Pesquisadores canadenses descobriram que a prática de ioga diminui os sintomas físicos e psicológicos das dores crônicas que afetam mulheres com fibromialgia.
A fibromialgia é uma doença que afeta principalmente mulheres e causa dores crônicas, fadiga, rigidez dos músculos, distúrbios do sono, desconforto gastrointestinal, ansiedade e depressão.
Os cientistas, da Universidade de York, avaliaram os efeitos do ioga sobre os níveis de cortisol, já que estudos anteriores demonstraram que mulheres com fibromialgia têm pouca quantidade desse hormônio, o que contribui para a fadiga e sensação de estresse.
Os resultados mostraram que os níveis de cortisol das participantes “aumentaram consideravelmente” após uma sessão de 75 minutos de ioga, repetida duas vezes na semana durante dois meses.
Kathryn Curtis, do Departamento de Psicologia da Universidade e autora do estudo, explica que os níveis de cortisol atingem o nível máximo cerca de 30 minutos após a pessoa despertar, e vai declinando ao longo do da, até a hora de dormir.
- Nas mulheres com fibromialgia, no entanto, a liberação do hormônio é desregulada.
Curtis explica que a hatha ioga, técnica utilizada no estudo, promove relaxamento físico ao diminuir a atividade do sistema nervoso, o que reduz a frequência cardíaca e aumenta o volume de respiração.
Após as sessões de ioga, as voluntárias apontaram, além da redução de dor, alguns benefícios psicológicos. Elas se sentiram menos desamparadas, aceitavam melhor a condição de saúde e tinham melhores expectativas com relação a futuros sintomas.
- A ioga promove esse conceito, de que nós não somos nossos corpos, nossas experiências nem nossas dores. Isso é muito útil para lidarmos com a dor.
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