COTIDIANO / BEM ESTAR & SAÚDE
05.08.2013 | 07h30 - Atualizado em 05.08.2013 | 08h44
Sensação incontrolável de movimentar os membros.
É importante não confundir essas queixas com movimentos desencadeados por uma situação de stress ou tensão, como quando começamos a balançar os membros embaixo da mesa. Esses movimentos cessam, conscientemente, quando a situação se resolve. Já a SPI é um distúrbio do sono e o quadro tende a piorar durante a noite, principalmente quando o indivíduo se deita e relaxa. Geralmente esses sintomas desaparecem com a movimentação. Em algumas situações pode-se observar movimento dos membros quando o indivíduo está deitado ou sentado. Uma séria consequência da SPI é o prejuízo gerado no sono: 80% dos pacientes que possuem essa síndrome, apresentam PLM (Periodic Legg Moviments) – Movimento Periódico dos Membros e esses sintomas podem dificultar o início e a manutenção do sono. As consequências dessas interrupções no sono são a sonolência ao longo do dia, seguida da sensação permanente de cansaço e alterações no humor, concentração e memória.
Em geral não se sabe a origem ou causa desse quadro, mas sabe-se que existe um componente genético na maioria dos casos. A deficiência de dopamina e de ferro em algumas áreas cerebrais tentam justificar a ocorrência dessa síndrome. Em grávidas esse quadro pode-se acentuar nos últimos três meses de gestação, tendendo a cessar após o parto.
O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente. Alguns exames podem auxiliar no fechamento do caso. O exame de sangue analisa os níveis de ferro e a polissonografia pode apontar a presença dos movimentos periódicos de pernas, assim como definir a gravidade do quadro.
O tratamento tem como objetivo diminuir ou cessar os sintomas e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. O tipo de tratamento irá variar com a intensidade do problema. Nos casos mais leves geralmente são prescritos os benzodiazepínicos e nos mais graves, pode-se administrar medicamentos que visam estimular os receptores de dopamina no cérebro.
E não se esqueça que para confirmar se você realmente tem essa síndrome e decidir o tratamento mais adequado, é necessário procurar um medico especialista na área de distúrbios do sono que irá auxiliá-lo na decisão do melhor procedimento.