quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Dor crônica: saiba o que é e como fazer o tratamento correto

 Para ser atendido, é necessário possuir cadastro no NAMI, realizar agendamento e apresentar encaminhamento médico com avaliação prévia.  — Foto: Delfina Rocha 

Para ser atendido, é necessário possuir cadastro no NAMI, realizar agendamento e apresentar encaminhamento médico com avaliação prévia. — Foto: Delfina Rocha

 

Universidade de Fortaleza disponibiliza atendimento gratuito a pacientes com dores crônicas. Acompanhamento é realizado no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI)

Por Unifor

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP, na sigla em inglês), o conceito de dor é definido como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões”. Quando essa experiência é sentida de forma contínua e/ou rotineira, define-se como uma dor crônica.

Luciana Mota é docente do curso de Fisioterapia da Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, e ressalta a dor crônica como um fenômeno complexo que envolve não apenas questões bioquímicas, mas também aspectos físicos, comportamentais e neurológicos. Ela explica que “diversos aspectos da dor crônica têm sido objetos de estudo e pesquisas que guiam a escolha de propostas terapêuticas mais assertivas para a redução dos sintomas e recuperação da funcionalidade desses pacientes”.

Dentre os tipos de dor mais comuns estão as dores orofaciais, a cefaleia, as dores musculoesqueléticas e as dores com associação psicossomática (ou seja, associadas a problemas emocionais). Para explicar melhor algumas dessas classificações, o curso de Fisioterapia da Unifor traz esclarecimentos sobre o assunto. Confira as opções de tratamento abaixo.

Dores orofaciais

A dor orofacial é associada a tecidos moles (pele, vasos sanguíneos, glândulas ou músculos) e mineralizados (ossos ou dentes) da cavidade oral e das regiões da face, cabeça e pescoço. Alguns dos tipos mais comuns são as disfunções temporomandibulares ‒ que envolvem os músculos mastigatórios, a articulação temporomandibular (ATM) e estruturas associadas ‒, além das cervicalgias (dor no pescoço e ombro), cefaleias primárias (a dor de cabeça em si, sem influência externa), dentre outras. 

 

Dentre as terapias utilizadas para tratar desses quadros, a professora e fisioterapeuta Maíra Viana destaca:

  • Terapias manuais
  • Biofeedback muscular
  • Laserterapia com protocolos diferenciados
  • Exercícios proprioceptivos
  • Terapia de liberação miofascial
  • Agulhamento a seco
  • Reeducação postural global (RPG)
  • Orientações aos pacientes para o controle e prevenção das crises

Cefaleias

Cefaleia é o termo médico que designa a dor de cabeça. A professora e fisioterapeuta Ticiana Mesquita aponta que nas dores associadas às cefaleias são observadas hipersensibilidade ao toque nos músculos próximos ao crânio, alodinia (alteração na forma como a dor é sentida) e restrição da mobilidade cervical.

Para pacientes que sofrem diariamente de dores de cabeça, controlar as crises apenas com remédios não é suficiente, sendo mais eficaz a abordagem integrada multidisciplinar somada ao tratamento indicado pelo neurologista. As principais modalidades utilizadas no tratamento das cefaleias são:

  • Terapias manuais
  • Eletroestimulação
  • Fortalecimento muscular
  • Agulhamento à seco
  • Laser
  • Biofeedback
  • Osteopatia
  • Acupuntura
  • Exercícios posturais

Dores musculoesqueléticas

Coordenador do curso de Fisioterapia, Paulo Henrique Palácio ressalta que há vários “alvos” principais de queixas no sistema musculoesquelético, como dores na coluna, nos joelhos e nos ombros. Esses sintomas podem ser consequências da interação de vários fatores como aqueles relacionados ao tipo de trabalho, estilo de vida, idade e demais fatores.

Segundo o professor, as evidências científicas apontam a eficácia de estratégias ativas, como a prática gradativa de exercícios, implementadas de forma precoce para o tratamento desses tipos de dores crônicas. “Além de proporcionar redução do medo de se movimentar e aumentar a mobilidade e função do sistema musculoesquelético, [o exercício] traz benefícios não apenas ao corpo físico, mas também à saúde mental”, explica Paulo.

Pesquisa e atendimento à comunidade

Por se tratarem de patologias muitas vezes incapacitantes, o curso de Fisioterapia da Unifor investe em conhecimento sobre dores crônicas com a organização do grupo de estudo e pesquisa Fisioterapia e Odontologia nas Dores Orofaciais (FISIODOF) e do grupo de estudos Cefaleia e Dor Orofacial (CEDOF). Os alunos participam sob orientação de professores especialistas, além de atuarem de modo multidisciplinar em parceria com outros cursos da área da saúde, como é o caso do CEDOF com a graduação em Odontologia.

Firmando compromisso com a educação acadêmica, formação profissional e serviço à sociedade, a Unifor disponibiliza atendimento gratuito à comunidade por meio do curso de Fisioterapia. Alunos e professores realizam programas de intervenção interdisciplinar no Núcleo de Atenção Médica Integrada (NAMI) para a recuperação funcional de pacientes com dores crônicas.

Os estudantes do módulo de Estágio Supervisionado em Fisioterapia I ‒ destinado à práticas na atenção primária em saúde ‒ também têm oferecido à comunidade, além do serviço de tradicional de Fisioterapia, a auriculoterapia a partir deste semestre. Os atendimentos são realizados mediante agendamento prévio no NAMI.

Dores classificadas como crônicas estão entre as principais queixas apresentadas por pacientes. — Foto: Ares Soares

Dores classificadas como crônicas estão entre as principais queixas apresentadas por pacientes. — Foto: Ares Soares

 fonte:

https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/unifor/ensinando-e-aprendendo/noticia/2020/11/11/dor-cronica-saiba-o-que-e-e-como-fazer-o-tratamento-correto.ghtml

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