Prática milenar pode ser uma importante aliada no controle da dor crônica, ajudando não apenas no alívio do incômodo, mas também na recuperação dos movimentos e do humor
Os movimentos são lentos, controlados, e compassados pela respiração. O foco é na prática: na posição do corpo e no modo como se respira. O objetivo é, por meio da repetição dos movimentos ir, pouco a pouco, desconectando-se das preocupações do dia a dia até atingir o estado meditativo. Para quem nunca foi, assim é uma classe de ioga. E, para quem se interessou, contamos abaixo três razões para quem tem dor crônica dar uma chance à ioga para controlar a dor:
1. Sua característica única: a conexão do corpo e da mente
Há uma característica na ioga que a diferencia da maior parte das atividades físicas às quais estamos acostumados: a preocupação em se trabalhar não apenas o corpo, mas também a mente. Durante os ásanas (que são as posições feitas na ioga), a(o) praticante precisa prestar atenção aos movimentos e à respiração, focando sua atenção na prática e evitando pensamentos aleatórios. Essa combinação entre corpo e mente, tão particular à ioga, pode ser uma valiosa ferramenta para ajudar no controle da dor crônica.2. Sua versatilidade: a ioga pode ser “adaptada”
A prática surgiu há milhares de anos e toda essa longevidade certamente contribuiu para as múltiplas formas de se fazer ioga. A mais comum no ocidente é a hatha ioga (hatha significa forte, enérgico), que tem como princípio a movimentação vigorosa do corpo, ritmada pela respiração, como caminho para a meditação. Ashtanga, vinyasa, Iyengar são alguns outros “tipos” de ioga que você vai encontrar nos estúdios, todos eles variações da hatha ioga. Mas mesmo entre o mesmo tipo cabem diferentes níveis de dificuldade. Na sua gênese, a ideia da ioga é ser acessível a todas as pessoas e, por isso, um mesmo ásana pode ser executado de diferentes maneiras. Não se intimide pelas poses complicadas muitas vezes mostradas em anúncios de alguns estúdios. Definitivamente, a ioga é para todos e não para poucos.3. Seus bons resultados: há evidências científicas de benefícios da prática em diferentes tipos de dor
Da fibromialgia à enxaqueca, passando pela dor nas costas, muitas são as síndromes dolorosas que podem ser atenuadas pela ioga. Um estudo com pacientes de lombalgia, por exemplo, mostrou maior aumento da mobilidade entre praticantes de ioga do que entre quem recebeu os cuidados médicos considerados padrão para a doença. Outra revisão, publicada em 2012, encontrou bom efeito sobre a dor, assim como sobre a invalidez associada ao incômodo, mesmo naqueles casos em que os pacientes foram submetidos à prática por curtos períodos de tempo. Melhoras no humor e na sensação geral de bem estar também aparecem associadas à ioga.Fonte
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