É, em muitos casos, paralisante, e embora afete 2,4 % da população, a sua detecção está aumentando. A fibromialgia é uma doença crônica do sistema nervoso central que provoca dor generalizada ao paciente com evolução de mais de três meses (de localização músculo-esquelética) e um cansaço persistente em graus variados. É, também, um exemplo claro de doença humana que pode ser identificado dentro de você chamado intolerâncias ambientais idiopáticas. A razão é que as pessoas que têm que mostrar um grau de vulnerabilidade aos agentes ambientais tóxicos, geralmente, muito maiores do que o resto da população.
A resposta exagerada do seu corpo aos estímulos externos é de tal magnitude,
que mostram uma sensibilidade muito acentuada à dor, que destaca a principal
característica de assumir seu diagnóstico.
Mas essas particularidades compartidas pelos enfermos de fibromialgia
vão além, afetando também a capacidade de manter o equilíbrio químico cerebral.
Os enfermos com fibromialgia tem tendência a falta de neurotransmissores (as
substâncias químicas cerebrais responsáveis pela transmissão nervosa), daí que nesta
enfermidade há tendência a perda de memória (deterioração cognitiva precoce),
a depressão e o transtorno do sono (pela falta de serotonina). Outra característica,
que complica muito mais o controle destes pacientes, está na grande variedade de
respostas frente aos tratamentos. Uns casos respondem pior que outros e inclusive
mostra uma piora em alguns dos sintomas, diante de um mesmo medicamento ou
inclusive diante de suplementos nutricionais que são utilizados alternativamente ao
tratamento farmacológico. Por esta heterogeneidade que não podemos pretender
em chegar a um tratamento universal. Devemos conhecer a diversidade metabólica e
adaptar nossas estratégias de tratamento às mesmas. A única maneira que nos permite
conhecer estas características é a análise genética, pois as diferentes combinações de
versões de genes (polimorfismos genéticos) presentes em cada indivíduo para cada uma destas vias, são as que determinam a variedade observada na apresentação e evolução clínica, como na resposta ao tratamento. É por isto que na Genomic Genetics International (GGI), desenvolvemos este ano o Fibromialgen, o primeiro programa de melhoramento para a prevenção e tratamento da fibromialgia. Este programa, de aplicação também nas outras intolerâncias ambientais idiopáticas (fadiga crônica, sensibilidade química múltipla), consegue realizar a análise de diversas combinações genéticas, dentro de cada uma das vias moleculares que podem estar relacionadas com a origem deste problema de saúde. O estudognético consta de seis seções: a defesa antioxidante, as vitaminas do complexo B nas vias de metilação, o metabolismo hormonal, o potencial neurocognitivo e a farmacogenética. Este estudo dos perfis genéticos permitiu melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes, uma ferramenta que permite uma valorização mais objetiva dos afetados e prevenir, assim, o aparecimento de complicações que agravem a evolução da doença.
“No tempo livre, faço trilhas em montanhas com pouco tráfego. Um livro que eu
sempre releio nas férias é exatamente "Vozes do Deserto" de Marlo Morgan,
que tinha a trilha a pé nas regiões do interior da Austrália.”
editor convidado José Ignácio Lao
Médico especialista em Genética Clínica.
Diretor médico da Genomic Genetics International, o primeiro Centro de Medicina Genômica Aplicada à Medicina Preditiva e
Membro do Comité Científico da Fundação para a Fibromialgia e Fadiga Crônica tradução do texto em espanhol http://www.genomicgenetics.com/a-tu-salud-la-salida-genetica-al-dolor/
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