Vamos dar uma atenção especial, aos brasileiros que seguem nosso blog... Sim, nas pesquisas vocês estão presentes.
A matéria foi escrita pela Médica Elza S.M.Nakahagi do SABJA-Disque-Saúde do Conselho de Cidadãos
do Consulado Geral do Brasil em Nagoia. Autora dos dicionários e
aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos. (SABJA-Disque-Saúde, tel:
080-4083-1096, 050-6864-6600). 10 / 08 / 2015
A fibromialgia (em japonês, SEN IKINTSUUSHOU) é um estado de saúde complexo com dores musculares difusas
por mais de 3 meses, associadas a outros sintomas secundários como
fadiga, distúrbio de sono (dificuldade de dormir, agitação, e acordar
com frequência), rigidez matinal, dormência, mal funcionamento
intestinal, sensação de edema (inchaço) subjetivo, distúrbios
cognitivos, problemas de memória e concentração, e dor em pontos
específicos sob pressão.
A fibromialgia é classificada como sendo um dos
tipos de reumatismo extra-articular, isto é, não acomete articulações,
afetando apenas as partes “moles” sem inflamação. Acomete cerca de 2% a
4% da população adulta nos países ocidentais, 5 a 9 vezes mais as
mulheres do que os homens, principalmente entre 20 e 50 anos.
Entre as causas são citadas as
anormalidades na recepção dos neurotransmissores especialmente por
estresse prolongado quando há diminuição de serotonina e aumento da
substância P, os quais provocam maior sensibilidade à dor, com
diminuição do fluxo sanguíneo (depressão, transtorno de ansiedade,
transtorno de estresse pós-traumático), traumatismos entre outros.
Muitos dos pacientes visitam várias especialidades
médicas, realizando vários exames sem obter êxito diagnóstico. Quanto
mais avançado o estágio, maior o sofrimento, principalmente o
psicológico. O causa emocional pode agravar a intensidade da dor.
O tratamento da fibromialgia
consiste em esclarecer e obter aceitação do paciente sobre a doença,
associar medicamentos às medidas multidisciplinares, como fisioterapia e
psicoterapia. Por ser uma doença de causas múltiplas ou desconhecidas
ao paciente, a ênfase deve ser dada à redução dos sintomas da dor e
gerais, e na melhora da qualidade de vida.
Os medicamentos incluem analgésicos, relaxantes musculares, soníferos e antidepressivos. A
atividade física moderada é imprescindível; massagem, eletroterapia
(ondas curtas, microondas), turbilhão, acupuntura ajudam a relaxar a
musculatura.
É importante frisar o efeito da psicoterapia, pois
tanto o treino do controle do estresse, a lidar com situações
emocionais difíceis ao paciente, o treino do relaxamento progressivo e
reestruturação cognitiva ajudam a reduzir o nível de ansiedade,
irritabilidade, agressividade, obter outro comportamento frente às
situações de estresse.
O ideal é realizar a psicoterapia na sua língua materna,
mas se conseguir falar japonês (ou um pouco) poderá realizar sessões
com psicóloga clínica (em japonês, RINSHOU SHINRISHI) e terapia
cognitiva-comportamental (em japonês, NINTI KOUDOU RYOUHOU).
Poderá também procurar assistência com os
psicólogos em português nas várias organizações de apoio aos brasileiros
no Japão, inclusive da equipe do SABJA-Disque-Saúde.
Fonte: http://www.ipcdigital.com/japao/saude-no-japao-o-que-e-e-como-tratar-a-fibromialgia/
***E para completar, encontramos no mesmo site, um outro artigo. Artigo este que muito pode nos ajudar a "fabricar" a serotonina (hormônio da felicidade e bem estar). Este artigo vale para os brasileiros em todas as partes do mundo, e complementa o artigo acima.
Diz-se que o intestino é o
“segundo cérebro” do organismo, pois ele tem aproximadamente o número
igual de neurônios aos da medula espinhal. Assim, o que se come atua
diretamente no Sistema Nervoso Central, que é também chamado Sistema
Nervoso Entérico. No intestino há mais de 100 trilhões de bactérias
intestinais que compõe a flora intestinal (microbiotas) e fermentam os
restos alimentares não digeridos.
Um intestino que
funciona bem é aquele rico em microbiotas, que elimina as fezes toda vez
que se ingere a refeição, pelo arco reflexo: alimento – cérebro –
evacuação de fezes. Teoricamente, uma pessoa sadia deveria evacuar 3
vezes ao dia se ela come 3 refeições por dia; aceitável se evacua pelo
menos uma vez ao dia.
Mastigar bem ao comer,
comer lentamente para dar tempo ao cérebro ter a sensação de saciedade,
comer equilibradamente alimentos contendo fibras, vitaminas, minerais,
proteínas e carboidratos, principalmente ao desjejum, na sequência as
frutas, cereais e proteínas, e tomar em média 8 copos de água (ou
líquidos) ajuda funcionar bem o intestino.
A serotonina é um
neurotransmissor, também um hormônio responsável pela sensação de bem
estar e alegria, do humor e disposição. Noventa a 95% é produzida no
intestino e 5 a 10 % é produzida no Sistema Nervoso Central (no
cérebro).
O triptofano é um
aminoácido precursor da serotonina; é produzido nas primeiras horas do
dia, quando ingeridos neste período e acompanhados de atividade física
exposto ao sol (ao caminhar para ir ao trabalho, ao estender roupas de
manhã e fazer limpeza do quintal, por exemplo). Assim, normalmente, o
triptofano é convertido em serotonina, estimulando a boa disposição para
o dia.
Quando ele é ingerido à
noite, este favorece a produção de outro hormônio chamado melatonina, o
hormônio do relógio biológico do sono, e favorece o sono de boa
qualidade. Os alimentos ricos em triptofano são: castanha do Brasil,
grão de bico, lentilha, arroz integral, espinafre, banana, mel, soja e
seus derivados, aveia entre outros.
Quando um intestino não
funciona de maneira adequada, a serotonina também não é produzida de
forma adequada, podendo causar quadros de tristeza, desânimo e
depressão.
Manter uma alimentação
que favoreça a saúde do intestino e a produção correta de serotonina é
um fator que combate e previne a depressão.
Por: Elza S.M.Nakahagi,
médica do SABJA-Disque-Saúde do Consulado Geral do Brasil em Nagoia.
Autora dos dicionários e aplicativos de Termos Médicos e Odontológicos. 2015 / 04 / 05
Fonte:
http://www.ipcdigital.com/colunistas/elza-nakahagi/saude-no-japao-a-importancia-do-bom-funcionamento-do-intestino-e-a-serotonina-hormonio-contra-depressao/