quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

NOVO MEDICAMENTO NO COMBATE AS DORES DA FIBROMIALGIA ESTÁ EM ESTUDOS - "MIROGABALIN"

Daiichi Sankyo anuncia inscrição em programas clínicos globais com o mirogabalin

05/02/2015 - 09:01

A Daiichi Sankyo anunciou a inscrição dos primeiros pacientes em programas clínicos globais para avaliar a segurança e eficácia do medicamento experimental mirogabalin (DS-5565).

O programa clínico de fase 3 que se realiza por toda a Ásia inclui o ensaio REDUCER, que vai avaliar o uso do medicamento em pacientes com dor neuropática periférica diabética, e o ensaio NEUCOURSE, que vai avaliar o uso do tratamento em pacientes com dor neuropática periférica diabética e neuralgia pós-herpética.

Já a fase 3 do programa clínico global ALDAY está em curso e vai avaliar o mirogabalin para o tratamento da dor associada à fibromialgia em três estudos idênticos.

"A dor associada com as condições neurológicas de dor neuropática periférica diabética, neuralgia pós-herpética e fibromialgia pode ser debilitante", disse Lesley Arnold, MD, Professor de Psiquiatria e Neurociência Comportamental e Director do Programa de Pesquisa em Saúde da Mulher da Universidade de Cincinnati e investigador principal do programa ALDAY. "Novas opções de tratamento são necessárias para ajudar as pessoas que vivem com essas condições neurológicas a aliviar e controlar a dor crónica e, esperamos, melhorar o seu estado e qualidade de vida".

"Estamos satisfeitos que o nosso programa de desenvolvimento clínico global para avaliar a eficácia e segurança do mirogabalin continue a andar para a frente e tenha avançado para a fase 3", disse Mahmoud Ghazzi, MD, PhD, Vice-Presidente Executivo e Chefe Global de Desenvolvimento da Daiichi Sankyo.

"A Daiichi Sankyo está empenhada em identificar e estudar novos medicamentos que podem ajudar a melhorar a gestão da dor crónica em pessoas com neuropatia diabética periférica, neuralgia pós herpética e dor associada à fibromialgia".

FIBROMIALGIA - É BOM RELER!!

De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres (Foto: Reprodução/Internet)


Dores crônicas e difusas da fibromialgia merecem atenção especial



De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres (Foto: Reprodução/Internet)
Síndrome clínica caracterizada por dor no corpo todo, principalmente na musculatura, a fibromialgia também se manifesta com fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia informa que, pelo menos, 5% dos pacientes que vão a um consultório de clínica médica apresentam a doença, cujos sintomas também são relatados por até 15% das pessoas que se consultam com um reumatologista. De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres.
Muita gente ainda subestima as queixas de quem tem fibromialgia, pois acredita infelizmente que a síndrome é consequência puramente de questões emocionais. A síndrome não tem ainda causas totalmente conhecidas.
“Infelizmente, os pacientes que convivem com essa condição não são levados a sério e, na maioria das vezes, os fatores emocionais são considerados determinantes dessa síndrome. Mas é bom alertar que a fibromialgia é comum nos consultórios”, diz a reumatologista Elaine Monteiro, da Santevie Clínica, no Recife.
Ela ressalta que o diagnóstico da síndrome é basicamente clínico. Um sinal de alerta é a dor por mais de três meses em todo o corpo. “Solicitamos exames para afastar outras doenças que possam apresentar um quadro parecido com a fibromialgia, a fim de indicar um correto tratamento”, afirma a reumatologista.
Embora sem cura, a fibromialgia tem tratamento e controle, assim como outras doenças crônicas. O importante é ter um acompanhamento com um reumatologista, que indica a terapêutica medicamentosa adequada. Geralmente, o paciente também precisa de apoio psicológico e psiquiátrico, além de sessões com fisioterapeutas e educadores físicos.
“A atividade física é um dos pontos mais importantes do tratamento. É importante, contudo, o paciente iniciar os exercícios de forma lenta e gradual, a fim de respeitar os limites do próprio corpo e da dor. O essencial é não desistir”, reforça Elaine.