Seja Bem Vindo ao Universo do Fibromiálgico

A Abrafibro - Assoc Bras dos Fibromiálgicos traz para você, seus familiares, amigos, simpatizantes e estudantes uma vasta lista de assuntos, todos voltados à Fibromialgia e aos Fibromiálgicos.
A educação sobre a Fibromialgia é parte integrante do tratamento multidisciplinar e interdisciplinar ao paciente. Mas deve se estender aos familiares e amigos.
Conhecendo e desmistificando a Fibromialgia, todos deixarão de lado preconceitos, conceitos errôneos, para darem lugar a ações mais assertivas em diversos aspectos, como:
tratamento, mudança de hábitos, a compreensão de seu próprio corpo. Isso permitirá o gerenciamento dos sintomas, para que não se tornem de difícil do controle.
A Fibromialgia é uma síndrome, é real e uma incógnita para a medicina.
Pelo complexo fato de ser uma síndrome, que engloba uma série de sintomas e outras doenças - comorbidades - dificulta e muito os estudos e o próprio avanço das pesquisas.
Porém, cientistas do mundo inteiro se dedicam ao seu estudo, para melhorar a qualidade de vida daqueles por ela atingidos.
Existem diversos níveis de comprometimento dentro da própria doença. Alguns pacientes são mais refratários que outros, ou seja, seu organismo não reage da mesma forma que a maioria aos tratamentos convencionais.
Sim, atualmente compreendem que a síndrome é "na cabeça", e não "da cabeça". Esta conclusão foi detalhada em exames de imagens, Ressonância Magnética Funcional, que é capaz de mostrar as zonas ativadas do cérebro do paciente fibromiálgico quando estimulado à dor. É muito maior o campo ativado, em comparação ao mesmo estímulo dado a um paciente que não é fibromiálgico. Seu campo é muito menor.
Assim, o estímulo dispara zonas muito maiores no cérebro, é capaz de gerar sensações ainda mais potencialmente dolorosas, entre outros sintomas (vide imagem no alto da página).
Por que isso acontece? Como isso acontece? Como definir a causa? Como interromper este efeito? Como lidar com estes estranhos sintomas? Por que na tenra infância ou adolescência isso pode acontecer? Por que a grande maioria dos fibromiálgicos são mulheres? Por que só uma minoria de homens desenvolvem a síndrome?
Estas e tantas outras questões ainda não possuem respostas. Os tratamentos atuais englobam antidepressivos, potentes analgésicos, fisioterapia, psicoterapia, psiquiatria, e essencialmente (exceto com proibição por ordem médica) a Atividade Física.
Esta é a parte que têm menor adesão pelos pacientes.
É dolorosa no início, é desconfortante, é preciso muito empenho, é preciso acreditar que a fase aguda da dor vai passar, trazendo alívio. Todo paciente precisa de orientação médica e/ou do profissional, que no caso é o Educador Físico. Eles poderão determinar tempo de atividade diária, o que melhor se adequa a sua condição, corrige erros comuns durante a atividade, e não deixar que o paciente force além de seu próprio limite... Tudo é comandado de forma progressiva. Mas é preciso empenho, determinação e adesão.

TRADUTOR

domingo, 25 de setembro de 2011

Avaliação da satisfação sexualidade em pacientes fibromiálgicos






Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia
Assessment of sexual satisfaction in fibromyalgia patients


Evelin Diana Goldenberg Meirelles Mariano da Costa
1
, Maximiliano Cassilha Kneubil
2
, Wanderson Correa Leão
2
Karol Bezerra Thé
2
ABSTRACT
Objective: To evaluate sexual experience and satisfaction in women with fibromyalgia. Methods:  Twenty women with fibromyalgia we r e   c omp a r e d   t o   2 0   n o rma l  wome n   u s i n g  Be c k   d e p r e s s i o n inventory and another questionnaire on sexual experience and satisfaction. The following aspects were addressed: age, past medical and surgical history, obstetric events, schooling, use of
medication, religion, marital status, and drug use. Statistical analyses were performed using chi-squared test or Fisher’s test, whenever appropriate, and Student’s  t test.  Results:  The mean age of women with fibromyalgia was lower than that of the control group. There were more married women in the  fibromyalgia group.
These patients showed greater modification in sexual activities (p = 0.01); greater difficulty in having orgasm (p = 0.01) and were more likely to masturbate (p = 0.053).

Conclusions: Fibromyalgia probably interferes in sexual function of women with this condition.
Further studies are necessary to evaluate this issue.
Keywords:  Fibromyalgia; Sexual disfunction; Muscle diseases; Rheumatologic diseases

RESUMO
Objetivo: Avaliar a experiência e a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia.
Métodos: Foram avaliadas 20 pacientes do sexo feminino, portadoras de fibromialgia e comparadas a 20
controles não portadoras de fibromialgia, por meio do inventário de depressão de Beck e um questionário sobre experiência e satisfação sexual. Foram questionadas quanto a idade, antecedentes pessoais, passado obstétrico e mórbido.
escolaridade, ingestão de medicamentos, religião, estado civil e uso de drogas. A análise estatística foi feita por meio dos testes do qui quadrado e exato de Fisher, quando pertinente, e do teste de Student.

Resultados:  A média de idade das pacientes com fibromialgia foi significativamente inferior à dos controles e no grupo de portadoras de fibromialgia houve maior número de mulheres casadas.
 Essas pacientes mostraram modificação da atividade  sexual  em maior número que as do grupo   controle (p = 0,01), maior dificuldade em atingir o orgasmo (p = 0,044), tendência maior à necessidade de masturbação (p = 0,053).

Conclusões:  A fibromialgia provavelmente interfere na função sexual de mulheres portadoras da afecção. Sugerem-se novas pesquisas para estudo do assunto.
Descritores: Fibromialgia; Disfunção sexual; Doenças musculares; Doenças reumatológicas

INTRODUÇÃO
É denominado disfunção sexual todo problema que interfira na resposta da expressão sexual humana a
estímulos eróticos, seja ele de origem psicológica, biológica ou social.
O  t e rmo di s funç ão  s e xual  feminina engloba o transtorno orgástico feminino , o transtorno de excitação sexual feminina e o transtorno de desejo
sexual  hipoativo.  Entretanto, até  por  questão de definição , tudo isso  só seria “ doença ”  quando
ocasionasse algum tipo de sofrimento. O que vemos muitas vezes é uma “doença relativa”, se podemos usar esse termo. Trata-se de uma mulher com desempenho sexual aquém daquilo que espera seu companheiro, mas, por ela mesma, não haveria sofrimento.

Segundo o National Health and Social  Life Survey(1), um terço das mulheres relata falta de interesse sexual , e quase um quarto das mulheres não.


ARTIGO ORIGINAL
1
Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Médica da Disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
2
Médico Residente da Disciplina de Clínica Médica da Escola Paulista de Medicina - UNIFESP.
Endereço para correspondência: Evelin Diana Goldberg Meirelles Mariano da Costa - Av. Nove de Julho, 4303 - CEP 01407-901 - Jardim Paulista - São Paulo (SP), Brasil.
Recebido em 16 de março de 2004 – Aceito em 6 de agosto de 2004einstein. 2004; 2(3):177-81
178 Costa EDGMM, Kneubil MC, Leão WC, Thé KB experimenta orgasmo. Um pouco menos de 20% tem dificuldades de lubrificação e mais de 20% acha o sexo desagradável. Uma soma desses números mostra a ampla prevalência de queixas sexuais femininas. Estudos populacionais mostram que a disfunção sexual é mais prevalente em mulheres (43%) que em homens (31%) e está associada a fatores psicossociais e outros, como raça, escolaridade, uso de medicamentos e experiências sexuais  negativas
( 2 - 3 )
.   Estudos comunitários em mulheres mostram que 33%-39%  relatam diminuição  no desejo   sexual
( 4 ) , sendo considerado o principal problema em clínicas de terapia sexual (5-6).

Outro estudo concluiu que 50% dos homens e 77% das mulheres relatam dificuldades sexuais que não são de natureza disfuncional (como falta de interesse ou inabilidade em relaxar). A falta de satisfação sexual relatada relacionou-se mais fortemente a um maior número de dificuldades do que a alguma disfunção (7).
Dentre as doenças músculo esqueléticas , a fibromialgia vem ganhando destaque devido à sua alta
prevalência em consultórios de clínica geral  e reumatológicos - 2,1% em clínicas particulares
(8) , 5,7% em ambulatórios de clínicas particulares (9), 5%-8% em hospitais gerais (1 0)  e 14 % - 20 % em clínicas reumatológicas (11-12)
. A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, não inflamatória, caracterizada pela presença de dor musculoesquelética difusa e múltiplos pontos dolorosos ou “tender points” à palpação (13-14).
Estudos mais recentes nos Estados Unidos, constataram que 2% da população apresenta fibromialgia (15), sendo 80%-90% do sexo feminino, com a média de idade variando entre 30-60 anos. Estudo
brasileiro, de 2004, avaliou em 2,5% a prevalência de fibromialgia em população da cidade de Montes Claros (16).
Sua etiologia é bastante complexa, envolvendo alterações de neurotransmissores envolvidos na modulação da dor, distúrbios de perfusão do tálamo, alterações de eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, bem como distúrbios do sono (17). Além da dor persistente, 90% dos pacientes exibem fadiga crônica
(18), bem como 25% dos pacientes apresentam depressão maior no momento do de história de depressão(19).
Sabe-se que há um grande prejuízo na qualidade de vida em pacientes portadores de fibromialgia considerada inferior à de pacientes com outras doenças reumatológicas, diabetes, insulino-dependente ou doenças pulmonares. obstrutivas crônicas (20). Dados preliminares de um estudo mostram que a satisfação sexual se acha significativamente diminuída na FM, comparada com indivíduos normais
(21). No caso da FM, uso de antidepressivos, bem como fatores psicológicos como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e fadiga podem contribuir para a diminuição da qualidade sexual dessas pacientes (21).
Embora a satisfação sexual seja um importante determinante na qualidade de vida, existem poucos
estudos que avaliem esse aspecto em pacientes portadoras de fibromialgia, o que motivou a realização do presente trabalho.

OBJETIVO
Avaliar a experiência e a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia comparadas a um grupo controle.

MÉTODOS
O trabalho foi realizado no ambulatório da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São
Paulo - Escola Paulista de Medicina.
Foram avaliadas 20 pacientes do sexo feminino que preenchiam os critérios de fibromialgia pelo Colégio
Americano de Reumatologia (22)  e 20 mulheres sem fibromialgia, com idades entre 18 e 45 anos. As
pacientes e os controles foram questionados quanto a idade, antecedentes pessoais, passado obstétrico e passado mórbido, escolaridade, ingestão de medicamentos, religião, estado marital e uso de drogas. Os critérios de exclusão incluíram a presença de:
1. uso de antidepressivos e metildopa;
2.  menopausa;
3.  doenças inflamatórias reumatológicas;
4.  doenças neurológicas, psiquiátricas, cardíacas, pulmonares ou ginecológicas;
5.  gravidez;
6.  mulheres sem vida sexual ativa;
7.  depressão moderada/grave;
8.  alcoolismo;
9.  tabagismo;
10. escolaridade inferior ao primeiro grau.

Foi aplicado o inventário de depressão de Beck (23-24) para afastar casos de depressão moderada e grave e um questionário de experiência e satisfação sexual, elaborado a partir dos seguintes questionários já validados: Changes in Sexual Functioning.
Questionnaire (25), Arizona Sexual Experiences Scale (26), Psychotropic - related Sexual Disfunction

Questionnaire (27).
Todas as mulheres assinaram um termo de consentimento para participar do trabalho.
O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição. Einstein. 2004; 2(3):177-81
Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadores de fibromialgia 179

ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para avaliar se as variáveis explicativas (estado marital,nível de escolaridade, etc.) eram independentes do grupo (controle e fibromialgia), utilizou-se o teste Quiquadrado (+) para tabelas 2x2.
Quando a freqüênc i a   e spe r ada   em  a l guma  das caselas era menor do que 5, utilizou-se o teste Exato de Fisher (++).
Adotou-se um nível de significância de 0.05.
O mesmo procedimento foi utilizado para avaliar se o resultado de cada questão (com duas categorias)
era independente do grupo (controle e fibromialgia).
Para avaliar se as variáveis idade e escore total foram, em média, as mesmas para os dois grupos (controle e fibromialgia), utilizou-se o teste t de Student.

RESULTADOS
A tabela 1 mostra características da população estudada, suas diferenças e nível de significância.

Tabela 1.
Médias de idade e desvio padrão no grupo controle e no grupo fibromialgia. Número de mulheres e suas respectivas porcentagens com e sem marido no grupo controle e no grupo fibromialgia. Nível de escolaridade no grupo controle e no grupo fibromialgia. Estado religioso no grupo controle e no grupo fibromialgia Características Controle Fibromialgia  Nível descritivo Idade e desvio-padrão média 28.5±10.3 34.9±6.6 0.03



A idade média das pacientes do grupo fibromialgia foi 34,9 anos e, no grupo controle, 28.5 anos, sendo essa diferença estatisticamente significativa (p = 0.03).
Quanto ao estado marital, as pacientes portadoras de fibromialgia eram na sua maioria casadas quando comparadas às mulheres do grupo controle, sendo esse dado estatisticamente significativo (p = 0,011), Os dois grupos foram homogêneos quanto ao nível de escolaridade, bem como estado religioso.
Quanto ao grau de satisfação sexual, grau de satisfação do parceiro, presença de dor à relação sexual necessidade do uso de fetiches, relato de orgasmo precoce, necessidade de posições ou atividades peculiares,  sentimento de culpa, não houve diferenças estatisticamente significativas entre os 2 grupos (tabelas 2 e 3)


Quanto à necessidade de masturbação, houve uma tendência à frequência maior de masturbação no grupo fibromialgia comparado ao grupo controle (p = 0,053) ...


Por meio das questões de 1 a 14 do questionário de Beck(23), respondidas pelas pacientes portadoras de fibromialgia e pelo grupo controle, foram também - einstein. 2004; 2(3):177-81 - 180 Costa EDGMM, Kneubil MC, Leão WC, Thé KB avaliados os seguintes parâmetros: intensidade do desejo sexual, grau de facilidade de excitação, grau de facilidade para atingir o orgasmo, grau de satisfação aos orgasmos, grau de conforto com o próprio desempenho sexual, freqüência da atividade sexual, freqüência de pensamentos sexuais, início da atividade sexual, lubrificação vaginal, freqüência de excitação durante as atividades sexuais, freqüência de orgasmo, grau de prazer durante as atividades sexuais capacidade de se obter orgasmo e freqüência de dor à penetração ou de orgasmos dolorosos (tabela 6)

Dentre esses parâmetros, verificou-se que as pacientes com fibromialgia apresentaram menor capacidade de obter orgasmo quando comparadas ao grupo controle (p = 0,044) (tabela 7). Nos demais itens não houve diferenças significativas entre as pacientes portadoras de fibromialgia e os controles.



DISCUSSÃO
A fibromialgia se caracteriza por dor generalizada pelo corpo que pode ser acompanhada por fadiga, distúrbios do  sono,   irritabilidade,  bem como depressão. As portadoras apresentam diminuição importante da qualidade de vida, sendo mesmo comparadas a doentes com doença pulmonar obstrutiva crônica(20).
O presente trabalho pode ser considerado como estudo preliminar e teve como objetivo avaliar a satisfação sexual em pacientes portadoras de fibromialgia, quando comparadas a mulheres sem fibromialgia, todas elas fora da menopausa, para que não ocorressem interferências coma as variações hormonais. Para tanto, foi utilizado os questionário Beck (23-24) e ainda outro, relativo a experiência e satisfação sexual (25-27).
Considerando-se que a idade média de pacientes brasileiras portadoras de fibromialgia se acha em torno de 43,2 anos (16), verificou-se, no presente trabalho, que a idade média encontrada entre os grupos esteve abaixo daquela. Embora tenha havido diferença significativa entre as idades nos grupos, interessava apenas situar as pacientes efetivamente abaixo da época da menopausa e esse achado, portanto, não foi valorizado na interpretação dos resultados.
Por outro lado, o fator religiosidade, que poderia influenciar no comportamento sexual das pacientes (28), não foi diferente entre os grupos.
Com relação ao estado marital, houve uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos, sendo que as pacientes com fibromialgia eram em sua maioria casadas e as controles com parceiros, não casadas.
Apesar da provável estabilidade emocional do casamento, essas pacientes apresentaram grau de insatisfação maior, bem como modificação da atividade sexual, quando comparadas ao grupo controle. provavelmente relacionada à dor, fadiga, irritabilidade, distúrbios do sono ou até insatisfação com o parceiro, de acordo com os achados da literatura (21).
As pacientes portadoras de fibromialgia também apresentaram uma tendência à necessidade de estimulação/masturbação prévia, quando comparadas ao grupo controle, que se aproximou da significância estatística. Talvez por apresentarem modificação da atividade sexual, mostraram-se com maior necessidade de estimulação/masturbação prévia.
Quanto ao desejo sexual, evidenciou-se que no grupo controle a minoria relatava fraco desejo, enquanto nas pacientes com fibromialgia, um grupo maior relatava menor desejo, número este que não atingiu significância estatística, talvez pelo pequeno número de pacientes entrevistadas.
Quanto ao grau de excitação, houve uma tendência das pacientes com fibromialgia a apresentarem dificuldade quando  Einstein. 2004; 2(3):177-81
Avaliação da satisfação sexual em pacientes portadores de fibromialgia 181 comparadas ao grupo controle. No que diz respeito ao orgasmo, as pacientes com fibromialgia tiveram dificuldade em atingir o orgasmo, além de não se mostrarem capazes de atingi-lo sempre que o desejassem, havendo significância estatística. Pode-se especular que esse fato poderia também estar relacionado à dor, fadiga ou irritabilidade.
Sugere-se, portanto, que outras pesquisas abordem o tema, envolvendo maior número de pacientes, para o estabelecimento de achados definitivos.

CONCLUSÕES
A fibromialgia provavelmente interfere com o grau de satisfação sexual entre mulheres portadoras da afecção, pois houve modificação da atividade sexual sob os critérios de interesse, excitação e orgasmo, tendência maior à necessidade de masturbação e menor capacidade de se obter orgasmo, quando comparadas ao grupo controle de mulheres sem fibromialgia.




REFERÊNCIAS
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results from the national health and social life survey. Int J Impot Res. 1999; 11 Suppl 1:S60-4.
2. Muller KG, Bieber C, Muller A, Blumenstiel K, Eich W. Psychosocial factors in
a fibromyalgai syndrome patient. Assesment by means of electron pain
diaries-casuistic and multivariate time series analysis. Schmerz. 2004;8(1):45-
52.
3. Modell JC, Katholi CR, Modell JD, Depaula RL. Comparative sexual side
effects of bupropion, fluoxetine, paroxetine and sertraline. Clin Pharmacol
Ther. 1997; 61(4):476-87.
4. Laumann EO, Paik A, Rosen RC. Sexual dysfunction in the United States:
prevalence and predictors. JAMA. 1999; 281:(6)537-44.
5. Everaerd W, Laan E, Both S, Van der Velde J. Female sexuality. In: Szuchman
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6. Fisher WA, Boroditsky R, Bridges MI. The 1998 Canadian contraception study.
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7. Frank E, Anderson C, Rubinstein D. Frequency of sexual dysfunction in “normal”
couples. N Engl J Med. 1978;299(3):111-5.
8. Hartz A, Kirchdoerfer E. Undetected fibrositis in primary care practice. J Fam
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9. Campbell SM. Regional myofascial pain syndromes. Rheum Dis Clin North
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10. Muller W. The fibrositis  syndrome: diagnosis, differential diagnosis and
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11. Yunus MB, Masi AT, CalabroJJ, Miller KA, Feigenbaum BI. P r i m a r y
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12. Wolfe F, Cathey MA. Prevalence of primary and secondary fibrositis. J
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13. Smythe HA, Moldofsky H. Two contributions to understanding of the “fibrositis
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14. Golderberg DL. Fibromyalgia syndrome: an emerging but controversial condition.
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15. Wolfe F, Ross K, Anderson J, Russell IJ, Herbert L. The prevalence and
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and attitudes during emerging adulthood. J Sex Res. 2004;41(2):150-9

 http://www.einstein.br/biblioteca/artigos/Vol2Num3/Avaliacao%20da%20satisfacao.pdf

As vontades de Deus... E o quanto eu sou especial... Sou sua criação!




Ainda posso voar! Apesar de tudo... preciso lembrar que estou VIVA!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PNL - PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA

O que é PNL?
PNL - Programação Neurolinguística é o estudo do funcionamento da mente humana, através da maneira como cada indivíduo decodifica e interage com o mundo através dos sentidos.

A PNL nos oferece como uma de suas principais premissas, a necessidade de trabalharmos com ESPECIFICAÇÃO. Uma boa especificação engloba perguntas como as seguintes:

O que você quer?

Como pretende realizar isso?

Quais os recursos que você tem para atingir seus objetivos?

Quais os recursos necessários que você ainda não possui?

Isto que você quer é congruente com seus valores?

Por que isso é importante para você?

Você já tem um plano de ação?

Como você vai lidar com interferências? Que alternativas vai criar?

A linguagem orientada para o estado desejado ajuda nosso cérebro a entender exatamente o que queremos, e cria uma espécie de atrator em nossa vida.

Por que fazer PNL?
A PNL colabora para o caminho de bem estar na vida, onde, ao invés de ser uma vítima das condições que o mundo oferece, a pessoa se apropria de escolhas mais saudáveis e principalmente de sua capacidade de realização, tornando-se capaz de influenciar as situações e as condições externas. A base desse trabalho é uma crença inabalável no ser humano e no potencial que possui de mudança e superação.

Como são as sessões?
Por trabalhar com foco nos resultados e não nos problemas, as sessões abrangem mais do que simplesmente falar de si mesmo, desabafar ou contar acontecimentos. Nas sessões as pessoas vivenciam técnicas diversas que visam a expansão do seu modelo de mundo. Isso coloca o indivíduo numa posição ativa, onde ele é o responsável pelos resultados que obtém.

Que tipo de questões podem ser trabalhadas com PNL?
  • Metas e mudanças de perspectivas
  • Quebra de padrões indesejáveis como: fobias, ansiedade, timidez, compulsões
  • Questões de saúde e somatizações
  • Mudança de crenças limitantes
  • Questões de relacionamento interpessoal em qualquer área da vida
  • Organização do sistema nervoso para entrar em estado de recursos
  • Ressignificação de conteúdos do passado, presente ou futuro
  • Criar motivação
  • Questões voltadas para aprendizagem, como preparação para concursos, estudos, concentração, memória, entre outras.


  • Onde são realizadas as sessões?
    Opções:
  • Consultório
  • Residência ou trabalho da pessoa
  • Parques e lugares da natureza


  • Online, através do Skype


  • A quem se destina esse trabalho?
    A todas as pessoas que acreditam ou estejam abertas a acreditar que elas podem mudar a maneira como as coisas acontecem em suas vidas, e que estejam dispostas a sair da condição de vítima para a condição de co-criadora da sua realidade. É voltado para pessoas que queiram re(tomar) a responsabilidade pela própria vida, e queiram (re)descobrir a sua Força.



    Simone Alves de Souza
    Consultório: Rua Santo Afonso, 110 sala 305 - S.Pena, Tijuca
    Telefone: (21) 2569-0235 e 8866-0871
    E-mail: psicsimone@gmail.com


    segunda-feira, 19 de setembro de 2011

    UNIFESP RECRUTA VOLUNTÁRIOS PARA TRATAMENTOS


    UNIFESP RECRUTA VOLUNTÁRIOS
    de interesse geral

    A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), reconhecida pelo  desenvolvimento de 
    pesquisas e estudos científicos, oferece vagas para  voluntários nas seguintes áreas:


    TRATAMENTO HOMEOPÁTICO PARA DEPENDENTES DE ÁLCOOL
    O Departamento de Psicobiologia da Unifesp está realizando uma  pesquisa com medicamento homeopático para o tratamento do alcoolismo.
    Podem participar homens e mulheres dependentes de álcool com idade  entre 18 e 65 anos.
    Os interessados podem entrar em contato com a Enfermeira Fran, no telefone 2149-0161, ramal 262, de segunda a sexta feira, das 8h às 17h.


    PORTADORES DE GLAUCOMA
    O Setor de Pesquisas Clínicas do Departamento de Oftalmologia da UNIFESP recruta, urgentemente, pacientes portadores de glaucoma que não estão fazendo uso de medicamentos para a doença ou, então, utilizam apenas uma medicação.

    Os interessados devem ligar para o Setor para agendar consulta com  Sra. Luci ou Sra. Ana no telefone (11) 5572-6443.


    DOR EM PACIENTES NA PÓS-MENOPAUSA COM FIBROMIALGIA
    O Ambulatório da transição para a menopausa e pós-menopausa do  Departamento de Ginecologia da Unifesp está recrutando mulheres para participar de uma pesquisa para verificar a dor em mulheres na menopausa, portadoras de fibromialgia.

    As interessadas devem ter entre 45 e 60 anos, com pelo menos um ano no  período da pós-menopausa, serem portadoras de fibromialgia e não praticarem nenhum tipo de exercício físico. Não serão aceitas mulheres que fazem uso de terapia hormonal, antidepressivos, antiinflamatórios, diabéticas, hipertensas e com insuficiência renal.

    Serão selecionadas 60 mulheres e o prazo de inscrição se estende até o preenchimento das vagas. Informações pelos telefones:
    3341-3608 ou pelo e-mail nelmamenezes@gmail.com, falar com Nelma Menezes.

    MENOPAUSA E QUALIDADE DE SONO
    O departamento de Psicobiologia, da Unifesp, recruta mulheres, com idade entre 50 e 66 anos, que estejam na menopausa há pelo menos um ano e que apresentem insônia.

    Elas participarão de pesquisa clínica com tratamento não farmacológico, aplicando técnicas de relaxamento, com o objetivo de
    verificar, por meio de testes, a capacidade de memória e a qualidade do sono.

    As interessadas não devem estar tomando medicamentos antidepressivos nem fazendo reposição hormonal.

    Inscrições: (11) 2149-0162, das 8h às 17h.


    EFEITOS DE SUPLEMENTOS ALIMENTARES EM HIPERTENSOS
    O Departamento de Medicina Translacional, da Unifesp, está recrutando voluntários para pesquisa sobre os efeitos de suplementos alimentares (aminoácido) na pressão arterial pós-exercício em indivíduos hipertensos.

    Podem se candidatar às vagas homens hipertensos, com idade entre 30 e 55 anos, não fumantes, que não façam uso de nenhum tipo de suplemento alimentar, sem problemas ortopédicos e que não pratiquem exercícios físicos (sedentários). Serão realizados exames de sangue e avaliação física gratuitamente. Há 10 vagas disponíveis.

    Inscrições: 5084-6836, ramal 27 (falar com Marcos Nascimento), das 8h às 17h, ou pelo e-mail 
    marcosanascimento@uol.com.br.

    EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA ALTITUDE
    O Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício – CEPE, da Unifesp, recruta voluntários para avaliar a influência do exercício físico
    sobre as funções cognitivas e o sono em pessoas expostas à altitude. Podem participar homens, com idade entre 20 e 30 anos, não fumantes e que sejam fisicamente ativos.

    Inscrições: (13) 9723-2757 (falar com Valdir) ou 
    aquino.lemos@unifesp.br.

    PILATES
    A disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo - Unifesp está recrutando voluntários com dor no pescoço há mais de três meses para participar de um estudo sobre o método Pilates de exercício físico.
    Os voluntários podem ser de ambos os sexos, ter entre 18 e 65 anos e  ter disponibilidade de participar duas vezes por semana dos encontros. Não podem ser voluntários os portadores de Fibromialgia ou outras doenças musculares, deficiência visual ou auditiva que possam atrapalhar os exercícios, usuários de remédio contra dores com tratamento iniciado a menos de três meses.

    Para os praticantes de atividades físicas, recomenda-se que participem apenas os que iniciaram atividade regular há, no mínimo, três meses.
    Os interessados podem entrar em contato com Luciana Araújo nos  telefones 6049-4514/ 5478-4476/ 3083-4798 ou no e-mail
    lucianapilates@yahoo.com.br.

    EXERCÍCIO E FIBROMIALGIA
    A disciplina de Reumatologia da Universidade Federal de São Paulo – Unifesp está recrutando voluntárias para participarem de pesquisa sobre exercícios e fibromialgia.
    Podem participar da pesquisa mulheres com diagnóstico de fibromialgia do com idade entre 18 e 60 anos de idades e que saibam nadar. Estão disponíveis 30 vagas para o estudo.

    Os encontros acontecerão 3 vezes por semana, por um período de 12 semanas. As interessadas deverão entrar em contato com Giovana Fernandes, pelo telefone 11-8498-7581.

    TRATAMENTO DE AFTA RECORRENTE
    O Ambulatório de Estomatologia, do Departamento de Otorrinolaringologia e Cabeça e Pescoço da Unifesp, recruta homens e
    mulheres, com idade acima de 18 anos, para participar de uma pesquisa  sobre tratamento de afta recorrente.

    Os interessados poderão entrar em contato para agendar consulta no telefone (11) 5084-9965 ou por e-mail 
    estomatologia@unifesp.br

    TRATAMENTO DE INSÔNIA
    O Departamento de Psicobiologia, da Unifesp, recrutas voluntários, com idade entre 20 e 64 anos, que tenham dificuldades em dormir, para estudo com o objetivo de tratar a insônia. 
    O voluntário realizará exames de sono, responderá a alguns  questionários e fará exame laboratorial. O tempo de duração do estudo
    será de cerca de dois meses e, durante este período, ele deverá comparecer ao centro de pesquisa para quatro visitas.

    Inscrições:(11) 5908-7094 / 7344 / 7121 (horário comercial)

    ORIENTAÇÃO PARA PAIS DE JOVENS USUÁRIOS DE DROGASA Unidade de Dependência de Drogas da Unifesp oferece 70 vagas no Ambulatório de Orientação aos Pais de Jovens entre 12 e 25 anos que consumam álcool em excesso ou qualquer outro tipo de droga, mesmo que não sejam dependentes. O ambulatório oferece oito sessões semanais gratuitas às quintas feiras, em horário comercial.

    A tendência, na maioria dos casos, é a negação do uso de drogas dos filhos e a demora para a procura de ajuda. O sentimento de culpa, em muitos casos, impossibilita a busca por ajuda. Isso torna a situação insustentável e com pior prognóstico.

    Alguns atendimentos já realizados pelo grupo indicam que a recuperação dos jovens está diretamente ligada à rapidez com que os pais
    reconhecem o problema e procuram o tratamento para os filhos.

    Os interessados podem entrar em contato pelo telefone 5549-2500. O serviço está localizado na Unidade de Dependência de Drogas - Uded, na Rua Napoleão de Barros, 1038, próximo ao metrô Santa Cruz.


    Sobre a Unifesp -  
    Criada oficialmente em 1994, a Unifesp originou-se da Escola Paulista de Medicina (EPM), entidade privada fundada em 1933 que foi federalizada em 1956. Em 1940, a EPM inaugurou o Hospital São Paulo, primeiro hospital-escola do País, que hoje é o Hospital Universitário da Unifesp, localizado no campus São Paulo, no bairro Vila Clementino.
    Na ocasião da criação da Unifesp, a instituição era a primeira universidade brasileira especializada em Saúde, abrigando em seu
    currículo de graduação os cursos de Medicina, Enfermagem, Biomedicina, Fonoaudiologia e Tecnologias Oftálmica e Radiológica.
    Em 2005, iniciou-se o projeto de expansão por meio do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), com a criação do campus Baixada Santista. Em 2006, foi criado o campus Guarulhos, seguido de Diadema e São José dos Campos, em 2007, dando seguimento ao processo de ampliação. O ambicioso processo de expansão fez com que a Universidade saltasse de um para cinco campi e de cinco para 28 cursos. Com os novos campi, a Instituição deixou de atuar exclusivamente no campo da saúde, inaugurando cursos nas áreas de Humanas (Guarulhos), Exatas (São José dos Campos) e Biológicas (Diadema). O campus Osasco, com início das aulas previsto para o primeiro semestre de 2011, será voltado para a área de Negócios. No Vestibular 2011, a instituição oferece 2.669 vagas em 33 cursos de Graduação.
    Atualmente, a Unifesp conta com 6.442 alunos matriculados nos cursos de Graduação, além de 2,7 mil discentes em 50 programas de
    Pós-Graduação Stricto Sensu (D ou torado, Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissionalizante) e 6.296 na Pós Graduação Lato Sensu
    (Especialização e Aperfeiçoamento,). Além disso, a instituição conta com 800 discentes no maior programa de residência médica do Brasil. A Unifesp tem em seu quadro 1.163 docentes, sendo que 95% possuem título de doutor, um percentual que marca a qualidade de ensino oferecida pela Instituição.
    No segundo semestre de 2010, tiveram início as atividades do campus avançado de Extensão Universitária da Unifesp, o primeiro deste tipo no Brasil, implantado no município de Embu das Artes, na Região Metropolitana de São Paulo. O campus avançado de extensão
    universitária da região de Santo Amaro, na capital paulista, também inicia suas atividades no começo de 2011.
    ________________________________
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    sexta-feira, 16 de setembro de 2011

    Fibromialgia poderia ser uma doença ambiental?

    Doenças ambientais resultam da acumulação de poluentes ambientais orgânicos e inorgânicos no corpo humano. Resultando em processos inflamatórios, alérgicos ou tóxicos crônicos. Um grande número de doenças crônicas, funcionais, inflamatórias e dolorosas têm sido associadas a um aumento da presença de substâncias químicas nos organismos das pessoas que vivem em grandes centros urbano e regiões industrializadas ou em processo de industrialização.


    Medicina ambiental é o campo da medicina aonde essa hipótese vem sendo estudada.

    Doenças alérgicas, inflamatórias,auto-imunes, degenerativas e malignas tem aumentado tanto sua ocorrência na população mundial que a OMS usa o termo epidemia para descrever essa ocorrência no mundo. Estudos e pesquisas têm relacionado essa epidemia de inflamação a um aumento da exposição do ser humano a produtos químicos, resultantes da atividade industrial.
    Produtos que são usados na casa,na escola no trabalho, escritório, agricultura e nas fábricas. Tais como pesticidas, agrotóxicos e solventes orgânicos, conservantes, aromatizantes, estabilizantes,antioxidantes, corantes, branqueadores, amaciantes, perfumes, cosméticos, medicamentos usados de forma abusiva ou sem controle médico, mofo de parede, ar poluído das grandes cidades, todos esse fatores somados representariam a carga total de poluentes a qual está submetido um individuo que vive em centros urbanos industrializados. Essas toxinas ambientais contidas na água que bebemos, alimentos que comemos e ar que respiramos, precisam ser gerenciadas pelo corpo. Ou seja, ao entrar no corpo precisa ser eliminada o mais rápido possível e, o corpo tem um sistema de desintoxicação, que se eficaz, nos permite viver nesse mundo poluído sem que se tenhamos grandes problemas de saúde.
    Entretanto, indivíduos sensíveis, com falhas no processo de desintoxicação, com deficiências nutricionais de minerais ou vitaminas, ou por exposição prolongada ou maciça a químicos podem sofrer um processo de acumulação de toxinas tão intenso que resultará em processos inflamatórios.
    Esse é o mecanismo de produção de doenças ambientais - acúmulo de toxinas ambientais no organismo resultando  e disfunção.
    O modelo criado por um dos fundadores da medicina ambiental. Dr Willian Rea é a metáfora do Barril. “Quando o barril fica repleto ele transborda, esse transbordamento é o que chamamos de doença, que classificamos pelo conjunto dos sintomas”. Partindo desse ponto, todas as doenças de origem ambiental terão seus sintomas melhorados se for reduzida a Carga Total dos poluentes as quais ela está submetida.
    Existem dois caminhos a seguir: o evitamento de exposição pelo reconhecimento dos fatores ambientais, dominantes em cada caso individual e o favorecimento da redução pela intensificação dos mecanismos de eliminação do corpo.
    Nesse escrito vou me ater a desintoxicação como forma de tratamento complementar para pacientes cuja fibromialgia tenha relação com acúmulo de químicos no organismo. Em especial as mulheres são mais suscetíveis de acumular químicos em demasia no organismo por várias razões como: uso de cosméticos, perfumes, material de limpeza, manejo de pesticidas, dificuldade de drenagem linfática (em especial nas sedentárias), cirurgias, além de ter uma maior resposta inflamatória.

    A hipótese da medicina ambiental é que se reduzirmos a carga total de um organismo inflamado por acumulação ou sensibilização aos químicos ou alimentos alérgicos obteremos redução do processo tóxico, inflamatório e remissão dos sintomas de dor, fadiga e distúrbio do sono. E quando se consegue fazer isso de forma adequada e contínua obtemos uma remissão da doença e um menor uso de medicamentos.

    Dentro dessa concepção a fibromialgia, assim como outras doenças ambientais seria o resultado de uma sobrecarga de produtos químicos acumuladas no organismo, em especial na conexão entre nervos e músculos, um local chamado de placa motora. Ao se reduzir essa sobrecarga se obtêm a melhora dos sintomas.
    A seguir as medidas usadas para obter a desintoxicação em pacientes com doenças ambientais, e que tem um grande potencial de ajudar pessoas portadoras de fibromialgia. O melhor ambiente para colocar em prática essas medidas é aquele supervisionado por profissionais de saúde, que atuam de forma integrada para obter um resultado - a restituição da saúde do nosso paciente.

    Dieta

    1- Durante 4 dias exclua de sua dieta todos os alimentos que você come todos os dias.
    Ex: Café, leite de gado, trigo, arroz, feijão, carne de gado,açúcar...Substitua cada alimento por algo correspondente em termos nutricionais. Ex: chá, leite de soja,batata, grão de bico, peixes, stevia*.
    stevia

    Uma nutricionista poderá lhe ajudar a fazer uma dieta chamada rotatória na qual,você não repete o mesmo alimento em um intervalo de tempo menor que 4 dias. No quinto dia reintroduza cada alimento uma vez por dia pelo menos 2x dia, duas boas porções. Observe e anote como fica seu corpo, sua mente e sua energia.Em caso de alguma reação desagradável em geral está relacionado ao sintoma da sua doença suspenda o alimento da dieta. Espere um dia e reintroduza o outro alimento da mesma forma. Faça isso com todos os alimentos excluídos.

    O nome desse método é Exclusão e Desafio. Atenção! Esse teste não deve ser feito com alimentos que reconhecidamente se saiba serem nocivos à saúde. Não deve ser realizado por quem tem alergias anafiláticas ou durante crises de asma ou qualquer outro tipo de alergia. O ideal é que seja acompanhado por médico, nutricionista e fisioterapeuta integrados.
    Após ter desafiado seu corpo com os alimentos e tendo registrado cuidadosamente os fatos acontecidos, você estará apta a excluir os alimentos que lhe provocaram sintomas. Por um período de 3 meses quando se recomenda reintroduzir, não mais que duas vezes o alimento ofensivo na semana. Caso tolere passe a usá-lo duas vezes por semana. Caso haja intolerância suspenda por mais 3 meses e tente novamente. Em caso de persistência mais três meses, até que consiga reintroduzir o alimentos na dieta . É bom dizer que 2% dos pacientes que tenho atendido, não conseguem reintroduzir o alimento ofensivo, que tem que ser banido da dieta, às vezes por toda a vida, como é o caso de pessoas que reagem com fibromialgia por intolerância ao glúten.

    2 - Passe a usar alimentos orgânicos, com isso diminuiu a taxa de pesticidas e fungicidas que você está ingerindo. Um grande número de pacientes melhora bem dos sintomas com esse tipo de conduta, bem simples para quem vive em locais com facilidades para esse tipo de consumo consciente.

    3 - Evite inalar solventes orgânicos e químicos eles afetam a medula óssea e são irritantes aos nervos, por se depositarem nas bainhas de mielina, na porção oleosa da membrana.
    Frequentemente renove o ar de seu quarto, seu local de trabalho, garanta ventilação onde permanecer por muito tempo. Prédios novos ou reformados, moveis embutidos industriais liberam uma grande quantidade de químicos, assim como carpetes e estofados produzidos industrialmente liberam formol, um potente irritante dos nervos do aparelho respiratório. Suspenda o uso de perfumes, aromatizantes e pesticidas busque outras formas de desodorizar o corpo recomendo: leite de colônia fórmula Dr. Studart, Sabão de Côco nas roupas e na casa. Água sanitária, pinho sol e eucalipto evitar.
    Limpeza não quer dizer cheiro forte perfumado.
    Muita atenção e cuidado com fungos e mofo de paredes, eles produzem microtoxinas que afetam o sistema nervoso central, o sistema imunológico e, tem sido implicado em pacientes com processos inflamatórios crônicos.

    4 - Caso tenha Fadiga Crônica, um cansaço incapacitante, inale oxigênio 6 litros por minuto 2 horas por dia 21 dias. Fazer isso somente com supervisão médica. Medir a pressão do oxigênio venoso PVO2 antes, durante e depois da terapia. Medir a taxa de ácido láctico. Em geral na primeira semana do tratamento de Von Ardenne (esse é o nome da técnica de oxigenação) os pacientes percebem uma grande melhora da fadiga. O oxigênio oxida os solventes do corpo favorecendo a eliminação pela expiração e ao mesmo tempo estimula o funcionamento da mitocôndria (o motor que fica dentro de todas nossas células do corpo) que passam a voltar a funcionar.

    5 - Suplementar a dieta com magnésio e/ou receber injeções ou soros com magnésio e outras vitaminas e/ou nutrientes. O magnésio neutraliza os efeitos tóxicos dos pesticidas e agrotóxicos na inserção dos nervos nos músculos (Placa motora), sede da dor da fibromialgia. Relaxando os nervos, diminuindo a sensibilidade e relaxando os músculos. O magnésio é uma das terapêuticas mais essenciais numa síndrome como a fibromialgia.


    Fontes de Magnésio


    6 - Sauna sêca sem cheiros (Perfumes, material de limpeza,aromatizantes, solventes orgânicos) ou sauna Infrared essa última é a melhor para os portadores de fibromialgia; pois além de favorecer a depuração pelo suor dos poluentes ambientais, agrotóxicos, pesticidas, metais pesados e solventes orgânicos tem ação anti-inflamatória extensivamente comprada. A eliminação pelos poros reduz a carga total de poluentes sem sobrecarregar o fígado e os rins.

    7 - Drenagem linfática suave após a sauna. O sistema linfático fica repleto de moléculas inflamatórias que foram drenadas dos órgãos e da gordura corporal. A drenagem feita com óleo de côco extra virgem, sem odores artificiais, tem uma resposta anti-inflamatória rápida de se perceber.
    Drenagem Linfática



    8 - O uso de suplementos como Omega 3, Antioxidantes*, ácido alfa-lipóico*, silimarina*, vitamina C são recomendados:

    Antioxidantes
                                                                                   Silimarina
    Ômega 3


















    Ácido-Lipóico - Azeite de Oliva


    9 - Água alcalina com Ph igual o maior que 8 favorece a formação de aglomerados de moléculas de água adquirindo propriedades antioxidantes que aceleram o processo de depuração do organismo e acentua os resultados da sauna em especial a infravermelha. No início do tratamento é recomendável que se utilize 4 litros de água alcalina para favorecer a diluição dos químicos no organismo, que irão lavar o sistema.

    INADEQUADA. pH 6,79 (Vide o rótulo da 
    embalagem da água) Deve ser superior a 8.


    10 - Uma vez melhorada a disposição, o sono e as dores tenham reduzido recomenda-se iniciar um programa de atividade física que inclua o alongamento antes, durante e depois dos exercícios que devem ser suaves (Hidro, alongamento, Ioga(Hata), Pilates) e quando o paciente puder e quiser correr em esteira.



    11 - Distúrbios inflamatórios crônicos modificam a função neurológica e endócrina muitas vezes sendo necessário fazer ajustes ou reposições endócrinas de melatonina*, progesterona, testosterona sendo que essas são bioidênticas; ou seja, exatamente iguais a humana sendo de origem vegetal. Essa condução deve ser feita por médicos treinados em modulação hormonal.


    Essas medidas podem ser usadas pela grande maioria dos pacientes que sofrem de doenças ambientais em especial as síndromes dolorosas, seja qual for o nome da doença.

    Essas recomendações não têm intenção de substituir o tratamento e acompanhamento de profissional médico especializado ou substituir qualquer tratamento tradicional ou largamente aceito pelas instituições médicas. Tratam-se de medidas de nutrição e higiene, baseadas em princípios solidamente estabelecido por literatura científica.

    Tenho utilizado em pacientes com doenças inflamatórias dolorosas crônicas, que têm se revelado eficazes no sentido de reduzir a inflamação, reduzir as dores, melhorar o sono e restituir a energia. Em especial nos pacientes que tem múltiplas queixas e que se revelam intolerantes a alimentos e medicamentos, cheiros fortes, essas medidas se mostram mais eficazes. Então respondendo a pergunta que deu o nome ao texto:


    "Assim se a fibromialgia tiver como causa fatores ambientais, existem grandes probabilidades de que pessoa que se submeter a uma desintoxicação tal com foi sugerida aqui, venha a melhorar. E se conseguir manter a redução da carga total de seu corpo a níveis baixos, obterá uma remissão suave e duradoura de sua doença. Com um mínimo uso de drogas sintomáticas."


    Dr. Gilberto de Paula
    *Médico especialista em Nutrologia, Medicina Ambiental e Imunoterapia.
    Presidente da Academia Nacionalde Medicina Ambiental.
    Sina-I Sistema de Imunoterapia, NutriçãoClínica, Alergia – Infrared
    Diag/Trat.Manaus-Rua Acre 12 sl 301.tel 092-8159.3531/3584.1566.
    www.medicinaambiental.net

    Glossário:

    “Stevia” é um gênero botânico pertencente à família Asteraceae. A stevia é um pequeno arbusto perene que pertence à família dos crisântemos e énativa no Paraguai. Esta planta tem uma extraordinária capacidade adoçante Na sua forma mais comum de pó branco, extraído das folhas da planta, chegaa ser de 70 a 400 vezes mais doce que o adoçantenatural. Estas são as principais características desta planta: -não causa diabete -não contém calorias -não altera o nível de açúcar no sangue -não é tóxica -inibe a formação da placa e da cárie dental -não contém ingredientes artificiais -pode ser usada para cozinhar

    "Ácido Alfa-Lipóico" - O mais poderoso antioxidante e antiinflamatório da natureza. Imagine umasubstância tão poderosa que pode mover-se através do corpo humano de forma rápida e indolor, unindo fissuras, acalmandoa inflamação e incentivando o sistema imunológico. Imagine que esta substância realiza estes feitossurpreendentes não apenas dentro do organismo, mastambém na superfície da pele. Assim é o Ácido Alfa-Lipóico.

    "Água Alcalina" – Processos metabólicos criam resíduos ácidos, portanto, é necessário restaurar as moléculas alcalinas do corpo. Uma maneira eficaz é consumindo água alcalina. (conforme apresentado).

    "Antioxidantes" - São encontrados na natureza em compostos particularmente ricos em hidrogênio e excesso de elétrons. Estes compostos ricos em hidrogênio e elétrons são usualmente visíveis a olho nu, notadamente nos pigmentos que dão cor aos legumes e vegetais. Não apenas os alimentos naturais coloridos estão carregados com antioxidantes, mas, também, os alimentos crus como as azeitonas, abacates, nozes, e sementes.

    "Melatonina" - é um hormônio produzido por diversos animais e plantas. Em humanos, a melatonina tem sua principal função em regular o sono; ou seja, em um ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, causando o sono. Por isso é importante eliminar do ambiente quaisquer fontes de som, luz, aroma, ou calor que possam acelerar o metabolismo e impedir o sono, mesmo que não percebamos. Outra função atribuída à melatonina é a de-antioxidante, agindo na recuperação de células epiteliais expostas a radiação ultravioleta e, através da administração suplementar, ajudando na recuperação de neurônios afetados pela doença de Alzheimer e por episódios deisquemia (como os resultantes de acidentes vasculares cerebrais).

    "Silimarina" – Na natureza existe uma planta especial chamada Silybum marianum ou cado-mariano, que é a resposta da natureza ao bombardeio constante das substâncias tóxicas ao nosso organismo, devido à vida moderna.

    quinta-feira, 8 de setembro de 2011

    Fibromialgia e Acidentes de Trânsito


    Fibromialgia e acidente de trânsito.
    A dor generalizada é a manifestação mais freqüente na fibromialgia, podendo ser difusa ou acometer preferencialmente algumas regiões, como o pescoço e os ombros, e então propagar-se para outras áreas do corpo. Geralmente vem acompanhada com distúrbios do sono e co sinais de ansiedade e depressão. É uma condição reumatica mas não acomete as articulações.A fibromialgia é mais freqüente no sexo feminino, cerca de 80% dos casos. Em média, o início da doença varia entre 29 e 37 anos, sendo a idade de seu diagnóstico entre 34 e 57 anos. Os sintomas de dor, fadiga e distúrbios do sono tendem a instalar-se lentamente na vidaadulta, no entanto, 25% dos casos referem apresentar estes sintomas desde a infânciaOs estudos prévios relataram taxas de prevalência de dor crônica generalizada entre 11% e 13% na Alemanha, na Suécia e no Reino Unido.
    Gareth Jones e colaboradores reumatologistas da Escola de Medicina da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido acompanharam 2.069 participantes do estudo de Epidemiologia de Doenças Funcionais (EPIFUND). Participantes do EPIFUND tiveram seus dados sobre dor musculoesquelética e distúrbios psíquicos associados analisados, em três momentos, ao longo de um período de quatro anos. Os pacientes também foram questionados sobre seis experiências traumáticas recentes: acidentes de trânsito, lesões no local de trabalho, cirurgias, fraturas, hospitalização e parto.Do total de participantes do estudo, 241 pacientes, (12%), reportaram novos sintomas de dor crônica generalizada, com mais de um terço desses indivíduos apresentando propensão a relatar pelo menos um evento traumático durante o período de estudo.
    Depois de ajustados dados, como idade, sexo, estado clínico geral e o estado de dor inicial, aqueles que relataram um acidente de trânsito como fator para o surgimento de dores crônicas generalizadas representavam 84% da amostra pesquisada. Não foi observada nenhuma associação do aparecimento de dores generalizadas com hospitalização, cirurgia ou em mulheres que deram à luz.
    Fonte :: Arthritis Care Res . 2011 Mar 21

    Saiu! A minha primeira matéria de minha coluna no Portal Reumatoguia

    O QUE LERÃO É O MINHA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COMO COLUNISTA. INICIEI ESSA EXPERIÊNCIA ABORDANDO A sÍNDROME DE FIBROMIALGIA COLOCANDO O QUE O PACIENTE PRECISA SABER SOBRE A FM, LOGO QUE DIAGNOSTICADO. AOS POUCOS VOU APROFUNDAR MAIS NESSE TEMA!



    FALANDO SOBRE A FIBROMIALGIA




    Última atualização: 05/09/2011
    Olá!
    Estou chegando pela primeira vez, e quero contar com a colaboração de cada um (a) de vocês para que, de agora em diante nos tornemos mais próximos(as).
    O assunto que vou tratar em minha coluna é relativo à SÍNDROME DE FIBROMIALGIA.

    O REUMATOGUIA já me entrevistou e fez um apanhado geral de quem sou; mas aos poucos vocês me conhecerão um pouco mais.

    Para começar preciso contar que sou paciente de dor crônica, e depois de alguns anos recebi o diagnóstico da Síndrome de Fibromialgia.
    Tomei um “baita” susto, porque nunca havia ouvido falar nada sobre essa síndrome.
    Sobre a fibromialgia existe muito a explicar, algumas dúvidas ficarão sem respostas, vou dar algumas dicas de minha vivência diária, tudo no intuito de elevar a qualidade de vida do paciente acometido pela Fibromialgia – que agora passaremos a chamar só de FM.
    Agora vamos esclarecer porque chamamos de Síndrome e não de doença.
    O que é Síndrome?
     Segundo o Dicionário Escolar da Língua Portuguesa por Francisco da Silveira Bueno síndrome é definida como sendo "a reunião de sinais e sintomas provocados por um mesmo mecanismo e dependentes de causas diversas". Isso significa que as patologias definidas como síndromes são doenças originárias de diferentes causas que apresentam diferentes sinais e sintomas. Logo, pensar em síndromes é pensar em patologias que não seguem a lógica de um único fator. Ou ainda, conjunto de sinais e sintomas associados a qualquer processo mórbido e que formam juntos o quadro da doença.
    E o que é doença?
    Doença se entende como um distúrbio das funções de um órgão, da psiqué ou do organismo como um todo que está associado a sintomas específicos.
    É o estado resultante da perda da homeostasia* de um organismo vivo, total ou parcial, estado este que pode cursar devido a infecções, inflamações, isquemias, modificações genéticas, sequelas de trauma, hemorragias, neoplasias ou disfunções orgânicas.
    *Homeostase (ou Homeostasia) é a propriedade de um sistema aberto, seres vivos especialmente, de regular o seu ambiente interno para manter uma condição estável, mediante múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico controlados por mecanismos de regulação inter-relacionados.

    Agora sim: O que é Síndrome de Fibromialgia?
    O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono. No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque se acreditava que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”. Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada ao aumento da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.
    E como saber se somos portadores ou não da Síndrome de Fibromialgia?
    Desde 1980, um corpo crescente de conhecimento contribuiu para a fibromialgia  ser caracterizada como uma síndrome de dor crônica, real, causada por um mecanismo de sensibilização do sistema nervoso central à dor.
    Na tentativa de homogeneizar as populações para estudos científicos, o Colégio Americano de Reumatologia, em 1990, publicou critérios de classificação da fibromialgia.Estes critérios foram também validados para a população brasileira.

    Dentre os critérios, destacam-se uma sensibilidade dolorosa em sítios anatômicos preestabelecidos, denominados “tender points” ou pontos gatilho, que serão apresentados adiante, na descrição do quadro clínico. O número de tender points relaciona-se com avaliação global da gravidade das manifestações clínicas, fadiga, distúrbio do sono, depressão e ansiedade.

    Uma vez que ainda não existe algum exame laboratorial que comprove a doença, o diagnóstico tem de ser feito a partir dos sintomas relatados pelo paciente e de um exame clínico que mede a sensibilidade à dor em 18 pontos espalhados pelo corpo. “Para um paciente ser diagnosticado como fibromiálgico, ele precisa se queixar de dor difusa há mais de três meses, ter distúrbios no sono e apresentar sensibilidade em pelo menos 11 dos 18 pontos do exame clínico”, explica Jamil Natour, reumatologista da Unifesp.
    Algometro ou dorsímetro – medidor da dor
    Quais são os principais sintomas?
    Os principais sintomas são dores generalizadas pelo corpo, fadiga crônica, sono não-restaurador, formigamento nas mãos e nos pés, enxaqueca e problemas intestinais.
    Como os sintomas da fibromialgia são parecidos com os de outras patologias (de tendinite e gota a lúpus, hipotireodismo e até esclerose múltipla) e como nem todos os médicos conhecem a síndrome, os pacientes podem sofrer anos até obter o diagnóstico.
    Não devemos esquecer que toda essa avaliação deve ser feita por médico especialista – reumatologista ou fisiatra. Só o especialista possui experiência e conhecimento suficientes para dar o diagnóstico. Portanto, antes de se sentir “apavorada” procure um especialista.
    O que causa a Fibromialgia?
    Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior a dor do que pessoas sem fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula  e  cérebro  fazem que  qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.
    A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como traumas físicos, psicológicos ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.
    O que não mais se discute é se a dor do paciente é real ou não. Hoje, com técnicas de pesquisa que permitem ver o cérebro em funcionamento em tempo real, descobriu-se que pacientes com FM realmente estão sentindo a dor que referem. Mas é uma dor diferente, onde não há lesão na periferia do corpo, e mesmo assim a pessoa sente dor. Toda dor é um alarme de incêndio no corpo – ela indica onde devemos ir para apagar o incêndio. Na fibromialgia é diferente – não há fogo nenhum, esse alarme dispara sem necessidade e precisa ser novamente “regulado”.
    Esse melhor entendimento da FM indica que muitos sintomas como a alteração do sono e do humor, que eram considerados causadores da dor, na verdade são decorrentes da dor crônica e da ativação de um sistema de estresse crônico. Entretanto, mesmo sem serem causadores, estes problemas aumentam a dor dos pacientes com FM, e devem também ser levados em consideração na hora do tratamento.
    Nas próximas edições falaremos mais sobre esse tema.
    Até lá!

    Fontes: www.fibromialgia.com.br/novosite
                    www.unifesp.br/grupos/fibromialgia
               www.reumatologia.com.br/diretrizes
                     www.wikipedia.com.br

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    O impacto do estresse na Fibromialgia

    Estresse

    Considera-se como estresse uma resposta temporária a uma situação de emergência, ou seja, a repercussão mental e física de situações que causam angústia, irritabilidade ou excitação. O estresse faz parte da vida, na medida em que está envolvido em seus diversos aspectos, tanto positivos como negativos, ou seja, desde ganhos, mudanças de ambiente, festas, disputas e encontros, até perdas, rotina com sobrecarga de trabalho e frustrações.

    Após um estresse positivo, o indivíduo experimenta uma sensação de relaxamento, no entanto, após um estresse negativo o que surge é uma situação de alerta prolongado com diversas conseqüências negativas para o organismo.

    Efeitos do estresse crônico sobre o organismo

    Quando se está estressado, o aumento da tensão muscular acarreta dor e exacerbação dos sintomas da fibromialgia. A queda no desempenho físico e mental é fonte de grande frustração, estabelecendo-se, assim, um círculo vicioso que engloba a dor, a limitação física e aspectos emocionais, no qual cada um desses aspectos tende a agravar os demais.

    Deve-se, antes de mais nada, reconhecer os sinais de estresse no próprio organismo, identificar as suas causas e tentar resolver o que for possível, aceitando o que não for possível de ser modificado. Com a tendência atual de se atribuir tudo a uma doença, nem sempre é fácil reconhecer as manifestações do estresse.

    Identificando situações estressantes

    Na tentativa de se tentar determinar as situações mais estressantes o indivíduo deve elaborar um diário no qual conste o horário, tipo de atividade e as conseqüências físicas e emocionais a ela relacionadas.

    O reconhecimento do estresse e suas conseqüências para o organismo

    Dentre os efeitos deletérios do estresse sobre o organismo destacam-se:

    - Freqüentes dores de cabeça.

    - O indivíduo sente um aumento na tensão e dor na musculatura dos ombros e pescoço
    - Muitas vezes tende a cerrar os dentes com força enquanto dorme (bruxismo)

    - Distúrbios da digestão.

    - Queixas digestivas e perda do apetite podem surgir
    - Outras manifestações são gastrite, úlcera e diarréia

    - Manifestações emocionais

    - Ansiedade, tristeza, nervosismo, depressão, fadiga mental
    - Irritabilidade e incapacidade para relaxar
    - Dificuldade para tomar decisões e esquecimentos freqüentes
    - Dor no peito, boca seca, palpitações, mãos frias e tremores
    - Elevação da pressão arterial e outras conseqüências cardiovasculares

    - Distúrbio do sono.

    - A maior parte dos pacientes acorda com a sensação de não ter dormido à noite
    - Em alguns casos ocorre a insônia, em outros a sonolência excessiva
    - O fato de dormir mal à noite acarreta sonolência diurna
    - O sono superficial acarreta decréscimo da produtividade e alteração da memória

    - Outros aspectos a serem considerados.

    - Aumento no uso de álcool e medicações
    - Aumento no número de acidentes frutos da desatenção
    - A queda da imunidade favorecendo a instalação de uma série de doenças

    Como lidar com o estresse

    O controle do estresse na fibromialgia melhora as manifestações de dor e dos distúrbios do sono, na medida em que diminui o tônus muscular do alerta prolongado, reduz a freqüência cardíaca, a pressão arterial e poupa o desgaste emocional, reduzindo a fadiga.

    Algumas opções para desenvolver mecanismos protetores contra as situações estressantes são:

    - Ter um animal de estimação
    - Dedicar-se a um esporte
    - Tocar um instrumento musical - Cultivar o lado espiritual e o social
    - Interromper as atividades por uns trinta minutos quando se sentir angustiado e executar uma atividade prazerosa, como ouvir música ou fazer um ritual de relaxamento
    - Interromper situações de potencial agressividade, antes que estas se auto-potencializem.

    Como evitar o estresse

    - Estabeleça metas realistas e tente cumpri-las.

    Nada de se sobrecarregar ou superestimar as próprias capacidades
    Inclua nas suas metas a atividade física e uma rotina saudável

    - Listar as metas de acordo com a prioridade.

    Deixe para amanhã o que não se necessita fazer hoje
    Questione sempre a necessidade ou utilidade de suas atribuições

    Considere prioritário o que lhe dá qualidade e sentido à vida

    - Não perca tempo.

    Evite perder muito tempo no trânsito
    Tente otimizar suas atividades, não se prendendo em detalhes

    - Evite sobrecarregar-se.

    Antes de aceitar alguma coisa, considere o quanto de trabalho vai dar
    Aprenda a dizer não sem sentir culpa

    - Nutra pensamentos positivos.

    Evite situações nas quais predominam aspectos negativos, angústia ou muita cobrança
    Mude a forma de ver as coisas, buscando sempre um valor ou aspecto positivo
    Freqüente ambientes que estão de acordo com os seus valores

    Técnica de Relaxamento Progressivo

    - Assuma uma posição bem confortável, procurando respirar usando só a musculatura abdominal. Feche seus olhos gentilmente.

    - Começando o exercício feche sua mão esquerda como se fosse dar um soco, aperte o máximo possível, procure ficar atento para a sensação de tensão procurando memorizá-la. Agora relaxe, deixe a mão confortavelmente apoiada na superfície em que está. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), procurando perceber a diferença entre as duas sensações, a da contração e a do relaxamento. Repita este movimento.

    - Agora, dobre o pulso esquerdo para cima, elevando a palma da mão, sem movimentar o braço, sinta a contração e procure memorizar esta sensação. Relaxe, deixe a mão apoiada na superfície em que está, procurando comparar e discernir a diferença entre as duas sensações. Respire calmo(a) e tranqüilo(a), use somente a musculatura abdominal. Repita.

    - Dobre o pulso para baixo tentando alcançar com os dedos o braço. Contraia o máximo possível. Sinta a contração e em seguida relaxe comparando as duas sensações. Respire tranqüilamente. Repita.

    - Dobre o cotovelo, sinta a contração nesta musculatura, memorize-a. Agora, relaxe, acomode o braço confortavelmente, procure senti-la como se não conseguisse movimentar. Respire calmamente, use somente a musculatura abdominal. Repita.

    - Repita os mesmos movimentos com o braço direito.

    - Agora, concentre sua atenção na sua perna esquerda. Estique o seu pé o máximo possível, levando a ponta do pé o mais distante do seu corpo. Sinta a contração, memorize esta sensação. Agora, solte, relaxe. Compare as duas sensações. Respire tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal. Repita.

    - Dobre o pé, trazendo a ponta do pé em direção ao seu corpo. Contraia mais e mais, sinta a contração. Relaxe, compare essas sensações, procure memorizar a diferença entre elas. Respire calma e tranqüilamente. Repita.

    - Eleve um pouco a coxa, a perna e o pé. Contraia essa musculatura para a manter elevada, preste atenção na contração. Agora, relaxe, apóie a coxa, a perna e o pé confortavelmente na superfície. Sinta toda a sua musculatura mais e mais relaxada, dando a impressão de não poder mover. Respire pausadamente. Use somente a musculatura abdominal, Repita.

    - Repita os mesmos movimentos para a perna direita.

    - Agora, contraia ambos os ombros, elevando-os como se fosse encostá-los na ponta das orelhas. Contraia, mais e mais. Relaxe, deixe os ombros apoiados de maneira confortável, sinta a diferença entre a sensação da contração e a do relaxamento. Respire tranqüilamente. Repita.

    - Eleve a cabeça como se fosse alcançar com o queixo o peito. Sinta a contração, procure memorizar esta sensação. Agora, solte, relaxe, deixe a cabeça apoiada de forma bem confortável. Compare as duas sensações tentando memorizar a diferença entre elas. Respire pausadamente. Repita.

    - Franza a testa e os olhos. Aperte, preste atenção nesta sensação. Agora, solte, relaxe sinta o rosto pesado, os olhos fechados gentilmente.

    - Memorize as duas sensações. Respire somente com a musculatura abdominal. Repita.

    - Aperte os dentes, os de baixo de encontro com os de cima. Sinta a tensão, e agora compare com a do relaxamento, soltando o seu rosto mais e mais. Respire calmamente. Repita.

    - Nos próximos minutos, mantenha o seu corpo todo relaxado, confortavelmente apoiado na superfície em que está, respirando tranqüilamente, use apenas a musculatura abdominal,
    deixando o ar entrar e sair gentilmente. Finalizando o exercício, espreguice e abra os seus olhos.


    Fonte: http://www.fibromialgia.com.br/novosite/index.php?modulo=pacientes_artigos&id_mat=10&id_mat_mat=12