêutica adequada e conseqüente piora do adoecimento.

A FM, pelas confusões diagnósticas que suscita, pode resultar em múltiplas visitas médicas, mal uso dos recursos de saúde e absenteísmo. Isso gera um impacto econômico e social importante que não deve ser menosprezado. A literatura aponta que de 9 a 26% dos pacientes com FM não estão trabalhando por incapacidade temporária ou permanente. Parte não desprezível desses números certamente vem como consequência de demora no diagnóstico e, portanto, no adiamento do tratamento adequado.

As consequências negativas na vida produtiva e relacional para o portador de FM são efetivamente minimizadas ou mesmo tornadas inexistentes para a maioria dos pacientes submetidos aos tratamentos hoje disponíveis. Não há motivo para temer a incapacidade nem para associar ao portador da síndrome qualquer estereótipo que envolva incapacidades múltiplas.

Limitações são comuns a vários tipos de padecimento crônico e a mudança do foco para as habilidades individuais existentes, em vez do cultivo de imagens míticas que envolvam incapacidades totais e completas, são fundamentais para que o portador de FM ou qualquer outro adoecimento crônico possa usufruir de uma vida plena, em especial no que diz respeito às dimensões sociais e econômicas.


Bibliografia

1. LERNER, MS et al. (2005). Work Disability Resulting from Chronic Health Conditions. Vol 47, JOEM.
2. HAZEMEIJER, I. RASKER, J.J. (2003). Fibromyalgia and Therapeutic Domain. A Philosophical Study on the Origins of Fibromyalgia in a Specific Social Setting. Rheumathology 2003; 42:507-515.
3. KLEINMAN, N et al. (2009). Burden of Fibromyalgia and Comparisons with Osteoarthritis in the Workforce. JOEM: vol.51, n°12
4. HELFENSTEIN, M; FELDMAN, D. (2002). Síndrome da Fibromialgia: Características Clínicas e Associações com outras Síndromes Disfuncionais. Vol 42. Rev. Bras. Reumatologia, 2002
5. MAIA, A B.A. (2005). A SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO E A FIBROMIALGIA:Revisão de Literatura e Proposta de Instrumento de Avaliação Clínica do Tipo Questionário para Estudo da Prevalência da Associação das Duas Patologias – Monografia de Conclusão do Curso de Especialização em Perícia Médica – Universidade Gama Filho, 2005.


Comissão de Reumatologia Ocupacional

Coordenador:
Milton Helfenstein Junior- SP

Membros:
Anna Beatriz Assad Maia – DF
Antônio Techy – PR
César Siena – SP
Mario Soares Ferreira - DF

Última atualização (18/04/2011)

Cartilha sobre Fibromialgia

Fibromialgia

Cartilha para pacientes

1. O que é Fibromialgia?

Fibromialgia é uma síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dor no corpo todo. Muitas vezes fica difícil definir se a dor é nos músculos ou nas articulações. Os pacientes costumam dizer que não há nenhum lugar do corpo que não doa. Junto com a dor, surgem sintomas como fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu) e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formigamentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais. Uma característica da pessoa com Fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão de pontos nos corpos.

2. Qual é a causa da Fibromialgia?

Não existe ainda uma causa definida, mas há algumas pistas de porque as pessoas têm Fibromialgia. Os estudos mostram que os pacientes apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem Fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com Fibromialgia interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. A Fibromialgia também pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem Fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.

O que não se discute é se a dor do paciente é real.

Hoje, com técnicas de pesquisa que permitem ver o cérebro em funcionamento em tempo real, descobriu-se que pacientes com Fibromialgia realmente estão sentindo a dor que dizem sentir.

Mas é uma dor diferente, em que não há lesão no corpo, e, mesmo assim, a pessoa sente dor. Mesmo não sabendo a causa exata, sabemos que algumas situações provocam piora das dores em quem tem Fibromialgia. Alguns exemplos são: excesso de esforço físico, estresse emocional, alguma infecção, exposição ao frio, sono ruim ou trauma.

3. Que grupo de pessoas é mais afetada pela síndrome?

A Fibromialgia é bastante frequente. No Brasil está presente em cerca de 2% a 3% das

pessoas. Acomete mais mulheres que homens e costuma surgir entre os 30 e 55 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.

4. Quais são os sintomas da Fibromialgia?

O principal sintoma da Fibromialgia é a dor generalizada (dor no corpo todo), percebida especialmente nos músculos. É muito comum que o paciente sinta dificuldade de definir onde está a dor, e muitos referem-na como sendo “nos ossos”, nas “juntas” ou “nas carnes”. Como os músculos estão presentes por todo o corpo, este é o motivo da confusão. Importante notar que não só o paciente refere dor espontânea, mas também bastante dolorimento ao toque. Comumente o paciente com Fibromialgia refere que não pode ser abraçado ou mesmo acariciado. Além da dor, o cansaço é uma queixa frequente na Fibromialgia. Muitas vezes é difícil diferenciar este cansaço da sonolência. As alterações do sono são extremamente comuns na Fibromialgia, e as primeiras alterações objetivas desta doença foram detectadas no estudo do sono (polissonografia) destes pacientes. Muitas vezes o paciente até dorme um bom número de horas, mas acorda cansado – é o famoso “sono não reparador” da Fibromialgia. Também pode ocorrer insônia, sensação de pernas inquietas antes de dormir e movimentos da perna durante o sono. Como a Fibromialgia é uma doença em que as sensações estão amplificadas, são comuns as queixas em outros lugares do corpo, como dor abdominal, queimações e formigamentos, problemas para urinar e dor de cabeça. Como outros pacientes que sofrem de dor crônica, existem também as queixas de falta de memória e dificuldades na concentração. Os distúrbios do humor como ansiedade e depressão são comuns e importantes, como será visto a seguir.

5. Por que algumas pessoas não acreditam na Fibromialgia?

A Fibromialgia é uma doença em que não existe uma lesão dos tecidos – não há inflamação ou degeneração. Com estudos mais modernos, verificou-se que a dor na Fibromialgia é causada por uma amplificação dos impulsos dolorosos, como se a pessoa tivesse um “controle de volume” desregulado. Isso só é visto em exames muito específicos, em pesquisas científicas. Na prática clínica, não há como provar que a pessoa está sentindo dor crônica – a reação corporal é muito diferente do que na dor aguda. O paciente não está agitado, suando frio, gritando como acontece em um infarto ou uma cólica renal. Na dor crônica, na maioria das vezes a pessoa comunica-se bem e parece calma. A reação à dor nota-se na presença de depressão, afastamento social, alteração do sono e cansaço. Tudo isso leva algumas pessoas, até mesmo profissionais de saúde, a terem dúvidas se os sintomas são reais ou não. Mas a experiência acumulada de anos, as histórias de dor muscular e outros sintomas sendo descritos da mesma maneira em vários locais do mundo, e mais recentemente a visualização do cérebro do paciente com Fibromialgia em funcionamento, permitem uma classificação bastante adequada dos pacientes como tendo esta condição.

6. Por que se fala tanto de depressão quando se toca no assunto Fibromialgia?

Tanto a ansiedade quanto a depressão 10 influenciam negativamente a Fibromialgia, de forma semelhante ao que ocorre em outras doenças. A depressão é muito frequente na Fibromialgia, estando presente em até 50% dos pacientes. Desta forma, frequentemente observamos pacientes com Fibromialgia e depressão. Ambas as condições atuam como um círculo vicioso, piorando o quadro. O paciente deprimido também apresenta distúrbio do sono e fadiga, sintomas comuns na Fibromialgia. É importante ressaltar, no entanto, que uma parcela considerável de pacientes com Fibromialgia não apresenta depressão, de forma que ambas, depressão e Fibromialgia, são condições clínicas diferentes. Da mesma forma, vários estudos confirmaram que a dor sentida pelo paciente com Fibromialgia é real, e não imaginária ou “psicológica” como alguns supunham. Quando presentes em um mesmo paciente, tanto a depressão quanto a Fibromialgia devem ser adequadamente tratadas.

7. Por que a Fibromialgia piora quando ficamos tristes ou deprimidos?

A interpretação da dor no cérebro sofre varias influências, dentre elas das emoções. As emoções positivas, como alegria e felicidade, podem diminuir o desconforto da dor e as negativas, como tristeza e infelicidade, podem aumentar este desconforto. Em parte isto é explicado pelos neurotransmissores (substâncias químicas cerebrais que conectam as células nervosas), como a serotonina e a noradrenalina, que têm papel importante na interpretação dador e na depressão. Desta forma, pacientes com

Fibromialgia que não estejam bem tratados do quadro depressivo terão níveis mais elevados de dor. É importante ressaltar que a piora observada no quadro doloroso é real e não é “psicológica”.

8. Como é feito o diagnóstico da Fibromialgia?

O diagnóstico da Fibromialgia é essencialmente clínico. O médico durante a consulta obtém algumas informações que são essenciais. Os sintomas mais importantes são dor generalizada, dificuldades para dormir ou acordar cansado e sensação de cansaço ou fadiga durante todo o dia. Alguns outros problemas podem acompanhar a Fibromialgia como depressão, ansiedade, alterações intestinais ou urinárias, dor de cabeça frequente, entre outros. Ao examinar, o médico pode observar uma grande sensibilidade em pontos específicos dos músculos. Estes pontos são conhecidos como pontos dolorosos. Hoje não se valoriza muito a quantidade de pontos que estão dolorosos, mas a sua presença ajuda nesse diagnóstico. Uma organização médica americana chamada Colégio Americano de Reumatologia criou alguns critérios para ajudar esse diagnóstico. Eles incluem dor difusa e os pontos dolorosos já citados. Esses critérios são muito utilizados para realizar pesquisas sobre Fibromialgia, mas no dia a dia o principal é a avaliação médica. Ainda na consulta podem ser utilizados alguns questionários que ajudam tanto no diagnóstico quanto no acompanhamento dos pacientes. Entre esses questionários eu citaria o Índice de Dor Generalizada, o Índice de Severidade dos Sintomas e o Questionário de Impacto da Fibromialgia.

9. Existe algum exame que faça o diagnóstico da Fibromialgia?

Em relação ao diagnóstico, não existem exames para Fibromialgia. O diagnóstico é totalmente clínico e feito através dos sintomas e sinais. O seu médico pode pedir exames para excluir doenças que se apresentam de forma semelhante à Fibromialgia ou ainda para detectar outros problemas que podem ocorrer junto e influenciar na sua evolução.

10. Existe cura para a Fibromialgia?

A Fibromialgia vai me deixar aleijado ou deformado?

A Fibromialgia é uma condição médica crônica, significando que dura por muito tempo, possivelmente por toda a vida. Entretanto, pode ser confortador saber que, embora não exista cura, a Fibromialgia não é uma doença progressiva. Ela nunca é fatal e não causa danos às articulações, aos músculos, ou órgãos internos. Embora ainda não tenha sido descoberta a cura para Fibromialgia, em muitas pessoas ela melhora com o tempo, e há casos nos quais os sintomas retrocedem quase

totalmente. A Fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle. Isso porque, na pessoa predisposta, suas manifestações ocorrem ao longo da vida, na dependência de uma gama de fatores físicos e emocionais. Nesse contexto, as manifestações devem ser tratadas na direta proporção de sua gravidade. Porém, com o tratamento atual da Fibromialgia é possível a pessoa experimentar ficar sem dor ou com a dor em um nível muito baixo. Os outros sintomas como a fadiga, a alteração do sono e a depressão também podem ser tratadas adequadamente. Mais do que em outros problemas, o tratamento da Fibromialgia depende muito do paciente. O médico deve atuar mais como um guia do que somente uma pessoa que fornece remédios. É muito importante que a pessoa com Fibromialgia entenda que a atividade física regular terá que ser mantida para o resto da vida, pelo risco de a Fibromialgia voltar se esta atividade for interrompida. Diferentemente Fibromialgia não causa deformidades ou incapacidades físicas graves. Entretanto, podemos observar, em um número significativo de pacientes, uma queda importante da qualidade de vida, com reflexos nos aspectos social, profissional e afetivo destes pacientes.

Uma questão central para os fibromiálgicos é a dificuldade para a execução de tarefas, profissionais ou do cotidiano. Os pacientes mostram-se extremamente inseguros quanto ao desempenho pessoal, gerando um estado crônico de revolta em relação a sua saúde. Queixam-se frequentemente da redução da qualidade do seu trabalho, com consequente influência em sua vida profissional e mesmo na renda familiar.

Comuns também são relatos de indiferença por parte de amigos e familiares, problemas conjugais e diminuição da frequência de atividades de lazer e mesmo religiosas. Cerca de 70% dos pacientes com Fibromialgia referem que a doença afeta negativamente a sua vida sexual, na mesma proporção para o(a) companheiro(a). Os familiares também sofrem neste convívio com os portadores de fibromialgia, devido ao intenso estresse psicológico. É importante salientar, que a gravidade da Fibromialgia pode estar também relacionada com as diversas outras doenças crônicas como a Artrite Reumatoide, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Artrose, Tendinites, entre outras que afetam o aparelho osteoarticular. Da mesma forma, torna-se mais grave quando associada aos distúrbios psiquiátricos como a depressão e ansiedade.

11. Devo fazer algum tipo de atividade física?

Sim. Além dos muitos benefícios à saúde, a atividade física é reconhecidamente um método não medicamentoso de grande impacto na melhora da dor, do humor e da qualidade de vida dos pacientes com Fibromialgia. Constitui-se, assim, uma intervenção fundamental, aliada às medidas medicamentosas, para o tratamento da Fibromialgia.

12. Será que eu não vou piorar se fizer atividade física? Como devo fazê-la?

Os exercícios físicos são seguros. Antes de iniciá-los, no entanto, é importante realizar uma avaliação funcional e de riscos potenciais inerentes aos sistemas cardiovascular, respiratório e locomotor, bem como dos medicamentos em uso.

A atividade física deve, portanto, ser individualizada e prescrita pelo médico e, se for necessário, acompanhada por profissional especializado na área. Os exercícios são classificados em aeróbicos, de fortalecimento e de alongamento. Dentre esses, os aeróbicos no solo (caminhadas) ou na piscina (hidroginástica) são os mais bem estudados e de valor definido como determinantes da melhora de vários parâmetros clínicos da fibromialgia (dor, distúrbios do sono, fadiga, depressão e ansiedade).

Os exercícios de fortalecimento e de alongamento também têm seu valor cada vez mais reconhecido e podem ser prescritos como forma segura e eficaz para o tratamento não-medicamentoso da Fibromialgia. Quanto à adaptação e aos resultados de um determinado programa de atividade física, deve-se salientar que os parâmetros de melhora podem demorar algumas semanas para serem reconhecidos, e, dado o condicionamento prévio de cada indivíduo, pode até ocorrer uma piora da dor nas primeiras semanas da realização dos exercícios. Dessa maneira, a atividade física deve ser sempre iniciada de forma gradual, com incrementos progressivos ao longo do programa. O ideal é que seja realizada de três a cinco vezes por semana, durante 30 a 60 minutos. Por último, a prática de exercícios físicos deve ser prazerosa e parte do estilo de vida de cada um. Discuta com seu médico suas preferências. É importante considerar o tipo de exercício, o local e o horário para praticá-lo. O importante é realizá-lo com regularidade.

13. A acupuntura pode melhorar meus sintomas?

A acupuntura tem sido utilizada para tratamento de dores há séculos, porém sem evidências científicas fortes. Vários trabalhos realizados apresentam resultados contraditórios, de forma que não há consenso em recomendá-la para pacientes com Fibromialgia. Mesmo os trabalhos de autores orientais, adeptos da prática, em que o resultado é de uma eficácia maior, afirmam que há necessidade de pesquisas mais aprofundadas, com maior número de pacientes. Ou seja, ainda não há um consenso sobre sua utilidade e ação terapêutica na Fibromialgia.

14. O que é terapia cognitiva-comportamental? Como ela pode me ajudar?

A psicoterapia cognitiva-comportamental (TCC) leva principalmente em conta a forma como cada um age perante os acontecimentos do dia a dia, para tentar entender e modificar suas emoções e seu modo de agir. Desta forma, a TCC dá uma grande ênfase aos pensamentos do cliente e à forma como este interpreta o mundo, sendo que seu objetivo é ajudá-lo a aprender novas estratégias para atuar no ambiente de forma a promover mudanças necessárias. Na Fibromialgia, a TCC poderia auxiliar o paciente a entender e interpretar melhor suas atitudes frente à dor e demais sintomas da Fibromialgia para enfrentá-los de forma mais eficaz. Em Fibromialgia, os resultados são conflitantes, com trabalhos demonstrando resultados variáveis com melhora na dor, depressão e capacidade funcional em curto prazo; outros somente se associados à farmacoterapia, mas não mantém os efeitos após um ano.

15. Por que os anti-inflamatórios ou outros remédios para dor não me ajudam?

Os anti-inflamatórios e os analgésicos simples são excelentes medicamentos para tratar as dores associadas a dano tecidual. Como exemplo, citamos a dor causada por uma contusão muscular.

Nesta situação temos um dano no tecido muscular que origina a dor e o anti-inflamatório atuará para tratá-la e sanar a inflamação muscular. Na Fibromialgia não sabemos ainda a causa exata dador. Não identificamos nenhum dano tecidual. O que ocorre é que nos pacientes com Fibromialgia há uma sensibilidade maior à dor comparada a pessoas sem Fibromialgia. Isso acontece porque o cérebro das pessoas com Fibromialgia interpreta exageradamente os estímulos nervosos. Os analgésicos e anti-inflamatórios não são eficazes na Fibromialgia, pois não conseguem regular o cérebro para diminuir a sensação exagerada de dor que é sentida pelos pacientes.

16. Por que somos tratados com medicamentos para depressão e convulsão se não sofremos disso?

Como temos citado aqui, na Fibromialgia há toda uma falta de regulação da dor por parte do cérebro. Isto ocorre em parte por alterações dos níveis de neurotransmissores no cérebro. Os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, as células nervosas. Estas células enviam informações a outras células por meio de neurotransmissores. Existem neurotransmissores que agem diminuindo a dor e outros que a intensificam. Os antidepressivos e neuromoduladores atuam aumentando a quantidade de neurotransmissores que diminuem a dor, sendo por isso eficaz e utilizado no tratamento da Fibromialgia.

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Fonte: http://reumatologia.org.br/userfiles/file/Cartilha%20fibromialgia.pdf